14_ eu tenho amigos incríveis.

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Bea

Abro meus olhos e consigo ouvir as vozes dos meus amigos,que parecem desesperados

- Não é melhor que a levemos para o hospital?- Lara pergunta impaciente.

- Hugo...- chamo-o.

Ele olha para mim rapidamente e se abaixa em minha altura.

- Estou aqui,princesa- ele pega em minha mão.- Ainda sente dor?- ele pergunta e eu assenti.

- O remédio amarelo,corte na metade e me entregue com água- peço e Carla pega.

Engoli com a água e me senti mais aliviada.

- Onde dói?- ele pergunta.

- o corpo todo - digo.

- Quer que a gente saia do quarto? - Lara pergunta.

- Não, fiquem- Digo e Hugo se senta do meu lado e acaricia meu cabelo.

- Descanse, não sairemos daqui- ele diz e eu sorri fraco.

- Oque aconteceu lá na praia?- Lara pergunta.

- Pedi ela em namoro - Hugo explica.

- Mas já? Vocês são apressados hein - Carla diz e eu ri fraco.

Todos começam a conversar entre si e eu fecho os olhos caindo rapidamente no sono.

[...]

Acordo e vejo Hugo me observando.

- Se ficar me olhando assim, eu vou começar a achar que você é um psicopata e que quer me matar- digo e ele ri.

- Como está?- ele pergunta.

- As dores passaram,mas estou com mal-estar - respondo.

- Quer alguma coisa?- pergunta.

- Não - respondo.

Hugo se levanta e pega um copo de água.

- Eu já disse que não quero nada, está bem assim -Dugo.

- Beba - ele entrega e eu lhe olhei feio.

Reviro os olhos e bebo.

Suspiro.

- Desculpe - digo.

- Pelo oque?- pergunta.

- Te dar trabalho- digo.

- Não está me dando trabalho algum- ele beija o topo da minha cabeça.

Meu telefone toca e eu vejo o número do meu pai.

- Coroa!- Sorri fraco.

- Eu já te disse que tenho dezenove anos?- ele pergunta e eu sinto ele rir do outro lado.

- Aham, já- ri.

- Como está?- pergunta.

-Bem, cadê minha mãe? Ela não ligou desde que cheguei aqui-digo.

- Ela...ela está bem,o telefone dela quebrou- diz com a voz um pouco gaga.

-Ah, sim. Está tudo bem mesmo?- Pergunto.

- Está sim. - Ele confirma - E os garotos?- pergunta.

Eu olhei para Hugo que ri.

- Tem alguém aí?- ele pergunta.

- Meu namorado- digo.

- Mas... Quê? Beatriz, você está aí a menos de um mês!- Meu pai berra do outro lado do telefone.

- O senhor e a mamãe namoraram com duas semanas. Duas!- Cruzo os braços na frente dos meus seios.

- Não mude de assunto! Estamos falando de você,qual o nome dele? Onde ele morou? Qual os antecedentes? Tem família? Já parou na polícia? já foi intimado? - Ele começa a fazer um monte de perguntas.

- Misericórdia pai! - Eu ri.
- O nome dele é Hugo,morava aqui mesmo antes da república, porém ele e a família é da Bahia,ele tem família e nunca foi intimado. Ele tem um irmão, não tem pai infelizmente. - Respondo todas suas perguntas.

-Passe para esse mocinho abusado - meu pai ordena.

Entrego o celular.

- Senhor...- Hugo trava,ele esqueceu o nome do meu pai!

Eu acabei rindo.

- Roberto- Sussurro.

- Senhor Roberto! Tudo bem?- pergunta Hugo.

- Eu pareço estar bem? Avise a Beatriz que estou quase tendo um infarto - Meu pai diz.

Quanto drama.

- Misericórdia Beatriz- Hugo me olha assustado.

- Olhe aqui... Júlio,a minha menina é muito delicada e tem uma doença que precisa de cuidados. Eu juro que se você magoar minha menina eu te corto e picadinho e jogo para os jacarés comerem - Meu deus,ele acabou de ameaçar meu namorado.

- É Hugo...Nada de agressão verbal com seu genro, senhor. Ela precisa de mim vivo e não morto- diz Hugo.

Acabo rindo.

- A quanto tempo estão namorando?- Meu pai pergunta.- E porquê não pediu a mim para namorar com ela?- Meu pai realmente ficou irritado.

- Pedi ela a poucas horas,mas claro. Peço a mão de sua filha,quero que me permita namorá-la. Eu quero cuidar dela- ele pede.

- Certo,mas o recado já está dado. Eu permito o namoro- Meu pai diz, certeza que ele está sorrindo.

- Amém, Bea já podemos casar!- Hugo diz brincalhão.

- Olha lá que eu volto atrás viu!- Meu pai grita.

Eu caio em gargalhada.

- Certo,me perdoe. Até mais- Hugo diz e me entrega o telefone.

- Tchau coroa- digo.

- Se ele te engravidar,ele é um homem morto- diz meu pai.

- Não exagere - ri e ele ri também.

- Te amo- ele diz.

- Eu também, até mais- desligo.

- Adorei ouvir você falar meu namorado- diz Hugo.

Sorri e ele se aproxima e me dá um beijo casto.

- Vou tomar um banho e descer para comer com vocês lá em baixo- digo.

- Ok,vou esperar lá em baixo.- ele diz.

- Certo -sorri e vou até o banheiro.

Me sinto um pouco melhor.

Me despi e entro no chuveiro.

[...]

Desço e vejo todos comendo bolo de chocolate.

- Ademira! - Carla sorri.
- Está melhor?-Pergunta.

- Estou sim- digo.

- Eu fiz um prato com umas coisinhas- diz Hugo e eu o sigo.

No prato tem ovos com gema mole, torrada e abacate, mertilus e morango.

Sorri e lhe dou um beijo casto agradecendo pelo simples gesto.

Me sento e começo a comer.

- Ei tampinha- Yuri se senta comigo.

- Oi,como cê está?- pergunto.

- Eu quero saber de você- ele diz.

- Um pouco zonza,mas tô melhor- digo.

- Mas vai ficar bem, qualquer coisa eu tô aqui- ele diz.

- Não quero preocupar Hugo- digo.

- Eu não falarei nada, relaxa- ele diz e beija minha testa.

Eu tenho amigos incríveis.

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