Capítulo XVIII - Nube Negra

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"Mas algumas poucas coisas tenho contra ti que deixas Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que forniquem e comam dos sacrifícios da idolatria".

Apocalipse 2:20


- Bom dia Diana e Victor. – diz Sabrina acordando o casal na manhã da viagem com o auxílio da luz do Sol da manhã. A mulher branca desperta nua com a cabeça de Victor, também despido, entre os braços. Ele a segura pela cintura despertando em um respirar profundo.

- Bom dia Sá... – diz Diana bocejando.

- Bom dia Sabrina... Bom dia amor... – diz Victor dando um beijo rápido nos lábios de Diana.

- Dia... – diz Diana se esticando, mas aperta Victor e os dois riem juntos.

- Como se sente? – pergunta Victor.

- Bem, mas acho que estou um pouco ansiosa. – diz Diana.

- Vai dar tudo certo... Mal espero pra saber o que a minha mãe vai ter para dizer. – diz Victor.

- Uhum... – diz Diana.

- Sabrina, testou os sistemas de segurança de tranca da casa? – pergunta Victor.

- Testei enquanto dormiam, todos os sistemas estão operacionais. – diz Sabrina.

- Ótimo... – diz Victor se soltando de sua companheira e indo para o banheiro seguido por ela.

Prontos, Diana veste jaqueta de couro preto, touca de lã, camisa branca, cachecol vermelho e jeans justo nas pernas com bota alta de salto baixo. Victor já usa sobretudo com uma blusa preta de lã com gola alta, jeans preto e botas de couro. Com poucas malas para uma semana de viagem, eles partem usando transporte por aplicativo para não ter de deixar um dos carros por tanto tempo em um estacionamento.

No aeroporto, eles se apropriam de uma caixa bem grande de donuts para envolver com seus planos para o voo de mais de dez horas e embarcam depois de declarar sua bagagem que é verificada por conta da arma branca, como já planejado, e seguem sem problemas para a experiência de múltiplos milhares de dólares na primeira classe e ao entrarem no avião, percebem que na foto é legal e tal, mas lá parece um exagero. Não é uma poltrona, é basicamente um sofá em L com botões o bastante para ter de ler o manual que ninguém vê. Como os lugares são individuais, Victor e Diana ficam separados por uma divisória média, mas conseguem se ver se esticando um pouco.

- A TV parecia menorzinha na foto. – diz Diana em voz baixa para o companheiro olhando para a TV bem grande para um assento de avião, mas que cada poltrona da primeira classe ali tem.

- Olha seu... Braço esquerdo acho... Tem USBs aí. – diz Victor.

- Tem uma tomada no nosso pé. – diz Diana rindo e colocando debaixo do prolongamento de seu assento na frente sua bagagem de mão e o mesmo faz Victor.

- Apertei uns botões e... – diz Victor se reclinando.

- O que apertou? – pergunta Diana.

- O chapeuzinho. – diz Victor e então ela começa a reclinar também. – Pra que será que tem um abajur ali? – pergunta.

- Pra ler quando estiver sentado do outro lado. – diz Diana rindo.

Como crianças felizes, eles sacam seus videogames portáteis conectando nas suas tomadas muito bem pagas e ali se divertem comendo donuts tomando milk-shake. Com os seus espíritos que assumem dez anos de idade neste momento, eles interagem um com o outro como se tivessem nascido para compartilhar os momentos dessa maneira orgânica, como a perfeita tampa de uma panela.

O Andarilho do PurgatórioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora