Capítulo XIV - Parceiros

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"Sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria".

Colossensses 1:11



Diana acorda antes do amanhecer do dia seguinte sobre o peito de Victor na sala de jogos entre as cadeiras dos computadores e os armários do lado direito da sala que guardam algumas coisas, inclusive as mantas que eles estão debaixo. Ela se apoia sobre o cotovelo olhando para o rosto dele adormecido.

Em nenhum momento, desde o começo, ela consegue perceber maldade vindo dele que em pouco tempo fez com que ela se sentisse como nunca antes. A mulher branca nunca precisou de ser protegida da vida e nunca contou com esse tipo de cuidado, mas sabe que também é responsável pelo curso que as coisas vem tomando e que se quiser proteger a si mesma, seu amor e seu novo jeito de viver, vai precisar agir.

Cuidadosa e carinhosa, ela se move com cuidado para não o acordar cobrindo-o de volta. Diana pega as roupas jogadas na sala e nos braços leva para o banheiro do seu quarto colocando em um dispenser que depois é levado para uma lavanderia semanalmente, segundo Sabrina. A mulher branca então entra debaixo do chuveiro pensando no futuro e depois de uma ducha longa sai para seu quarto escolhendo uma camisa branca que deixa alguns botões abertos e calças confortáveis. Com paciência, ela trança os cabelos prendendo-os para que não atrapalhem e vai para a biblioteca para começar seu treinamento concentrado a seu próprio passo, caminhada para lutar por sua vida.

- Bom dia, senhor Marchosias... São nove horas da manhã e faz 7°C na cidade. – diz Sabrina aumentando a luminosidade da sala e com volume generoso na voz.

- Bom dia Sabrina... – diz Victor que se senta bocejando. – Quais os compromissos do dia? – pergunta.

- Não tenho nada registrado em sua agenda, deseja adiantar as questões da segunda? – pergunta Sabrina.

- Não, esse fim de semana quero cuidar da Diana. – diz Victor ficando de pé.

- Ela está a estudar na biblioteca. – diz Sabrina e então o demônio se estica indo em direção a sua amada.

Diana tem três bolinhas em cada mão que giram no ar em um ponto comum, alinhadas horizontalmente e em sentido diferente enquanto ela está sentada sobre uma almofada meditando profundamente. A espada dela está no colo e do lado tem meia dúzia de livros. Victor a observa da porta e repentinamente ela se desconcentra fazendo as bolinhas serem catapultadas para todas as direções.

- RRRRRRRRRRRR! – soa Diana.

- Te atrapalhei? – pergunta Victor que pega as bolinhas que caíram para o piso debaixo.

- É claro, não consegue fazer nada sem perturbar! – diz Diana.

- Desculpe. – diz Victor e então Diana ri.

- Estou brincando, nem tinha percebido. – diz Diana descendo as escadas. – Depois de me deixar bêbada ontem e me desvirginar não usa mais roupa? – pergunta rindo com Victor.

- Eu acabei de acordar! – diz Victor ainda rindo.

- Então porque veio atrapalhar? – pergunta Diana recebendo um beijo pegando as bolinhas com Victor e já aproveitando para fazer um chá na máquina.

- Vim ver como estava. – diz Victor fazendo Diana sorrir.

- Vamos treinar depois que tomar banho e café? – pergunta Diana.

- Vamos. – diz Victor. – Podemos treinar combate hoje já que está estimulando sua magia. – completa.

- Uhum... – diz Diana envolvida por trás recebendo uma série de beijos. – Se comporta, menino... – completa sorrindo e beliscando a bochecha de Victor que vai para o quarto.

O Andarilho do PurgatórioWhere stories live. Discover now