𝐎𝐏𝐎𝐒𝐓𝐎𝐒 ' azriel

9.3K 487 175
                                    

[pedido por cassiievaldez, cadelinhadoschreave, Addisonbadgirl, cadelinhadenaruto, janwsjjak, autoramaeven, ]

OBSERVANDO A ÁGUA ESCORRENDO PELA SUPERFÍCIE gelada da janela transparente a fêmea se sentia pequena e vazia. Tão qual a água que se movia rapidamente de norte a sul.

Para ela, nunca havia sido fácil demonstrar seus sentimentos. Pelo menos, não mais fácil do que os guardar para si e se envenenar com possibilidades falhas, em sua pequena cabeça.

Seus olhos vagam pelo local, o quarto que dormia quando decidia passar alguns dias com seus amigos da Corte Noturna. Um em especial, mas se depender dela ele nunca saberia.

Azriel era o mestre espião do Grão-Senhor, e seu amigo. Posição tal que o fazia quase indispensável em diversos momentos.

Problema. Ele suspirava problema. Se aproximar dele era quase como ultrapassar uma área proibida. Ele refletia sinais de perigo. E ela ignorou a cada um deles.

Os olhos (cor do seus olhos) delicados depois de se infiltrarem sobre cada dobra e canto do quarto se paralizam justamente sobre o espelho. Mais precisamente sobre o colar que passava por sua clavícula. Feito de diamantes azuis escuros como a noite, perigosamente alinhados em um belíssimo desenho que passava por trás de sua nuca e terminava por entre seus seios no decote. O cordão a deixava sem fôlego, a cor profunda a fazia querer se afundar no mar que expressava e viver dos suspiros que o colar antigo já deve ter tirado de muitas donzelas em seus longos anos.

O colar era lindo, com certeza. Mas o que a deixava acordada a noite, na verdade, era o significado dele. Ou melhor. O fato de não saber o significado dele.

Azriel havia presenteado-a com ele duas semanas antes de sair para uma missão, o deixando em uma caixa negra aveludada sobre a cama macia da fêmea. O Encantador de Sombras nada disse, nenhum bilhete nem carta. A única evidência de que havia sido ele quem entregou o colar era seu inconfundível cheiro amadeirado. O cheiro forte e marcante, ao mesmo tempo molhado e inexistente estava impregnado sobre toda a caixa, e logo, sobre o colar também. Talvez seja por isso que não tivesse o tirado por um minuto sequer nas últimas semanas. Ela não sabia porque o cheiro a inebriáva tanto, só sabia que queria mais.

Antes que pudesse se repreender por sequer pensar na ideia de ter Azriel como mais que um amigo, ela ouve o rangido da madeira no corredor. Passos leves e treinados, quase silenciosos, se aproximavam de sua porta escura. Se não tivesse a audição totalmente apurado talvez nem tivesse escutado, e talvez não estivesse pronta para a visão que teve.

O Encantador de Sombras estava com uma expressão exausta. Mais que o comum. Ao abrir mais a porta, seu busto ficou descoberto, o que possibilitou Azriel para ver o colar diamantino reluzente e impecável entre os seios. Algo iluminou seus olhos cansados, e ao perceber que encarava o peito da fêmea por muito tempo, levanta os olhos caramelo e encara profundamente os olhos (cor dos seus olhos).

-Oi. -Ela diz, intimidada pelo sentimento esmagador que a corrompe quando o alívio de ele estar bem e seguro a encontra.

-Olá. -Ele responde, e ela de alguma forma parece conseguir sentir que ele também sente alívio em vê-la.

Somente então, é quando a fêmea corre seus olhos por todo o corpo do macho Illyriano, que se encolhe diante do olhar curioso e preocupado dela que passa por seus ombros largos, seu peito coberto, até seus braços e mãos, onde ela vê sua adaga banhada a sangue.
Depois de dois segundos olhando fixamente a esse ponto ela continua sua jornada, passando os olhos pelo resto do corpo quando percebe um corte baixo em sua barriga trincada, perto da linha V. O corte mesmo profundo se curaria logo mas a preocupação atingiu seu rosto vívido e estonteantemente bonito e ela não se conteve.

Soltando um suspiro fundo, ela segura a mão que não estava com a adaga e o trás para dentro do quarto. Todos da casa provavelmente já estavam dormindo. O macho entra exitante, sem saber direito o que fazer em seguida. Ela o deixa logo depois da entrada e sai em busca de um pano molhado, para limpar o ferimento. Encontra-o alguns segundos depois, voltando e vendo Azriel exatamente na mesma posição que o deixou, nenhum milímetro fora, quase congelado.

A vontade de rir a atingiu e ela soltou uma risada nasal que chamou a atenção dele, antes presa sobre um móvel qualquer. Ela se aproximou devagar e segurou na mão dele, o puxando para sentar na cama. Ele exita um pouco, mas cede e se senta ao lado dela que se ajoelha sobre os lençóis e puxa levemente a blusa imunda de sangue e terra, e outras coisas, que sobe, deixando a mostra parte daquele peitoral musculoso e bronzeado manchado de sangue. A linha V estava visível, seu olhar inconsequente se paralizando sobre lá alguns segundos, poucos, mas suficientes para que Azriel, que olhava fixamente para seus olhos desde o início, desviasse o olhar para ver o que havia lhe prendido, e quase soltasse um riso ao ver o que era.

Você percebeu que ele percebeu e logo trata de desviar o olhar, voltando ao que estava fazendo a princípio. Você segura o pano molhado com água limpa e fria e o passa levemente sobre o local, Azriel quase arqueja pelo choque da água gelada sobre a pele quente de febre. Ele fecha os olhos enquanto ela passa uma segunda vez, dessa vez o choque foi menor. Depois de algumas passadas, o local já está quase limpo, contrastando com o resto do peitoral sujo.

Os olhos amendoados dele se abrem lentamente e se arregalam levemente ao ver que seu corpo pequeno estava quase encima dele. Seus olhos se congelam nos seus, o tempo parece parar quando a vontade de se levantar não vêm. Parece confortável para ela lá, confortável de mais. Tem a sensação de segurança, apoio, aconchego. Sensação de lar. Uma sensação que não deveria ter. Sn sente como se fosse tão certo quanto errado. Ele é o perigo, você é a segurança. Ele é a certeza, você é a dúvida. Opostos.

Depois de refletir por segundos o quanto daria errado se você avançasse com qualquer que fosse o que você sentia por ele, os efeitos dele em seu corpo e alma, você decide se levantar. O primeiro movimento que você faz é estreitamente barrado, seu corpo agora sendo firmemente segurado contra o dele. Seus olhos espantados olham com dúvida para os dele, que enalam certeza, como se ele tivesse pensado muito e tivesse chegado a qualquer que fosse a decisão que te envolvesse.

Desesperadamente, ele cola seus lábios aos seus com urgência. Sem pensar, e ao mesmo tempo pensando muito, você retribue ao forte beijo. O atrito entre os dentes podia ser escutado enquanto as línguas formavam uma dança violenta por dominação. Sentimentos sendo colocados, e todas as dúvidas dela foram cessadas. Ela logo monta em seu colo, onde abraçada com ele termina o beijo com leves selares.

Ofegantes eles encostam as testas, sentindo e apreciando o calor corporal um do outro. Ela abre os olhos segundos depois dele, que a encara dom devoção. Paixão.

-Por que eu demorei tanto para fazer isso? -Azriel fala, se referindo ao beijo, ainda ofegante.

-Sinceramente? Eu não faço ideia. -Sn puxa o Illyriano pelo cabelo para a beijar novamente.

E não é que no fim, opostos se atraem?

IMAGINE NÃO REVISADO
POSSÍVEIS ERROS DE ORTOGRAFIA E OUTROS

AVISOS
01. Bom, como vocês perceberam, eu voltei pra valeeeer. Espero que tenham gostado do imagine.

02. Agora eu to com um celular ótimo que vai dar para eu escrever muuuito.

03. Querida agradecer muuuito pelos 30k de leituras, amo tanto todos vcs.

beijos e se cuidem.
-Com amor, M.

𝗜𝗠𝗔𝗚𝗜𝗡𝗘𝗦| 𝗉𝖾𝗋𝗌𝗈𝗇𝖺𝗀𝖾𝗇𝗌 𝗅𝗂𝗍𝖾𝗋𝖺́𝗋𝗂𝗈𝗌 Where stories live. Discover now