the lovers | zylie II

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Bem vindos a era The Lovers!

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Olhando pro chão, repasso as minhas últimas cenas com o Zayn na minha mente.

Ele arrombando a porta do banheiro.

Ele torturando o Dave.

Ele no meio do tiroteio.

Ele tomando um tiro.

Ele fechando os olhos enquanto eu surtava em desespero.

Cubro meu rosto e volto a chorar.

O dia de hoje foi um completo pesadelo. Presenciei um dos piores cenários da minha vida. Presenciei a dor do amor da minha vida. Tudo diante dos meus olhos, bem na minha frente.

É horrível reviver as últimas horas da minha vida sem sentir uma dor enorme no peito.

Queria o Zayn aqui comigo. Queria ele me abraçando e falando pra mim que ele ficou bem. Me falando que ele jamais me deixaria, que jamais permitiria que eu vivesse sem ele.

Mas... ele não está aqui.

Ele não está aqui e não há nada que eu possa fazer além de chorar e aceitar os últimos acontecimentos. Não vou conseguir esquecer nunca, mas vou ter que aceitar.

Já estou morrendo de saudades dele.

Não sei por quanto tempo vou conseguir fingir que está tudo bem.

Não sei até quando vou fingir que consigo ficar sozinha, que consigo superar isso sem ele. Eu não consigo. Queria ele aqui. Comigo. Pra sempre.

- Merda! - resmungo com uma dor de cabeça enorme.

- Morena, trouxe um pouco de água pra você - Max entra no cômodo onde estou e eu tento lhe dar um sorriso mínimo.

- Obrigada - pego da sua mão. Observo o lugar que ele tomou a facada, agora costurado, e suspiro - quem costurou?

- Temos uma pessoa pra isso na gangue, uma espécie de médico - ele explica.

- Ainda dói? - pergunto depois de beber toda a água.

- Sim, mas nada que eu não esteja acostumado - ele senta ao meu lado e geme de dor - como você está? Tá melhor?

- Não - suspiro - meu peito dói tanto... estou tão assustada e angustiada, não sei o que vou fazer.

- Sabe que estou aqui com você, né? - ele estende a mão pra mim.

Pego a mão dele e ele aperta a mesma. Sorrio por sua tentativa de me confortar.

- Sei sim, obrigada por tudo. Os caras ainda estão aí?

- Estão sim. Sabe, é estranho não receber ordens depois de uma operação dessas - ele fala baixo e começa a olhar pro chão - estamos todos tão abatidos e confusos. Acho que acreditamos que ainda vamos receber algo pra fazer.

- Estariam dispostos a fazer algo, se tivesse?

- Uhum, claro que sim. A gente vive assim, morena.

Mordo o lábio e assinto. Ficamos um tempo em silêncio.

- O dia hoje foi assustador - falo soltando sua mão e abraçando meu próprio corpo - tudo ecoa na minha cabeça. Os gritos do Dave, os tiros, o meu choro... quem era aquele Zayn, Max? O olhar estava tão... perverso.

- Aquele era o Zayn que estávamos acostumados. Sempre te disse que esse momento ia chegar.

- Eu sei mas... enfim. Acho que talvez ele tenha ficado meio hesitante por estar daquele jeito comigo mas fico um pouco aliviada por ter dito um "eu te amo" pra ele. Num momento péssimo, mas disse. Ele sabia o que eu estava sentindo e isso é o que importa.