capitulo 1 ➰

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Madelyn's pov • 🔗

Desce logo Madelyn — meu pai grita do andar de baixo.

Pego as roupas que faltavam e de qualquer jeito, as jogo na mala. Entro no carro com a cara emburrada, vendo minha irmã mais velha, Greta, aumentar o volume do som no último.

Vou tentar explicar resumidamente um pouco da minha história.

Quando eu tinha apenas onze anos, minha mãe morreu de câncer no pulmão. Desde então fiquei extremamente arrasada, minha mãe era tudo pra mim, era com ela quem eu dividia meus segredos, quem era chorava sem ter vergonha alguma.

Meu pai? Um safado que a traía desde que eu nasci. Depois que minha mãe faleceu, ele perdeu totalmente o rumo da vida, voltava para casa as três da manhã bebado sem falar coisa com coisa.

Minha irmã de 19 anos, sendo dois anos mais velha que eu, é a típica garota filhinha de papai que só liga para festas e garotos pervertidos. Éramos bem próximas até os meus oitos anos, desde então nos afastamos sem um motivo exato.

E finalmente, minha melhor amiga April, que sempre esteve comigo desde o maternal. É com ela que sei que posso contar a cada momento e recaída de minha vida. Porém infelizmente estou tendo que deixa-lá aqui em Boston, já que meu pai teve a ideia ridícula de se mudar para Los Angeles.

Pego meu cigarro eletrônico do bolso e começo a fumar o mesmo dentro do carro.

— Já falei que não gosto que fume — meu pai diz me olhando pelo retrovisor, e apenas mostro o dedo do meio para ele, encostando minha cabeça no banco e olhando janela a fora.

— Já disse para você internar ela. — minha irmã diz no banco passageiro com sua voz fina e irritante.

— E eu já disse para você ir se fuder, você também não foi.

— Olha o respeito Madelyn — meu pai diz se alterando e vejo Greta sorrir ladino. Vadia.

{....}

Depois de longas horas no carro, chegamos a Los Angeles. Já pude avistar crianças brincando em um pequeno parque de esquina, algumas pessoas andando com roupas de banho pelo longo calçadão da praia.

Bato a porta do carro e entro na tal casa que iríamos ficar por aqui. E pra falar a verdade, até que não era nada mal.

— O quarto maior é meu — minha irmã diz terminando de tirar sua última mala do carro.

— Os dois são iguais, Greta. — meu pai diz e vejo a mesma revirar os olhos.

Chego na porta do meu quarto e sinto vontade de vomitar. Tudo muito colorido, sol quente entrando pelas janelas. Com um toque isso tudo fica do meu jeitinho.

Me jogo na cama e fito o teto por alguns minutos, até me lembrar que o primeiro dia de aula é amanhã. Tá ai uma coisa que eu tenho um grande trauma, escola.

Flashback on

Fecho meu armário olhando em volta e não achando April, apenas algumas garotas do terceiro ano me olhando com cara de nojo e fofocando coisas sobre minha aparência.

— Eai gostosa Devis — Paul, um garoto da minha sala que vive por assediar meninas e ser preso por drogas e pichamentos de muro.

— Sai da frente seu idiota — empurro o mesmo fazendo ele me segurar meu braço fortemente.

— Aonde pensa que vai? — o mesmo diz passando a mão por toda a curvatura do meu corpo.

— Eu mandei sair da frente, seu incompetente.

— E eu perguntei aonde você pensa que vai — sinto o mesmo puxando meu braço para o banheiro mais próximo e começo a entrar em desespero vendo todos do corredor olharem e rirem da situação.

Paul nos tranca em uma cabine vazia e começa a beijar meu pescoço. Tento dar socos e empurrões para fazer o mesmo parar, mas é em vão.

— Me solta, me solta por favor.

— Fica quietinha — Paul põe seu dedo indicador em minha boca e começa a descer a alça da minha blusa.

Acabo machucando meus braços ao tentar sair de perto do mesmo. Ele desce suas mãos para minha cintura e aperta a mesma um pouco mais forte do que deveria.

Quando o garoto estava prestes a abaixar minha blusa por completo, ouço a voz do diretor soar por todo o banheiro, fazendo meu corpo relaxar.

— Abra a porta. — senhor Tompsom diz com sua voz grossa de dar medo em qualquer um.

Paul bufa e destranca a porta, logo nos dando a visão de April e do nosso superior.

— Você — o diretor aponta para Paul — Venha comigo.

— Meu deus, você tá bem? — April diz vindo me abraçar com sua respiração ofegante — Carla falou que viu ele te arrastando para cá e...

— April, calma — tranquilizo a mesma — Eu to bem, obrigada.

Flashback off

Na minha antiga escola, os garotos eram totalmente escroto com todas as garotas, mas comigo era absurdo. Sempre tinha que ouvir comentários indecentes no corredor e era assediada quando ia em festas. Talvez esse seja o motivo por eu odiar ir em lugares com muita gente.

— Aí pirralha — Greta diz abrindo a porta do meu quarto — Vem jantar.

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 If I Fall For You ~ Vinnie HackerWhere stories live. Discover now