Ela estava á passos breves e fugaz, passando por uma estrada de chão batido.

O solo era coberto por terra e mais terra, sendo recoberta por uma camada fina de luminescência.

Cuja luz escurecida e parca, emitida de forma branda pelo que parecia ser focos de luz, brilhava e cintilava ininterruptamente.

A iluminação vinda do alto dos postes provinha de uma fonte vacilante que trêmulava numa constância.

Deixando passar sorrateiramente um clarão lúgubre de luz, em tons escuros.

A essência matriz era carregada de nuances de tonalidades vazias e insuficientes, em tons pastéis.

Haviam lâmpadas acima que lançavam, sobre a escuridão opaca e invasiva abaixo, lampejos e requintes de brilho.

A solidão angustiante e o vazio infinito estavam postos ali naquela noite.

Os arredores do trajeto eram cercados por uma bruma escura, que cada vez mais parecia tomar para si a forma de uma neblina.

O breu absoluto, marcado pelo vazio úmido e abafado, fechado e escuro, desprovido de quaisquer sinais de vida, soava terrível.

Aquilo pairava, como uma nuvem de fumaça, crescendo e avolumando-se mais e mais.

Espalhando-se a ponto de adentrar as cavidades nasais da sujeita que ali percorria.

Um cheiro acre e putrefato circulava livre pelos ares.

Da superfície decrépita coberta de raízes aéreas emanava um fluído gasoso oriundo que subia feito uma áurea, alimentando a névoa densa e transitória na penumbra acima.

Envolvendo-se sob o firmamento do céu que pouco á pouco detinha pra si um tom singular.

Conforme caminhava pela vastidão de trevas perdurante notara rapidamente que não haviam árvores, espécies de estátuas de madeira que brotavam do solo.

Nem ao menos casas haviam, apenas postes muito altos, ( até de mais ), que projetavam uma luz remanescente somente para iluminar o local.

Revelando-se o caminho seguido por uma estrada sem curvas ou bifurcações.

Uma sensação estranha pairava como a névoa espessa que dividia-se ao se estender conforme o vento assoviante os direcionava.

Se difundindo com o vapor cinza exalado pela crosta terrestre, coberta pela folhagem do mato, revestido por um campo verde de relva.

Grama e capim juntos formavam a boscagem.

O nervosismo tomava conta dela, pois percebera que á cada passo solado pelos pés, afundando-os sobre aquele chão batido, a alameda em linha reta não chegava ao fim.

O incômodo, apesar de sútil e discreto, aumentava seguindo o ritmo inquieto que seus passos tomaram de súbito naquela hora.

Eram apressados e compassados, como de urgência, típicos de quem precisava fugir de algo ou alguém.

Ela se sentia perseguida, mas não sabia o porque disto, já que estava sozinha, sem haver mais alguém ali.

Olhou e observou sob todas as óticas, esperando algo logo alí na espreita, prestes a sair da escuridão vacilante em meio a grama alta agitada.

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