My Elemental Prince

Capitulo 16

Aurora: Sim, obrigada.

Kidan: Eu posso te acompanhar o caminho inteiro se você quiser.

Aurora: Não, você está ocupado, e vai ser uma caminhada agradável.

Kidan me dá um sorriso de criança e se curva.

Kidan: Foi ótimo conhecer você, Aurora. Se cuida.

Aurora: Eu vou.

Kidan olha em direção a Coruscate e abre a boca como se fosse dizer alguma coisa.

Então ele balança a cabeça e sorri.

Kidan: Adeus, Aurora.

Aurora: Adeus, Kidan.

Ele acena com a cabeça e vira as costas quando eu começo a caminhar pela trilha até Coruscate.

Conforme eu lembro do arsenal e do rosto da Trevana, cada passo parece mais urgente que o anterior.

Avistei Fan perto de alguns salamandras.

Fan: Aí está você.

Aurora: Eu preciso falar com você.

Fan: Não é isso que você está fazendo?
Eu baixo minha voz quando diminuo a distância entre nós.

Fan: Vem comigo.

Fan fecha a porta e me convida a sentar.

Fan: Você está bem?

Aurora: Sim, eu estou bem. Mas eu descobri uma coisa em Loam, a vila dos Gnomos.
Fan, eu encontrei um tipo de depósito de armas-havia centenas de armas.

Fan: Isso não me cheira bem.

Fan cerra o maxilar.

Aurora: O que nós vamos fazer?

Fan: Deixa eu pensar.

Algum tempo se passa antes dele continuar.

Fan: Os Gnomos têm reputação de serem excelentes guerreiros, mas isso é boato, não fato.
Flechas podem nos machucar, mas espíritos são fortes.

Fan: Estou mais preocupado com a conexão deles com a terra.
Você viu mais alguma coisa?

Aurora: Os Gnomos...
Muitos deles pareciam desnutridos.
Era terrível...

Aurora: As crianças deles pareciam muito famintas mas ainda tinham olhos muito brilhantes.
Os adultos eram tão magros quanto, mas com olhos diferentes-tristes, endurecidos.

Fan: Nenhum espírito deveria passar fome.

Fan bate com a mão na mesa, mas sua voz soa mais pesarosa do que raivosa.

Fan: Se ao menos eles viessem até nós... poderíamos dividir nossa comida.
Isso tudo poderia ter sido evitado.

Aurora: Você pode culpá-los, Fan?
Eles têm sofrido discriminação por parte de todos os outros clãs.

Fan: Você tem razão.
Se não fosse por essa classificação estúpida e arcaica!

Aurora: Não é tarde demais. Eles ainda não atacaram.
O que devemos fazer?

Fan: Eu... eu ainda não decidi.
Queria que o Ember estivesse aqui.

Fan se retrai e chega para trás, evitando meus olhos.

Aurora: Ember? Quem é esse?

Fan: Ele era meu irmão.
Ele era o melhor de nós todos. Melhor que eu.
E é culpa minha ele estar morto.

(O que ele quer dizer com isso?!)

Eu ergo minhas sobrancelhas, mas espero ele continuar sem cutucar.

Fan: Ember nasceu dez anos antes de mim, às vezes, ele era mais como um segundo pai do que um irmão.
Ele estava destinado a ser o melhor líder que os Salamandras poderiam pedir.
Todos o amavam. Ele era atencioso e calmo, bondoso e generoso.

Fan: Ele me ensinou quase tudo que eu sei.
Eu era imprudente, cabeça-dura e Barulhento.
E eu...
O Ember estava sempre me salvando de uma confusão ou outra.

Fan esfrega a nuca, com o rosto tenso, mas eu fico quieta.

Fan: Nós estávamos fazendo bagunça num penhasco que a gente costumava ir.
Eu estava querendo aparecer, como sempre.
Eu fiquei muito perto da ponta.

Fan para novamente e olha pro chão, com os ombros fundos.

Fan: Eu tropecei, e o Ember mergulhou para me salvar da queda.
Ele realmente me salvou.
Mas depois ele caiu.
Ele não fez nenhum som.
Ele simplesmente caiu.

(A culpa que o Fan deve sentir...)

Aurora:Eu sinto muitíssimo, Fan.

Fan cerra os punhos.

Fan: O Ember saberia o que fazer, mas ele não está aqui.
Eu estou.
Não faz sentido remoer isso agora.

Fan: Se muitos espíritos descobrirem, vão querer um ataque preventivo, mas eu preciso pensar em nossas opções.
Uma coisa com a qual eu sei que o Ember concordaria é que precisamos manter isso em segredo.

Fan: Por favor, não diga nada a ninguém.
Freya, Hylie e Shelia são confiáveis...
Mas se isso vazar, as coisas vão ficar muito piores pros Gnomos.

Aurora: Eu entendo.

Fan: Obrigado.
Eu não posso deixar meu coração governar minha cabeça como sempre.
Por Sagani, eu queria que o Ember estivesse aqui.

(Deve ser muito difícil pra ele. Ele parece precisar de um pouco de encorajamento.)

Aurora: Uma caminhada no ar fresco vai te fazer bem.
Tire um tempo para pensar nisso. Não devemos nos precipitar.

Fan acena com a cabeça, e depois seus olhos se abrem.

Fan: Uma caminhada é uma boa ideia. Tem uma coisa que eu quero te mostrar.
Vem.

Suas palavras não são um convite, mas um comando.

Fan estende a mão pra mim, com a palma pra cima.

Eu deslizo minha mão na dele.

(A mão dele é tão quente. O fogo corre mesmo em suas veias.)

Aurora: Onde estamos indo?

Fan: Você vai ver.

Fan não diz nada enquanto subimos a colina.

Eu fico sem ar quando saímos das árvores.