Ômega

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Destrancou a porta lentamente, suas pernas estavam bambas e o medo preencheu, não sabia o que o alfa iria fazer com sigo, pois no momento era apenas mais um ômega fraco e indefeso e isso acabava com o seu orgulho.

Antes de abrir a porta totalmente deixou uma pequena brecha para poder ver o ser do outro lado, como um filhote assustado.

- Não quero te machucar.- a voz era calma como se quisesse o tranquilizar e funcionou. Bakugou se sentiu humilhado ao ver de quem se tratava, Todoroki Shoto. Apenas abaixou a cabeça e olhou para o chão com o rosto envergonhado e terminou de abrir a porta saindo da cabine ainda de cabeça baixa.

De repente o calor do cio o atingiu, o fazendo cair no chão e gemer de dor seus feromônios se intensificaram e ouviu um rosnado baixo vindo do alfa diante de si. Rosto corado, respiração ofegante, pupilas dilatadas e o cheiro... o cheiro. Todoroki sempre conseguio controlar seu alfa em situações como essa mas estava sendo mais difícil. Precisava o tirar da li, era apenas questão de tempo até outros alfas sentirem o cheiro de ômega no cio.

Fechou os olhos com força e tentou recuperar a sua sanidade mental, abaixou-se para pegar Katsuki em seus braços, o ajeitou na tentativa de ficar o mais confortável o possível e caminhou de forma apressada.

Por sorte os alfas estavam em sua maioria no salão de festa onde acontecia um evento luxuoso apenas para heróis. De acordo com as regras um ômega não poderia se tornar um herói, pois são pequenos e frágeis e muito emotivos para tomar uma decisão sobre pressão, mas ser um herói sempre foi o sonho de Bakugou e mesmo após descobrir seu segundo género isso não foi motivo para desistir, então para chegar aonde está ele teve que dar o triplo de si. E escondeu for muitos anos que era um ômega e todos em volta acreditavam piamente de que era um alfa por causa de sua personalidade, e estava sempre como uns dos melhores alunos se destacando em tudo.

Mas tudo pelo o que lutou podia se desfazer diante dos seus olhos. Tudo por um pequeno deslize. Odiava ser um ômega.

Todoroki escutou mais um gemido de dor contido do loiro em seus braços, apressando ainda mais seus passos em direção ao seu carro. Assim que colocou o loiro deitado no banco de trás fechou a porta e se sentou no banco do motorista.
Olhou o ômega pelo retrovisor se contorcendo de dor e pelos feromônios que soltava seu corpo inteiro se arrepiou, suas pupilas dilataram, suas presas apareceram, e seu alfa querendo domina-lo ali mesmo. Apertou o volante com força e fechou os olhos tentando se recompor.

- Ei! Bakugou onde fica sua casa?- não teve resposta. – aí droga...- disse passando a mão nas têmporas. – Bakugou!- falou em um tom um pouco mais alto o sacudindo pelo ombro. Novamente não teve resposta, é não tinha escolha teria que leva-lo para sua própria casa.

                                               



                                                                  Continua....

Entre alfas. Todobaku Onde histórias criam vida. Descubra agora