𝙍𝙚𝙙 𝙀𝙮𝙚𝙨 || 𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞 𝘽𝙖𝙠𝙪𝙜𝙤𝙪

XVII

Não consigo dormir, então decidi levantar.

Ainda não compreendo sobre como eu conseguir amassar a porta da geladeira .

Levanto da cama e vou das pontas dos pés até o andar de baixo, na cozinha.

Ligo a luz delicadamente, pego o meu celular e tiro uma foto da porta.

— O que faz aí ?

Sinto uma mão sobre o meu ombro e me afasto rapidamente.

— Vim pegar água, não posso ?

— Claro que pode, mas por que trouxe junto com o celular ?

— Eu não quis te acordar com luz ligada do corredor, então usei a lanterna do celular — falo subindo as escadas —

— Não vai nem me dar um abraço de boa noite como os velhos tempos ? — ele diz atrás de mim com os braços abertos —

Mesmo não querendo a presença dele na minha vida, vou ter que deixar isso acontecer. Ele me envolve em seu abraço.

— Pai ! Preciso dormir, me solte.

— Você está me escondendo algo, me diga S/n eu posso ajudar. — ele aperta cada vez mais o abraço —

Não consigo respirar, minha visão está escurecendo aos poucos.

— Eu falei para...soltar — não sinto mais os seus braços no meu ombro, minha visão volta ao normal e vejo que lancei para longe —

Pelo menos a cozinha tem a vista do quintal de trás.

Saio correndo em direção a casa do Bakugou.

Encontro algumas pedrinhas e começo a jogar em sua janela.

A cada segundo olho em direção a minha casa, jogo a última pedra que vai na cabeça do Bakugou.

— Mas o que caralhos você está fazendo ? — ele pergunta estressado para mim —

— Me ajuda...por favor

> Quebra de tempo <

— Então ele tentou te matar ? — concordo com a cabeça — Seu pai não bate muito bem da cabeça, não é ?

— Eu só não quero voltar — abraço minhas pernas —

— Eu poderia simplesmente te jogar na sua casa, mas como eu tenho sentimentos, vou te deixar passar um tempo aqui em casa.

— Obrigada "sentimentalista"

— De nada — sinto o tocar no meu ombro — você vai falar com o Aizawa sobre isso ?

— Sim.

Ele pega o futon, coloca no chão e se deita nele.

— Hoje você vai dormir na minha cama, descanse um pouco, hoje você teve muita emoção — ele vira de costas a mim — boa noite !

Chego mais perto do mesmo e dou um beijo em sua bochecha, mesmo no escuro posso imaginar ele vermelho.

— Boa noite e obrigada — vou até sua cama e me deito sobre ela —

Bakugou on

Eu não consegue dormir depois que a mesma me deu um beijo na bochecha, mesmo que não chegue perto do que quase aconteceu da última vez que ela veio aqui em casa, quase transamos.

Me viro para olhar para a mesma e decido me levantar, vou até onde a mesma está e deito ao seu lado, ela está de costas.

— Está com frio ? — ela de repente pergunta —