Bônus - Heroína

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Hello my little angels ^w^!

Tudo bem? Espero que sim, e se não, desejo-lhes melhoras ❤!

Cá estou eu com o nosso PRIMEIRO bônus de "O Desafio dos 30 Dias"! FINALMENTE!

E, com antecedência, devo lhes avisar que este capítulo pode conter gatilhos, portanto, caso não se sinta bem durante a leitura, não se force por favor ❤!

Obs: Este capítulo se passa há anos atrás do momento atual da história de "O Desafio dos 30 Dias".

Aproveitem a leitura 😉❤!

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Narrador

Um dos hospitais do Rio de Janeiro estava movimentado naquele característico fim de tarde. Muitas pessoas estavam aglomeradas na entrada do local, apenas esperando pela chegada de uma carona enquanto assistiam à chuva que caía sobre a cidade. Umas estavam impacientes, outras se entretiam com seus aparelhos telefônicos...

Mas não André Lamoglia.

O garoto de apenas nove anos estava dentro do ambiente hospitalar, sentado em uma cadeira enquanto esperava seu pai voltar. Ele balançava nervosamente as pernas e sua tensão mostrava que a tranquilidade não era seu ponto forte do momento. Seus olhinhos agora avermelhados não conseguiam se focar em um único lugar além de cinco segundos, mas por mais que ele não quisesse esperar - como seu pai havia mandado -, ele esperava.

Quando o garotinho tinha acordado naquele dia, ele, definitivamente, não esperava por aquilo. Nunca tinha imaginado que passaria um final de tarde com um medo tão grande... O medo de perdê-la.

O moreno sentia um nó em sua garganta e algumas lágrimas escapavam de seus olhos ao pensar que poderia perder a mãe, a mulher que ele mais amou - e ama - na vida. Sentia uma vontade imensa de abandonar aquela cadeira, sair correndo para onde os médicos tinham a levado, abraçá-la e dizer que a amava como se nunca mais pudesse dizer isso diretamente a ela.

E de fato, ela poderia nunca mais escutá-lo dizer um "eu te amo".

Mas ainda havia esperanças e era isso o que o mantinha sentado naquela cadeira, esperando seu pai - que estava desesperado - pacientemente, obedecendo-o como tantas vezes sua mãe o instruiu para fazer. Ainda tinha esperança de que isso fosse só mais um daqueles momentos em que tudo parece perdido, mas, no fim, o herói ainda salva o dia.

"-Vamos Dedé, é só uma picadinha!

-Mas essa 'picadinha' dói!

-Eu sei, Dedé, eu sei... Eu não posso ser sua heroína agora e tirar a dor que você vai sentir, mas... Se lembra do que eu te disse? Já que eu não posso ser sua heroína, a médica vai ser só para ver se está tudo bem com você, 'tá? Assim você vai poder ser o meu herói saudável! O que acha? Pode levar essa picadinha pela mamãe?"

Naquele momento, ele sabia que não poderia ser o herói dela, portanto confiaria nos médicos que já foram seus heróis e os heróis de tanta gente.

Sim. Ele ainda poderia ver os filmes dos heróis da Marvel junto com seus pais, sua mãe ainda comeria a sexta tentativa da "sobremesa Lamoglia" quando chegassem em casa e ele ainda a abraçaria no dia das mães que estava chegando e diria que a amava com todo o coração. Tudo isso não passaria de um susto... Né?

O Desafio dos 30 DiasWhere stories live. Discover now