XVII. As Batidas de um Coração

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Kieran não era exatamente estranho a ser pego no meio do sexo com outro homem, mas naquela situação específica completamente à mercê de um rei conhecido como Anjo da Morte por uns e Deus por outros, ele sentiu o corpo todo tremer em excitação, a ponto das gotas de sêmen escaparem de novo do topo da ereção rija. Antes de fazer sentido de alguma resposta coerente, ele sentiu outro calafrio percorrer o corpo só por conta do sorriso satisfeito do regente ao encarar a sua expressão.

– Agora não, Borya. – a resposta de Idris foi firme, num tom mais alto para alcançar o outro lado da porta distante, mas ele nem desviou a atenção de Kieran, na verdade, pareceu aproveitar a oportunidade para inserir dois dedos de uma vez no canal apertado, o que causou outro gemido do ladrão que só foi sobreposto pelo resto da resposta do rei. – Estou ocupado.

Não houve qualquer resposta do outro lado da porta, nem mais batidas. Kieran apertou mais as pernas em volta do corpo de Idris e sentiu um pouco da razão retomando à mente enquanto o regente não movia os dedos dentro de si.

Está ocupado, hm?

Não é mentira. – Idris respondeu, retomando os lábios dele num beijo intenso enquanto os dedos alargavam a entrada pouco lubrificada, até conseguir inserir mais um dedo em movimentos ritmados ao sentir o ânus relaxando.

O ladrão voltou a jogar os braços sobre os ombros ainda vestidos do regente, e nem se preocupou em procurar uma segunda vez pelos fechos da roupa. Gradualmente, ele moveu os quadris para acompanhar o ritmo da penetração dos dedos de Idris, em instantes, começando a ansiar por mais do que só os dedos dele.

Já chega, Idris... – Kieran anunciou, trazendo uma das mãos ao rosto do regente e puxando-o em sua direção, roçando os lábios aos dele com um sorriso interessado. – Quero mais do que os seus dedos...

Idris uniu os lábios aos de Kieran noutro beijo e deixou que os dedos deslizassem para fora do canal. Kieran não prestou muita atenção nos gestos do regente que se seguiram, mas sentiu ambas as mãos firmes dele em volta do seu quadril, puxando-lhe até que estivesse com os quadris fora do tampo da mesa.

– Vire de costas. – o pedido do regente facilmente se confundiu com um tom de ordem, e Kieran só pode rir das palavras com um tom discreto de ansiedade antes de soltar as pernas em volta do corpo alheio, para poder ficar de pé de novo.

– Eu não sou muito obediente, majestade, mas estou começando a gostar desse tom... – respondeu Kieran, virando-se para apoiar os braços na mesa, os quadris erguidos contra os de Idris.

O ladrão deu uma olhada por cima do ombro apenas em tempo de sentir o peso do corpo do regente sobre suas costas, os quadris dele pressionados contra as suas nádegas, o volume roçando entre a vala, ainda contido pelas camadas de roupa. Kieran até ficou curioso para saber onde estavam os fechos da roupa que ele tinha deixado passar, mas foi tirado dos pensamentos distantes pelo toque firme das mãos do regente passando pelo seu tronco e alcançando seu peito, os dedos pressionando os mamilos enquanto os lábios alheios se ocupavam de lhe beijar as costas e a nuca, adicionando algumas mordidas pontuais que fizeram um arrepio percorrer o corpo do ladino em resposta ao prazer do contato.

Você está... querendo me torturar hoje? – questionou Kieran, olhando de novo por cima do ombro para avistar não mais do que os longos fios dourados emoldurando o rosto do regente e o seu corpo.

Não... – Idris respondeu, erguendo o rosto dos beijos nas costas para encarar Kieran, uma mão livre indo até a nuca e o rosto dele, puxando-o em sua direção até beijar a curva do ombro e o rosto alheio, o quadril pressionando mais contra o dele. – Estou compensando pelas duas semanas.

O Ladrão dos 13 Corações [Parte II]On viuen les histories. Descobreix ara