Capítulo 42 - O último pré-recesso

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— Você também é monitor.

— Bem observado, Remmy — apontou Sirius, rindo — O maior desvio de caráter do Pontas.

— Ah, calem a boca.

— Rhea vai ficar furiosa com você, Sirius — Remus tinha uma satisfação risonha nos olhos enquanto brincava com o garfo — Principalmente quando descobrir que planejamos isso há meses e não contamos pra ela.

— Aposto que aquela traiçoeira está aprontando uma pior — retrucou Sirius —, e sequer vai me contar.

— Não vou precisar contar. Vocês todos vão cair direitinho e descobrir sozinhos.

Sirius abriu um largo sorriso antes mesmo de virar o rosto.

— Bom dia! — os resquícios de mau humor foram embora conforme Rhea sorria e se sentava do seu lado. Sirius a arrastou pela cintura, deslizando-a pelo banco até que estivesse perto o suficiente para lhe dar um beijo na têmpora.

Rhea também não reagia muito bem com demonstrações públicas de afeto, e Sirius tentava ao seu máximo se conter para não a agarrar no meio do corredor como às vezes tinha vontade de fazer. Custou um tempo para que ela não se incomodasse com momentos prolongados de mãos dadas — ela geralmente as soltava em lugares muito cheios. E Sirius percebia como ela relutava contra abraços muito fortes ou quando ele a puxava para se recostar nele quando se sentavam no jardim. Era uma tortura, ele não podia negar. A presença fazia todos seus sentidos gritarem para que ele a puxasse para perto, e toda vez que ela se recolhia com algum toque o peito de Sirius se apertava um pouquinho. Ele não era inseguro, nem um pouco. Mas, às vezes, perguntava-se se ela não queria ser vista com ele. Ou se não gostava dos toques dele. Só que ele precisava constantemente se lembrar de que, embora tivessem decidido que estavam juntos, ela ainda precisava que as coisas fossem devagar. E Sirius respeitaria o tempo dela, independente de quanto tempo fosse.

— Bom dia, meninos. Prontos para o fim de vocês?

James riu arrogantemente.

— Vocês é que serão esmagadas.

Rhea balançou a cabeça com pena.

— Pobres marotos. Sete anos se esforçando para deixarem um legado, e, no entanto, tudo o que Hogwarts vai se lembrar é da pegadinha de Natal de Rhea di Salles e Angela Cardenas.

— Você não perde por esperar — rebateu Sirius, desafiadoramente. Rhea ergueu as sobrancelhas pra ele, apoiando os cotovelos sobre a mesa. Seus olhos negros brilhavam com o reflexo da luz que vinha das janelas — Sabe, eu ia contar a você o que planejávamos. Acabo de decidir que vou deixar que descubra sozinha.

Os lábios vermelhos de Rhea se curvaram. Sirius olhou para eles, hipnotizado, contendo o impulso de se inclinar e toma-los com os seus.

— Não esperava menos de você.

Sirius riu.

— Ótimo.

Ótimo.

— Merlim, vocês não cansam — lamentou James, saltando para fora da mesa e ajeitando os cabelos —, tenho reunião de monitores. Você vem, Aluado?

Remus assentiu, resmungando alguma coisa e seguindo James para fora do Salão. Peter foi terminou às pressas seu suco para ir atrás deles.

— Peter tem medo de você — Sirius achou necessário explicar, vendo o olhar vago de Rhea no loiro saindo apressado pela porta. — Não é nada pessoal.

Rhea sorriu.

— Imaginei — ponderou, com aquele olhar arrogante que arrancava suspiros — Mas depois das últimas noites pensei que ele tinha superado isso.

ilvermorny girl | sirius blackOù les histoires vivent. Découvrez maintenant