. 𓂃 ILVERMORNY GIRL | a sirius black fanfiction
Criada por uma mulher louca e cruel, Rhea di Salles tinha um único objetivo em sua vida: ser o mais diferente possível de sua mãe. Isso porque jamais aceitaria ser submissa. Jamais sentaria ao lado di...
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ERAM TRÊS AS MALDIÇÕES IMPERDOÁVEIS. Rhea sabia-as de cor. Imperius. Cruciatus. Avada Kedavra.
O relógio marcava oito horas da noite, mas ela não tinha certeza se os ponteiros funcionavam corretamente. Podia ver o céu escuro do lado de fora e tentou se localizar através da coloração da lua. Era uma noite estrelada. Não sabia se isso era bom.
Sentindo-se esquisita, pensou em Angie e suspirou com saudades. A melhor amiga era a única coisa que conseguia fazer Rhea sorrir — não era exatamente engraçada, mas exalava vida. Sorria muito e absolutamente nada conseguia abalar seu humor. Teve saudades de poder explicar pra ela o que sentia e ouvir a respeito por horas.
Sorrindo para si mesma, sonhando acordada com o final daquele verão e o início do sexto ano letivo em Ilvermorny, Rhea baixou o olhar para seu caldeirão e suspirou. Não queria fazer barulho — Antonella estava dormindo —, então precisava ser o mais cautelosa possível em seu projeto. Era um tanto maldoso e cruel, Angie dissera quando Rhea contara a ela, e Rhea até tentou parar, mas não conseguiu. Simplesmente não via o que havia fora do normal naquilo. Além disso, sabia que não iria realmente usar aquilo algum dia — mas Antonella havia lhe ensinado que precisava sempre estar pronta para se proteger, e já que não tinha uma varinha para se proteger com magia, teria que se virar com poções.
— Avada Kedavra... — repetiu ela baixinho para si mesma, puxando o livro sobre magia negra para si. Leu mais uma vez a essência do feitiço e empertigou-se para olhar o caldeirão, o líquido esverdeado e borbulhante rodopiando no fundo. Sentiu um embrulho no estômago e olhou para a barata no canto do sótão — O que você acha, Gary? Será que funciona?
Avada Kedravra liquido era um projeto de meses, desde que terminara a crucio liquida e dera-se conta de que era capaz de qualquer coisa. Além disso, não era como se fosse difícil, tampouco. Qualquer veneno poderia causar a morte. Rhea usara Actaea pachypoda colhida nos jardins de Ilvermorny no quarto ano. Naquela época, colheu para uso próprio. Não suportaria voltar para Antonella. Mas Angie a encontrou antes, e Rhea, tomada pelo amor da melhor amiga, decidiu que ainda não era hora de morrer.
Agora não restava um único pedaço da frutinha em sua poção. Havia usado tudo. Fervera a poção na noite passada, escondida de Antonella, e, quando acordara, encontrou o chão do sótão coberto de aranhas e insetos caídos. O vapor havia matado todos eles. Rhea se sentiu sortuda e burra, porque, se não tivesse tão próxima a janela, talvez tivesse morrido também.
Era certo de que a poção era venenosa. Mas para ser uma Avada Kedrava liquida deveria ser imediata e irreversível. Era o que faltava descobrir.