Depoimento de Robert Baratheon

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"Eu decidi revelar ao primo do meu marido a verdade. Eu preciso de aliados e ele será um aliado útil no que pretendo fazer contra Rhaegar"
(Trecho do diário de Elia Targaryen)


O agora ex-noivo da pivô do divórcio de Rhaegar e Elia Targaryen foi chamado para depor
–Senhor Baratheon, é verdade que Elia Targaryen entrou em contato com você semanas antes de morrer?
–Sim, é verdade.
–Pessoalmente?
–Correto.
–Qual foi o conteúdo da conversa?
–Ela foi abrir meus olhos. Eu não sabia que estava sendo traído. Quando ela me contou eu não acreditei, minha noiva tão recatada, tão religiosa, que tanto falava contra a promiscuidade e era até do grupo de jovens da igreja dormindo com meu primo?
–Mas ela te convenceu.
–Sim. Ela me mostrou as provas que tinha juntado.
–Sim. Também mostrou a prova de que Lyanna estava grávida.
–O que o senhor fez?
–Eu queria quebrar a cara do meu primo e terminar com aquela... Aquela... Terminar com a senhorita Stark.
Ele sabia que tinha que controlar seu gênio no tribunal, estava se segurando para não xingar Lyanna e Rhaegar de vários nomes.
–Mas não fez isso. Por que?
–Elia me convenceu.
–Como ela fez isso?
–Ela me prometeu vingança.
–Como isso seria possível?
–Se eu aguentasse algumas semanas fingindo que estava tudo bem ela teria o divórcio que tiraria um bom dinheiro do cretino do meu primo e me daria as provas de que precisava para humilhar Lyanna em frente a família dela.
–É você aceitou.
–Aceitei. Com certeza. Lyanna era considerada praticamente uma santa pela família, quem iria acreditar em mim sem provas?
–Elia lhe deu parte das provas?
–Sim.
–Seria correto afirmar que são algumas das provas usadas para forjar esse caso?
–Sim. Seria.
–Que o senhor entregou de bom grado.
–Muito bom grado, acredite.
Depois de mais algumas perguntas, o outro advogado tomou sua vez.
–Senhor Baratheon, o senhor acaba de admitir que entrou em um plano de vingança contra a sua ex-noiva e seu primo.
–Entrei e entraria de novo.
–O senhor deu as provas ao tribunal mas antes foi até a família Stark e mostrou tudo, correto?
–Correto.
–Não se arrepende?
Ele sorriu para o advogado.
–Não. Nem um pouco.
–O senhor deu as provas ao tribunal. Também é correto afirmar que foi o senhor que denunciou Rhaegar Targaryen e Lyanna Stark como os assassinos de Elia Targaryen para a polícia?
–Foi eu mesmo.
–Estranho não, que o homem com as provas do caso com razões para odiar os réus não só deu essas mesmas provas como fez a denúncia.
Robert deu de ombros.
–Não é minha culpa se uma mulher e seus filhos foram assassinados e eu suspeite que o marido de quem ela queria se separar armou para matá-la junto com a amante.
–O senhor tinha motivos para prejudicar a ambos.
–E eles tinham motivos para querer prejudicar Elia. Não era apenas a questão de que ela estava saindo do casamento. Ela estava saindo com uma quantidade de dinheiro absurda e os dois filhos. Rhaegar não poderia se recuperar do golpe, nem o financeiro nem o que ele sofreria na imagem. E Lyanna, bem, ela supostamente estava apaixonada, mas duvido que sem o dinheiro e o padrão de vida o amor teria durado muito tempo.
–O senhor está afirmando que Lyanna Stark é interesseira?
–Estou afirmando que alguém que se acostuma em só ter do bom e do melhor dificilmente se adaptaria ao padrão baixo que Rhaegar iria oferecer a ela depois. Nada de motéis caros, nada de restaurantes chiques, sem presentes como o colar que ela fingiu que o pai tinha dado e eu fingi acreditar. Alguém capaz de mentir e dissimular como esses dois é capaz de tudo.
Robert foi liberado e a próxima testemunha foi chamada.

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