A Mãe Da Amiga Da Minha Filha (versão chaesoo)

Capítulo 6

Narrador point of view.

Jisoo encaixou seus dedos nos buracos na bola de boliche preta e respirou fundo, ouviu Irene zombar dela que iria passar vergonha na frente da amiga. Isso fez Jisoo ficar determinada e querer fazer um striker logo de primeira.

Abriu seus olhos após respirar fundo e começou a dar seus primeiros passos e soltou a bola fazendo uma pose perfeita, o que fez Rosé suspirar derrotada — Até jogando boliche ela é perfeita. — Pensou e quando se deu conta escutou a risada alta de Irene, olhou para Jisoo e viu um bico enorme em seus lábios, sentou-se ao de Roseanne frustrada. Aquilo fez o coração de Rosé se derreter, Jisoo parecia um bebê emburrado.

— Vou te mostrar como é que se faz. — Irene se levantou com pose de superior, fazendo sua esposa rir.

— Só observa a vergonha alheia. — Seulgi sussurrou para Roseanne que soltou uma risada fraca observando a morena pegando uma bola vermelha.

— Queridas amigas, vejam como uma jogada profissional é realizada. — Irene falou e se posicionou.

A morena respirou fundo e apressou seus passos jogando a bola, por um triz ela quase chegou derrubar um pino. Jisoo arregalou os olhos e caiu na gargalhada alta chamando atenção até dos demais que se encontrava ali no local, chegou a até bater no braço de Roseanne por não acreditar naquela cena épica da Irene sendo um desastre no boliche também.

— Não queria te humilhar, mas isso foi bem calculado, mas não se acostuma. Agora o jogo vai começar de verdade. — Irene falou dando de ombros sem se importar com as risadas de Jisoo.

A noite foi favorável, Jisoo descobriu que Rosé era realmente boa, o jogo estava empatado somente por causa das duas concorrentes, Seulgi e Roseanne. Irene e Jisoo eram tão ruins que desistiram de jogar e começaram a torcer por suas parceiras. No final do jogo, Seulgi perdeu por causa de um pino que Roseanna derrubou a mais. Jisoo praticamente surtou pra cima de Irene, pedindo para pagar a aposta, que as duas haviam feito.

As quatros mulheres foram para um bar e começaram a beber, inclusive Rosé que já se sentia melhor para beber, mas como sempre sem exagerar no álcool. Ficaram horas se divertindo ouvindo as histórias do tempo de escola. Irene fazia questão de contar a vida de Jisoo naquela época, fazia Roseanne se sentir mais íntima à mulher, parecia que elas já se conheciam a anos apenas por ouvir aquelas histórias.

Jisoo e Irene resolveram competir quem bebia mais, obviamente Jisoo ganhou, já que trapaceou ao fingir que estava bebendo, mas se divertiu ao ver que Irene ficou bêbada e teve que ser carregada por Seulgi, com a ajuda de Rosé, até o táxi.

— Você trapaceou... — Rosé murmurou assim que o táxi saiu.

— Ela estava querendo me humilhar, eu tinha que sair ganhando de alguma forma.

— Não é vergonhoso mijar nas calças.

— É sim, e como é... Principalmente na frente da escola inteira. Mas eu queria ficar sóbria também. — Deu de ombros.

As duas mulheres foram comer churrasco, já que estavam morrendo de fome. Jisoo Estava levando a neozelandesa para a casa quando perceberam que já estava de noite e tinha o fato de suas filhas voltarem no dia seguinte bem cedo, elas não poderiam, infelizmente, aproveitar até de manhã novamente.

Jisoo parou o carro em frente a casa de Roseanne e desligou o motor, estava lamentando mentalmente por aquele final de semana ter passado tão rápido, porém, estava feliz já que passou ao lado de Roseanne, ela havia gostado muito da companhia da mulher, poderia até dizer que acabou se acostumando rápido demais. Roseanne por outro lado não queria que aquele dia terminasse, se sentiu tão confortável com Jisoo ao seu lado que estava se odiando por não ter aproveitado mais.

— Obrigada por esse final de semana. Eu realmente estava precisando e fico feliz que você ficou ao meu lado o tempo inteiro. Espero que possamos repetir mais vezes. — Jisoo falou quebrando o silêncio.

— Não trabalhe muito Kim, você precisa viver um pouco.

— Acho que isso serve para nós duas. — Rosé assentiu acompanhando a risada fraca de Jisoo. — Boa noite, Rosé...

— Boa noite, Chu. — A neozelandesa apertou Jisoo em um abraço sentindo cada pelo de seu corpo se eriçar, no começo ela achou aquilo um tanto estranho, mas agora ela sabia que a morena era o motivo dessa reação, não estava se referindo apenas do arrepio, mas também de seu coração acelerado, sua respiração descompensada e o frio em sua barriga.

Jisoo não estava diferente, sentiu suar frio, sentia um zoológico em seu estômago, sentia sua garganta seca e a vontade loucamente de beijar Roseanne. Sentia que lhe faltava ar, ela queria muito fazer o que seu corpo tanto clamava, mas também não queria estragar aquela amizade que tinha começado tão recentemente, ela sentia que pela razão deveria esperar um tempo pelo menos antes de se jogar de cabeça naquele maldito desejo que a estava enlouquecendo aos poucos.

Mas seu corpo por outro lado, só queria sentir o calor da neozelandesa.

Rosé deixou um beijo na bochecha de Kim, para ser mais exato, no cantinho da boca da coreana, aquela que sentiu sua pressão abaixar no mesmo segundo que conseguiu conter seu gemido. Roseanne saiu do carro quase que forçada, a mulher realmente não queria que aquilo acabasse. Jisoo ficou hipnotizada pela neozelandesa que caminhava até a porta, ela sentia algo forte em seu peito, parecia que o carro não tinha ar suficiente para os seus pulmões. Levou a mão no peito para tentar acalmar seu coração, mas não conseguiu como já era o esperado.

Antes de sair dali, abriu a janela para tentar respirar melhor e buzinou para a neozelandesa que acenou com um sorriso triste. Acelerou seu carro e viu a silhueta de Roseanne ficar cada vez mais longe pelo retrovisor, a mesma não acreditava que a Kim tinha ido realmente embora. Para quem não entendesse o que as mulheres estavam sentindo poderia ser exagerado, mas a própria neozelandesa tinha se entregado para coreana sem nem ao menos perceber e Jisoo infelizmente também não havia percebido que tinha se entregado para a neozelandesa. Estavam com tanto medo de estragarem aquela nova amizade que acabou não vendo que a ambas se desejavam.