— Não! O que eu quero que você faça, é que ligue para o superior dela e...

Eu te amo Josephine, e eu vou fazer isso por você.

[...]

— Ok senhor Tiffin, tudo certo! Marcaram a reunião para amanhã.

— Entre em contato com quem eu solicitei.

— Entrarei assim que chegar em casa — Harry fala arrumando suas coisas — Me desculpe a pergunta, mas, por que resolveu insistir nela agora?

— Quando nós dois estávamos juntos, cada parte do meu corpo dizia que era a coisa certa a se fazer, permanecer ali curaria tudo. Que seríamos e éramos o par perfeito. Só que... eu me perdi completamente quando soube dela e do Jacob, porém agora eu a entendo. É esse tipo de amor que pode mudar a sua vida.

— Compreendo. Espero que ainda tenha tempo.

Se tudo que eu havia planejado desse certo amanhã, talvez, de fato, ainda existisse uma chance entre Josephine e eu.

Josephine L.

Washington| 3:30.

— Ok, esse filme que você escolheu é muito bom — Luke diz jogando pipoca no Noah.

— Como é o nome mesmo? — pergunto sonolenta.

— Hush: a morte ouve — Noah responde encostando a sua cabeça em meu ombro.

— Acho que deveríamos limpar essa bagunça — desperto — Eu trabalho cedíssimo, nem deveria estar acordada.

— Vá descansar Jo, Noah e eu terminamos tudo aqui. Qual é, não somos dois machos alfas.

— Pode se... — antes que eu termine de falar, meu celular chega mensagem, era do meu chefe.

"Boa madrugada senhorita Langford, antes de tudo me perdoe pelo horário, porém ficamos sabendo disso agora a pouco. Amanhã a livraria era entrar em um breve recesso para um reunião com a administração, sem data de volta. Obrigada!"

— Algum problema?

— Estou liberada hoje, reunião com a administração. Posso ajudar vocês agora.

— Não, você pode ir descansar — Noah sorri.

— Amanhã a cozinha é minha — aponto para os dois.

[...]

19:00.

Passei o dia de bobeira, talvez não ir ao trabalho não seja tão proveitoso assim. Luke saiu para o seu meio período e Noah, afinal, ainda tem uma casa.

Queria muito saber do que se trata essa reunião, até porque não existe uma data para retornamos a livraria, então é coisa grande vindo por aí.

Preciso me distrair e como havia falado que a cozinha era minha, devo começar o jantar logo.

— Cenoura, cenoura — procuro na geladeira — Aqui! — pego uma faca e começo a cortar.

Chegando perto de terminar de cortar as cenouras, o inesperado acontece. Acabo passando a faca afiada no meu dedo e como tenho pavor a sangue, começo a gritar sem saber o que fazer. Meu dedo jorrava sangue, melando toda a cozinha.

De repente me deparo com Noah na minha frente, como ele tinha entrado aqui? E como foi tão rápido?

— O que faz aqui? — pergunto enquanto ele procurava um pano.

— Escutei seus gritos, pensei que alguém tinha entrado aqui — ele acha o que procurava e enrola no meu dedo — Temos que fazer um curativo, vou pegar as coisas no meu apartamento.

— Não! — seguro sua camisa — Eu vou com você.

...

Observo Noah terminar o curativo no meu dedo. Ele é tão atencioso no que faz, ainda bem que não me olhou, ou então acharia que eu estou apaixonada.

— Acabei — ele fala alegre e beija minha mão — Tá apertado? — agora me olha preocupado.

— Não, está ótimo — sorrio.

— Já percebi como você me olha. Você gosta de mim, Langford.

— O quê? Não! Com certeza eu não gosto de...

— Você gosta sim.

Olho ele por alguns segundos e.. nos beijamos até nossos lábios incharem. Sua boca tinha gosto de caramelo.

Eu e minha mania de associar gostos a beijos.

Quando me soltei dele, ele respirou ofegante.

— Por que fez isso?

— Você me ajudou e eu precisava disso — deposito outro beijo nele.

— Noah? — escuto a voz de Luke vindo da porta — Você viu a Jo?

Noah caminha até a porta onde logo me revela sentada em seu sofá.

— Aí meu Deus — ele me abraça — Fiquei tão preocupado quando vi aquele sangue na cozinha e você não estando em casa.

— Relaxa, ainda não temos um assassino em série atrás da gente.

— Vou pegar água pra você, Luke — Noah avisa.

— O que faz aqui? — ele pergunta quando ficamos sozinhos.

— Eu beijei o Noah — digo de uma vez — Ufa!

— Você fez o que? — Luke berra e eu tampo sua boca.

— Isso mesmo que você escutou. O que você acha? Fico em dúvida por que ainda existem uma pessoa em Los Angeles e...

— Acho que está perdendo seu tempo com um cara que não te merece.

— Tenho medo de machucá-lo, ou até machucar o Noah.

— Por favor, cuide de você mesma! E seja bom para você mesma. Seja gentil com você. Me escuta, não dê aquele passo extra e se machuque mais do que você pode. Porque não tem como voltar atrás. Apenas leve as coisas com leveza, não precisa atropelar tudo. Noah ainda não precisa ser o amor da sua vida, porém...

Luke talvez tivesse acabado de me fazer refletir sobre tudo. Acho que eu tenho me segurado tanto para não me apaixonar novamente e acho que é porque não consigo deixar Hero ir.

Mas você não está mais aqui, Hero! Eu mereço ser feliz, não mereço?

— Luke? Pede alguma coisa e me espera lá em casa.

— Descendo... — ele pisca pra mim e vai embora.

— Luke, tom... cadê ele? — Noah chega com a água e eu fico analisando ele.

Só porque algo acabou, não significa que não devia ter acontecido. Lembre-se, você viveu, você aprendeu e você seguiu em frente. Talvez o meu em frente, fosse o Noah.

— A-Ah, ele preferiu descer.

— Jo?

— Hm?

— V-Você gostaria de tentar? — ele diz envergonhado — Sabe, eu e você... acho que podia rolar.

— Noah...

— Se não der certo pelo menos não vai ser por não tentar.

— Eu tenho medo.

— Eu também, porém estou disposto. E você Josephine? Está disposta?

Contrato: O jogo Where stories live. Discover now