— Se escondam. — ele ordenou.

— Quem é? — a caçula perguntou.

— Will e... — olhou para a gémea que negou com a cabeça repetidas vezes, ela se recusava a acreditar. — Voldemort.

Miranda, que tinha começado a chorar, observava os gémeos a falarem através de olhares como somente eles sabiam fazer.

— Se escondam, eu trato deles. — agora não era o garoto que falava, era Yasmin. O seu tom de voz não dava espaço para questões, era baixo e ameaçador; digno de um Castle.

Desde que nascera que Yasmin era diferente do gémeo, e isso apenas se tornou mais evidente com a nascença da de olhos verdes. Ela estava destinada a liderar, a ser poderosa, e todos o sabiam.

— Não. — Lee interrompeu a gémea. — Não me vou esconder, eu sou o mais velho, é meu dever vos proteger.

— Não foi a merda de um pedido, é uma ordem, porra! — ela aumentou a voz. — Eu sou a melhor em feitiços aqui. Não vale a pena argumentar, Lee. — acrescentou com humor quando viu o mais velho abrir a boca. — Sei que não sou capaz de derrotar o maior bruxo das trevas, mas sou a que tem mais hipóteses de o empatar por mais tempo. Vocês dois fogem.

— Mas e você? Não me deixe, Yasmin... — Miranda abraçou a cintura da outra.

— Eu vou depois, você e Lee são a prioridade. Se escondam no salão de convidados, há uma passagem por lá, puxem o candelabro que está pousado em cima da lareira, vai aparecer uma passagem secreta que exige que ponham um código junto com uma confirmação de família. — Ela pegou um papel e escreveu uma frase em latim numa letra rápida e atravessada. — Esse é o código "corvus, cattus, equus", depois de o código ser aceite vai pedir a confirmação, sangue. Peguem na adaga de prata que deixo sempre no cofre por detrás do quadro de família e cortem ao de leve o dedo de algum, não importa de qual dos dois, apenas três gotas devem chegar.

Ambos observavam a corvina falar. A sua postura estava reta e a sua cabeça direcionada para cima enquanto falava. Tinha a varinha em mãos e a rodava de momentos em momentos por entre os dedos.

— Sigam em frente, cerca de 500 metros. Quando chegarem ao final vão encontrar uma porta de madeira, empurrem para o lado e chegarão até à parte de fora da mansão, percebido?

Eles assentiram, e se viraram para se dirigirem até ao salão.

— Snow — Lee a chamou pelo apelido que lhe fora dado graças à sua forma animaga. —, tenha cuidado, okay? Não quero perder você.

Cuidado... — ela murmurou e assentiu.

Ele a deixou no sítio de antes, observando-os a correr pelos enormes corredores da mansão. Ela rezou a todos os Deuses, todos os fundadores de cada casa de Hogwarts, rezou a Merlin, rezou para que tudo acabasse bem, e para que tivesse os seus irmãos de volta quando aquilo terminasse.

Lee e Miranda corriam pelos corredores sem nem se atreverem a olhar para trás.

Os cabelos de ambos voavam para trás, mesmo não havendo vento que ousasse penetrar pelas grossas paredes de pedra.

Estavam quase a chegar quando uma silhueta foi vista à frente de ambos, parada, com as mãos nos bolsos.

Will Parkeys.

— Você, seu traidor nojento! — Miranda estava pronta para ir para cima dele se Lee não tivesse impedido.

— Miri, não há tempo, vamos!

— Se acalme, Lee. Temos tempo para tudo...bem, eu tenho. — o Parkeys retirou a varinha do bolso das calças e começou a duelar contra os irmãos.

— Lee! — Miranda gritou por ele. A sua voz era mínima comparada à voz de Will que gritava feitiços sem nem dar tempo para respirar decentemente. — Vamos, agora!

𝐒𝐓𝐔𝐂𝐊 𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐘𝐎𝐔, sirius blackWhere stories live. Discover now