O Alfa

5 0 0
                                    


A floresta é iluminada por flores — lágrima de estrela — que brilham como velas, azul para as novas, amarelo para as adultas e vermelhas para velhas e tudo fica mais belo contra o horizonte colorido com as manchas de cor no céu — o que seria nomeado centenas de anos depois como nebulosas e galáxias — com tons não-naturais e sureias de dourado, azul, púrpura, rosa, verde e vermelho. Um galáxia com quatro caudas cintila a direita, uma com seis a esquerda no limite do horizonte.

Gobei termina a explicação:

— Por isso o alcance e efeito da magia é proporcional a sua massa corporal. Entendeu tudo?

Gobei olha para trás e vê diversas quimeras bocejando e os olhos brilhantes de Sören que olham o céu. Ele bufa. Por que ninguém nunca se interessa pelas regras da magia? Como esperam usa-la sem entende-la?

Gobei olha para o céu estrelado e tem de admitir que é muito belo:

— Vê aquelas manchas coloridas no céu, filhote? "Teias-Noturnas" é como as chamamos e os círculos são chamamos de "Disco-Solares". Acreditamos que as teias são o pó que compõem as estrelas e os disco são buracos para onde elas caem. Uma vez um amphythere tentou voar até lá para descobrir mais, mas não chegou nem perto antes do ar ficar muito pouco para sustentar o bater de asas dela. O que sabemos é que os pontos somem, mas nunca surgem novos.

Sören força a garganta até os tendões de seus pescoço ficarem saltados:

— C... co... m... mo?

Gobei sorri com o esforço do filhote:

— Ninguém sabe ao certo. Temos suspeitas que sejam outros sois como o nosso, mas o nosso sempre volta e aqueles não.

Sören balança os braços e a cabeça:

— Não a... queles. Vo... cê... como?

Gobei anda alguns metros tentando decifrar o que aquilo significa:

— Ah! Como eu sei disso?

Sören acena:

— Como sa... be?

Gobei sorri largamente:

— Tenho as memórias de meus ancestrais. De todo Dragão que viveu desde o tempo das bestas feras até a época de meu pai.

Sören inclina a cabeça de lado:

— D... dragão?

Gobei ergue a cauda sobre a cabeça de todos e seus pelos se ascendem, ofuscantes como cem uma piras funerárias. Sören se assusta e se esconde. A alcateia ri.

Sören sai de trás de uma árvore olhando ao redor:

— Nos ver!

Gobei gargalha:

— E o que importa se alguém nos ver? Quem chegaria perto de uma pira rosa ambulante com mais de trinta metros de comprimento? Venha cá, tenho mais histórias para contar.

Sören fica um tempo a mais esperando e começa a se aproximar aos poucos. Gobei olha para alguns membros da alcateia que sorriem.

Dractite - Sobre deuses e mortais (DESCONTINUADA)Where stories live. Discover now