Dicas de um Jeon

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Tá legal, eu me encontro em uma situação totalmente constrangedora nesse momento. Eu estava indo á um Sex Shop, sim, um Sex Shop. Saiba que eu não estaria fazendo esse caminho caso minha namorada não tivesse me falado que transar comigo era um tédio.

Minha idéia não era comprar algo para animar a transa, na verdade eu estava era indo pedir dicas pro vendedor da loja. Eu sei que eu poderia mandar uma mensagem pra um amigo e tals, mas a maioria é um bando de virgem e outros iriam rir da minha cara e no fim não iam ajudar em porra nenhuma.

Quando entrei na loja, fui até o balcão, e no caminho reparei em algumas coisas que tinha em cima das prateleiras

Era pênis pra porra, tinha de tudo, até mesmo pênis que brilha, ou pênis do tamanho do braço do Hulk cor neon.

Passaria mais um tempo admirando aqueles itens, mas escuto alguém vindo em direção ao balcão, ele estava falando no telefone e falava tão auto que eu estava quase desconfiando que ele queria que todos que passassem em frente a loja escutasse sobre o assunto.

Menos de um minuto depois, ele desliga o celular dele e leva a sua atenção até mim.

– Boa tarde, no que posso ajudar? — me dando dicas de como transar sem ser zuado depois pela própria namorada pelo sexo ter sido o puro tédio.

– Boa tarde, na verdade eu queria conversar com vc — ele apenas concordou e fez menção para que eu continuasse falando — bom, na última vez que eu e minha namorada transamos, ela tipo que teve um leve surto e me disse algumas coisas que.... — O moço me olhava com a sombrancelha arqueada e ainda apoiado com os dois cotovelos no balcão, e então eu continuei falando — coisa que me deixaram um pouco pensativo.

– Hum, tipo o que? — ele parecia mais interessado no assunto.

– tipo: "caralho amor vc transa mal pra caralho, eu fico até com sono de tanto tédio" — falei afinando um pouco da voz. Eu olhei para o moço e aí eu percebi o quão trágico era aquilo.

Ele tava se segurando pra não rir da minha cara, mas não aguentou segurar depois que olhou pra cara que eu fiz quando olhei pra ele.

Ele gargalhava tanto que eu pensei ter contado a melhor piada possível.

Depois de rir tanto da minha cara, ele se recuperou um pouco limpando algumas lágrimas no rosto e voltando a olhar pra mim.

– Cara que situação, sério, eu nem sei o que dizer, mas pq vc tá me contando isso? — nem eu sei pq tô te contando isso colega, nem eu sei.

– Talvez eu tenha agido por impulso em ter vindo aqui, mas é o seguinte, vc é famosão lá na escola por ser bom pra caralho na cama, tão bom que o povo até falava que foi "a melhor noite" da vida delas. E assim eu pensei em vir aqui e te pedir umas dicas e tals — falei usando o tom mais natural possível, tentando deixar de lado a puta enorme vergonha que eu tava naquele momento.

– Certo, quer que eu te dê dicas de como animar uma foda, interessante, mas o que eu recebo em troca? — puta merda tinha esquecido dessa parte.

– Não sei, o que quer? Dinheiro? — ele fez uma careta de pensativo e logo voltou a falar.

– Depois eu decido o que vou querer.

– Tá legal, quando a gente vai poder conversar pra vc me dar as dicas?

– Quando você quiser, docinho. — filha da puta ja tá com essa intimidade?

– Não me chame assim, a gente nem se conhece direito — Ele sorriu de lado olhando para mim, eu sabia que tava começando a ficar vermelho de vergonha, e isso não era algo muito agradável pra mim.

– Fica tímido assim só com um apelido docinho? — ele sorria mais ainda. Si fude vou vazar daqui, pior ideia que eu tive foi vim aqui.

– Vai se fuder idiota, me passa seu número e depois a gente conversa sobre as dicas. — Quando terminei de falar ele pegou um papel e uma caneta e começou a anotar seu número. Quando peguei o papel eu apenas dobrei e enfiei no bolso da calça.

– Ok, bom trabalho, tchau. — acenei para ele e me virei de costas para ir embora.

– Tchau docinho — ele falou um pouco mais alto por eu já estar quase saindo da loja.

Puta merda, acho que tô fudido.