Extra 💞 Parte Final

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Kim Taehyung fingiu não estar se sentindo muito bem após ver a mensagem do namorado. Juntou suas coisas, colocando tudo dentro da mochila e se despediu do loiro rapidamente, para não atrapalhar a explicação da matéria que ainda rolava.

Mas o Park não engoliu a desculpa esfarrapada do e seguiu o acastanhado como uma sombra, se escondendo em cada vazo de planta que encontrava no caminho, até braços ágeis lhe puxarem de repente, tapando sua boca para não gritar.

O encapuzado prensou seu corpo contra os azulejos frios do banheiro, então Jimin não pensou duas vezes em encaixar uma joelhada bem no meio das pernas do suposto assediador, arrancando um grunhido dolorido do estranho que se contorcia no chão.

ㅡ Ooooh! Nossos futuros filhinhos...

ㅡ Jungkook? ㅡ perguntou o loiro, puxando o capuz para ver o rosto branco do namorado, ainda agachado, protegendo o que mais tinha de precioso. ㅡ Que ideia mais estúpida foi essa, coelhinho?!

ㅡ Jimin-ssi... ㅡ tentou dizer, mas a voz falhou.

ㅡ Desculpa, amor... Mas por que você fez isso? Me assustou! ㅡ amuou o menor, arrependido por ter usado tanta força. ㅡ Está doendo muito?

ㅡ O que conversamos sobre intervenções? ㅡ perguntou, levantado do chão com dificuldade.

ㅡ Está falando sobre o Taetae? ㅡ o mais novo acentiu com a cabeça. ㅡ Essa foi a maneira brilhante de impedir que eu seguisse ele?

ㅡ Foi por uma boa causa, tá? ㅡ grunhiu, sentindo outra pontada no baixo ventre.

ㅡ Que seria...?

ㅡ Pelo amor, claro. Porque uma vez Trapaceiros...

Sempre trapaceiros. ㅡ completou o lema, estreitando os olhos, desconfiado. ㅡ O que está planejando, mocinho?

Jungkook sorriu de um jeito travesso.

ㅡ Vem comigo. ㅡ sibilou, mancando ao andar.

ㅡ Amor, espera... ㅡ
Jimin ficou pensativo por um instante, depois olhou no fundo dos olhos de jabuticaba, dizendo devagar. ㅡ Você sabe que eu não tenho útero, né?

[...]

As pernas do futuro engenheiro pareciam pesar toneladas ao subir os últimos lances da escada que levava ao topo do prédio.

Seja lá o que fosse, sabia que não seria uma conversa fácil, mas ouviria o mais velho. Taehyung tentava se conformar, precipitadamente, caso o outro estive disposto a dar um fim no relacionamento. Não queria lhe prender a um amor fadado ao fracasso. Talvez as lembranças de antes tivessem sido substimadas e agora a paixão juvenil não conseguia acompanhar a evolução dos dois.

Era uma possibilidade...

Com esse pensamento o Kim empurrou a porta pesada de ferro, sentindo o vento bagunçar seus os fios, logo vendo a figura do namorado de costas, perto do parapeito.

ㅡ Eu estou aqui. ㅡ disse Tae seguro, estranhando a própria voz.

Ao notar sua presença, o músico virou e no mesmo instante, Taehyung se entristeceu pelo estado deplorável do outro: as bolsas escuras abaixo dos olhos avermelhados, denunciavam que não tinha dormido, além do supercílio machucado de onde saía uma fileira de sangue já ressecado. Não entendeu o porquê de estar vestido com uma roupa de gala, mas notou que o tecido escuro estava sujo na parte dos joelho e cotovelos, como se tivesse se arrastado em uma superfície áspera.

ㅡ O que aconteceu? ㅡ se aproximou, com um olhar inquisidor, olhando de perto o estado lamentável do outro. ㅡ Suas mãos também estão machucadas...

Trapaceiros do Amor [taegi]Where stories live. Discover now