capítulo 17

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Josephine L.

— Merda — sussurro baixo assim que fecho a porta e vou em direção ao banheiro.

— Graças a Deus que ele não... — Jacob praticamente berra, me fazendo tampar sua boca.

— Ele ainda tá na porta — retiro a minha mão lentamente — Resolveu que iria me esperar, precisamos achar um jeito de você sair sem ele ver.

— Eu já sei — a fala dele faz com que eu arquei minha sobrancelha — Veja, ali tem uma janela que dá direto pro jardim.

— Você não vai pular isso, vai?

— Que opção eu tenho? Tá tudo bem, sou acostumado com essas coisas.

— Acostumado em sair escondido do quarto das mulheres? — retruco.

— Não! Só acostumado com a adrenalina — ele se ajeita na janela — Boa noite Jo, obrigada por essa noite.

Ok, conseguimos.

Bem, por hora.

Hero F.

Parece que faz uma vida que Josephine está dentro desse quarto e minha paciência (que já não é lá essas coisas) está à beira de esgotar, decido me sentar encostado na parede.

Não se passam muitos minutos e sinto as duas vibrações vindo do meu celular, que estava em meu bolso.

"Ei cara, onde você tá? — Cole"

"Corredor do quarto da Josephine, o que foi? — Hero"

"Não fica cercando ela, desce logo pra cá — Cole"

Não, eu não obedeceria Cole, porém, ao escutar a porta do banheiro se abrindo, talvez seja a hora de o escutar.

"Irei agora — Hero"

Josephine, Josephine..... nada passa despercebido, principalmente na minha casa.

[...]

— O que estava fazendo lá? — Cole pergunta assim que eu chego perto dele.

— Tentando resolver o problema.

— Ok...

— Cole? — digo fazendo ele franzer a festa — Onde estave a tarde toda?

— O que? No quarto da Jo.

Então quer dizer que o sapato pertencia a Cole?

— O que foi? Por que quis saber isso do nada? — ele pergunta inquieto aguardando uma resposta, porém, quando penso em falar algo, Cole dá uma tapinha na minha barriga.

— Do que vocês estavam falando? — ela surge.

— Pequena Jo! Pensei que não iria mais descer, olha, eu sinto muito...

— Não estou com raiva, Cole. Vem cá — ela o puxa para um abraço.

— Josephine? Graças a Deus! Precisamos conversar — Elizabeth chega perto de nós desesperada.

— Sabe o que a gente precisa fazer? Dançar! — Josephine sai puxando ela para a pista.

— Ela realmente está mais calma? — Cole vira pra mim.

— Sim, está.

— A Jo é um enigma — ele ri.

— Nem me diga — falo tão baixo que acho que Cole não escutou.

Josephine L.

Conforme a música tocava, eu e Elizabeth descíamos em sincronia.

Tá, eu sei que fiquei extremamente brava com o que ela fez, porém, depois do que aconteceu, eu era incapaz de ficar com raiva.

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