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Não há artrópodes, nem patas, nem desespero. Estou submersa num silêncio atemporal e inerte. Meu corpo mal se move. Meu corpo mal pode se mover. A gosma resiste ao meu movimento e não posso emergir. O que houve com a superfície? O que eram aquelas luzes cintilantes? O que era o chão faminto que me engoliu?

Lembro daqueles olhos insones incandescentes. Lembro dos meus próprios olhos e os abro. Por trás do líquido esverdeado vejo outros tanques, outros seres igualmente submersos, coberto de fios, na estranha paz da inconsciência.

Depois do CéuWhere stories live. Discover now