O Amor de um Invisível

Capítulo 5

[ Visão de Gustam Stevens]

Depois do jogo de hóquei no gelo, me sinto quebrado, mas foi bom, nem lembrava a última vez que eu tinha saído, apenas eu e o meu filho, sozinhos. Agora, estou no escritório, como não fui para a empresa, preciso agilizar o máximo possível em casa. Olho para o relógio na tela do computador e o mesmo marca sete horas da noite, esse é o horário que eu e minha esposa costumamos chegar em casa.

— Como foi a conversa com o nosso filho? — minha esposa entra no escritório, bem na hora, escuto o barulho da porta sendo trancada e o som de seus saltos finos sobre o piso do chão.

— Duas novidades querida — fecho as pastas abertas no computador e logo o desligo, giro a cadeira ficando de frente para Carmem.

Observo Carmem soltar seu coque, seus cabelos caem como cascatas em suas costas, e a passos largos ela vem em minha direção e senta-se em meu colo, aperto sua cintura e dou um selinho em minha esposa.

— Trabalhar sem você é extremamente chato amor, as coisas boas só acontecem quando você está lá — ela fala manhosa e inicia um beijo ardente.

Elevo uma de minhas mãos até sua nuca e seguro firme em seus cabelos, com a outra aperto ainda mais a sua cintura, nossas línguas brincam em uma guerra sem fim de vários sabores degustativo, sinto o sangue correr mais quente em minha virilha e ela também sente pois seu sorriso durante o beijo demonstrar que ela quer tanto quanto eu.

— Quais são as novidades? — ela sussurra baixinho em meu ouvido me causando arrepios, oh mulher Senhor! Me ajeito na cadeira e pigarreou antes de começar a falar:

— Nosso filho já decidiu o curso que vai fazer na faculdade — falo sorrindo, ela também sorri e me olha com olhos brilhantes de curiosidade — Ele quer cursar administração e seguir meus passos.

Sinto minhas bochechas doerem, fiquei sorrindo o dia todo depois que ele me contou isso, me sinto orgulhoso. Amo o meu filho, e se ele quisesse escolher qualquer outra carreira, por mim não teria problema nenhum, eu o apoiaria em qualquer que fosse a sua decisão, no entanto, ele escolheu seguir a mesma carreira que a minha e isso me deixa extremamente feliz, vou poder me aposentar sem me preocupar com o que vai acontecer com o futuro da empresa.

— Ah! Que bom, fico feliz por ele já ter decidido o que quer para o seu futuro — Carmem fala, e vejo que assim como eu está muito orgulhosa da decisão de nosso único filho — E qual é a segunda novidade?

— Ele está apaixonado — falo sorrindo.

— Quem é a garota? — tenho uma esposa muito curiosa, amo isso nela, ela é espontânea, verdadeira, carinhosa, são tantas as qualidades que me fazem amá-la.

— Aya — dou uma pausa e vejo ela tentando se lembrar de onde conhece esse nome, vendo que ela ainda não conseguiu agilizar o processo, resolvo falar logo. — Aya Millenis, a filha caçula de nossos amigos.

A expressão de surpresa de Carmem foi tão engraçada que me segurei muito para não rir, também fiquei muito surpreso. Nunca vi esses dois conversarem, e nem sei como ela está agora, a alguns anos os pais dela deixaram de a levarem para as sócias da empresa, já os convidei para jantar aqui em casa, mas sempre só quem vem são eles e a filha mais velha. Aya vive viajando, por isso ela nunca apareceu, mas descobri que meu filho estuda na mesma escola que ela, eles devem ter se aproximado por lá.

— Nunca mais a vimos — ela comenta com os olhos fixos em algum ponto no chão de piso branco — Deve ser uma adolescente linda — sorri imaginando — Se não me engano ela é um ano mais nova que o Iuri, né?

— Sim, eu também acho que ela já deve ser uma adolescente adorável, mas ela se declarou para outro, mas talvez, se tivermos sorte ela tenha sido rejeitada. Vamos convidá-los para virem jantar qualquer dia desses, pode ser uma oportunidade para nosso filho poder se declarar e tentar conquistar o coração dela — sorriu com a possibilidade de poder ajudar na vida amorosa do Iuri.