Borboletas Podem Magoar

18. Instáveis & Apaixonados

               

               
Sei que parece controverso
nem eu mesma entendo,
eu já tinha desistido,
mas
ultimamente só tenho pensado em ti.

Antes os meus poemas eram de despedida
hoje são de melancolia,

depois de tanto tempo
separados,
o meu coração ainda diz te amo.

Meses se passaram e eu não te esqueci,
pensava que estava tudo bem

porque já não pensava em ti,
mas quando seguraste a minha mão...

A chama reacendeu,
está ainda mais forte do que antes,
foi como se tivesses reiniciado
o meu sistema,

fiquei frágil e vulnerável,
só por teres me dado a mão.

Já não sei como prosseguir,
desse sentimento quero fugir,
mas também quero deixar fluir.

Só não quero me arrepender,
essa chama que arde no meu peito
está a me consumir,

já não penso noutra coisa
sem ser você.

Dói saber, que não estamos juntos   porque temos medo
de falhar, outra vez.

Tenho medo de te perder pra sempre,
quero lutar por nós
mas estou sem forças,

parte de mim quer você
e a outra te odeia profundamente.

E nesse meio-termo,
entre o querer e não querer,
tenho vivido.

Mas a parte que te quer,
arde intensamente
no meu peito
sempre que te vejo.

Faz-me delirar
quando estou ao pé de ti,
não existem palavras
para explicar o que sinto por ti.

É tão grande que mal cabe,
no meu peito,

e as vezes até me asfixia,
já não consigo retrai-los.

Quero gritar pra todos
assumir que te amo,
mas sinto a minha voz diminuir
cada vez que nos afastamos.

Temos tantos conflitos inexistentes,
eles têm conseguido
nos manter separados.

Se tu te entregares pra mim,
eu me entregarei também.

E se nos magoarmos novamente?
Tudo bem! Pelo menos tentamos.

Tentamos fazer com que o nosso
pequeno infinito
desse certo.

Somos adolescentes,
instáveis e apaixonados,

mal sabemos lidar com o que
sentimos,
mas as minhas borboletas,
escolheram você para voar.

Tu não mereces,
mas eu te amo,
com toda a intensidade
que eu poderia ter.