one-shot

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— Prestem atenção. — o chefe do restaurante em que trabalho chama não só a minha atenção como de todos. — Amanhã em nosso restaurante receberemos o maior crítico. Não quero ninguém faltando.

E foi com essas palavras que eu soube que não iria conseguir dormir por ansiedade, nervosismo e claro pelas paranóias.

Escuto o despertador tocar e percebo que não havia pregado meus olhos nem para tirar um pequeno cochilo. Levanto mesmo indisposta eu tinha que ir, ordem do patrão.
Retiro minhas roupas e entro no box, ligo ele no frio para despertar.

— Frio, frio, frio. — me abraço tentando aquecer o meu corpo.

Saio do banheiro com uma toalha em meus cabelos e outra no corpo. Vou em direção ao meu armário e procuro uma roupa, o tempo estava fresco então opitei por um vestido branco com vários desenhos de cereja e pentei os meus cabelos.

Peguei uma bolsinha preta pequena, para apenas guardar meus documentos, dinheiro e o mais importe meu celular que nele já havia mandando mensagem para uma amiga que trabalha comigo.

Desço as escadas do apartamento antigo, e fico esperando Sana. Depois de um tempo vejo o carro cor de rosa pink, aquele que chama atenção de todos em volta.

— Entra no carro, temos que encher o bucho daqueles famintos. — ela diz divertida me fazendo rir. — Preparada, bunny?

— Não, mas vamos!

Sana pisa fundo e com isso eu rápidamente coloco o meu cinto. Não deu 10 minutos e já estávamos em frente ao restaurante. Hoje é o meu dia de abrir e de Sana também.

— Não vejo a hora de encontrar alguém rico. — Sana diz enquanto vamos ao vestuário nos trocar.

— Meu Deus, Sana. — tampo minha boca afim de abafar a gargalhada. Todos dizem que minha risada é horrível.

— Só verdades, cansada dessa vida!

Já havíamos nos trocados e organizado os lugares para todos se sentirem confortáveis, apenas estávamos esperando o chefe e os cozinheiros para abrir.

— Tá demorando demais. — sussurro para mim mesma, mas percebo que Sana ouviu assim que concordou.

— O chefe tá passando mal e os cozinheiros estão preso em um engarrafamento, teremos que nos virar para agradar todos.

— Avisa que o restaurante está fechado e que receberemos só o crítico. — aviso e vou para a cozinha.

Nunca havia acontecido isso, mas o que adianta chorar e não resolver nada, irei dar minhas lágrimas para o crítico comer?

— Avisei, agora mão na massa.

Não seguimos nada do cardápio já que não fazíamos idéia do que era aquilo, então opitei por fazer uma sopa que minha avó fazia quando estávamos doente. É o famoso o que tem pra hoje.

— Eu decoro! Assim eu falo que fiz algo. — tinha acabado de despejar o líquido com alguns legumes e carne e Sana pegou rápidamente e foi atrás de algo para decorar.

Retirei o avental e fiquei em pé até Sana voltar e escutarmos o sininho. Entrou lá um deus grego e sem brincadeira acho que babei um pouco.

— Isso não é um ser humano isso é um deus grego. — beslico Sana e mando ela ir atender o homem.

Por alguns segundos vejo o cenho dele franzido e a Sana tensa, ela voltou rápidamente.

— Ele quer a entrada, mas não temos. — vou até a geladeira e vejo um pedaço de torta com o nome "Susana", desculpe Susana mas isso é questão de vida ou morte.

E novamente Sana voltou e falou que o crítico quer algo para beber, infelizmente a adega fica trancada e a chave está com o chefe. Pego um copo e coloco água da torneira mesmo, espero que esteja bem limpinha.

— O prato principal. — entrego a sopa para ela, Senhor me ajude!

Olho pelo vidrinho e vejo Sana praticamente correndo até aqui e ele já estava experimentando. Quando o crítico dá a primeira colherada, tenho certeza que vi seus olhos se arregalar e ele comer mais rápido ou talvez seja só coisa da minha cabeça.

Vi que ele já havia largado e sopa e tinha escrito algo em seu caderninho. Então rápidamente fui até a geladeira e vi uma fatia de bolo de morango.

— Hey, isso é meu.

— Desculpe, japonêsinha. Mas isso é questão de vida ou morte.

E lá se vai ela, com aquele pedaço de bolo que não tinha validade e muito menos sabia quantos dias ele estava na geladeira, meu Deus e se a polícia pensar que eu estava envenenando ele?

Chame o chefe.

Havia escutado mas esperei Sana me chamar para eu ter certeza. Estava com a roupa de garçonete mas ele não precisa saber disso, apenas coloquei novamente o avental, lavei minhas mãos e as sequei.

— Wow, é a chefe. — sorrio assim que ele me vê. — poderíamos falar em particular? — Sana entendeu o recado e voltou para a cozinha. — Soube o que aconteceu, mas mesmo assim vocês não deixaram para amanhã. Gostei dessa sua atitude.

— J-Jurá? — tentei não gagueijar mas falhei. — eu peço desculpas por isso, se puder voltar outro dia eu agradeceria.

— Voltarei se a senhorita aceitar sair comigo. — ele sorri sem mostrar os dentes o que deixa suas bochechas bem mas fofas.

Oh céus, e agora? Eu praticamente envenenei o cara. Não poderei aceitar.

— Sério? Eu aceito, se prometer voltar outro dia!

chame o chefe | k.seokjinWhere stories live. Discover now