— Acho que essa ninguém esperava! Mas quer saber, vai ser bom essa vinda dela pra cá, começar a abrir a mente desse povinho, mas agora preciso que me leve até o solar do urubu. - Falou decidida.

No solar, Urraca acorda sem se lembrar de nada, está tão atordoada, que quando vai descer as escadas, acaba tropeçando.

— GONZALINA! GONZALINA! - Ela chama por sua criada, que com dificuldade ajuda ela a se levantar - Aí minha costas! Minha cabeça! Gonzalina traga algo para aliviar minhas dores. - ela estava indo mas bateram na porta - Vá atender a porta! - ela foi e ao abrir, Rosalinda entrou com tudo.

— Eu não sei onde estava com a cabeça de achar que vosmecê seria uma boa aliada, pagou um vexame daqueles que todo mundo está comentando.

— Olha aqui! Vosmecê pare de gritar que minha cabeça está explodindo, e foi tudo culpa daquele empregadinha da Viscondessa que trocou as taças, aposto que estava de conluio com ele não é, Rosamurcha Pavoa?

—Eu não estou de Conluio com ninguém, a senhora que é uma incompetente, e agora está em todas as más línguas dessa cidade, espero demorar em lhe ver Dona Inhaca de urubu! TRAGAM AS COXINHAS, OS BATUQUES! - Rosalinda saiu rindo e gritando, e Urraca pôs a mão na cabeça. - O que está fazendo parada? Traga-me algo para as costas e a cabeça. - Gonzalina foi providenciar e Urraca deitou com raiva de seu plano ter dado errado.

No palacete, Úrsula acordou muito bem disposta, sentou na mesa para tomar seu café, Heitor como tinha intimidade sentou também para acompanhá-la.

— Os empregados já esfregaram mais de 3 vezes o chão e a sala, mas o cheiro que saiu das entranhas daquela indigna senhora, ainda está impregnado.

— Mas ela recebeu uma bela lição, muito Obrigado meu amigo. - os dois sorriram - tenho que me aprontar para mais tarde, fui convidada pelo barão Elias, para um almoço.

— Milady! Está animada como há tempos não via, parece que Virtuosa e o barão está lhe fazendo bem.

— Digamos  que sim! Mas estou bem animada mesmo. - Os dois sorriram cúmplices.

No casarão de Elias, após o café Elisa e Gabriel foram ao jardim, Samuel ficou na sala com sua mãe, e Alonso foi para o gabinete com Elias.

— Vai me contar o que houve? - Madalena perguntou.

— Nós fizemos aquilo que a senhora sabe.

— Filho! Eu sei que seria algo inevitável, achei apenas que iriam esperar mais um pouco.

— A senhora há de convir que esperamos um bom tempo, vimos a oportunidade e aconteceu.

— O que pretendem fazer agora? Não vou deixar que ele brinque com vosmecê....

— Não irei senhora! - Alonso falou chegando com Elias - Acabei de acertar com o senhor Elias, e vamos providenciar um jantar de compromisso, vou pedir a permissão para casar com seu filho, infelizmente não podemos realizar uma cerimônia válida, como bem sabe, mas o senhor Elias nos casará, dando a benção de todos.

— Um momento! Como assim vosmecê não me falou nada? - Samuel fez uma cara de nervoso

— Eu não disse por que era surpresa. - ele chegou na frente de Samuel, se ajoelhou e tirou do bolso uma caixinha, e ao abrir tinha um anel lindo, com Pedras de esmeraldas - Samuel Gonçalves, vosmecê aceita se casar  comigo ? - Samuel estava boquiaberto, não esperava o pedido, estava chorando já.

— Eu tô com vontade de te bater! Vosmecê sabe que eu não gosto de surpresa, quando me envolve.

— Vosmecês estão vendo? Eu tento ser romântico e ainda sou xingado. - todos riram.

CARTAS PARA MEU NOIVO ( Mpreg )Onde histórias criam vida. Descubra agora