Deixando a bandeja na cômoda, meu marido me olhou.
- Achei que seria bom você tomar o café aqui no quarto mesmo.
- É uma boa ideia... - falei, e olhei rapidamente em direção a piscina.
Notando minha tensão, ele franziu o cenho.
- O que foi? - perguntou.
Dei de ombros.
- Nada demais. - exclamei, e tentei sorrir. - Não é tão ruim, se você pensar pelo lado positivo.
- E qual é esse lado positivo do que vai me contar? - perguntou, curioso.
- Bom, se voltar a pegar o preço valeu a pena. - respondi.
- O que você fez, Helena?
- É só que eu meio que... - comecei, e só completei quando ele parou na minha frente. - Deixei seu celular cair dentro da piscina.
Bruno ficou me olhando por um tempo e depois olhou em direção a varanda.
- Você pegou? - perguntou, voltando a me encarar.
Ele não parecia bravo, na verdade, estava calmo.
Estranho, eu diria.
- Não...
- Quer dizer que ele ainda está lá no fundo?
- É...
- Sabe o que seria justo? - disse. - Você ir lá e pegar.
Sim, é justo, no entanto, o jeito que seus olhos brilharam me indicaram que ele ia fazer alguma coisa. Mesmo desconfiada, me afastei dele e fui até a varanda.
- Sabe, eu chamo de karma isso que aconteceu. - falei. - Ninguém mandou você me proibir de mexer no meu celular.
- Não proibi você.
- Tem razão, você só ameaçou. Nada demais.
Sentei na borda da piscina e coloquei meus pés na água sentindo como estava gelada. Mesmo com essa temperatura, contei até três e entrei de uma vez.
- Achei que o sol pelo menos tivesse esquentado a água. - reclamei, e olhei em volta vendo o celular no fundo.
Bruno andou até a beira e se agachou para ficar me olhando.
- O que está esperando? - ele perguntou.
- Não me apresse, ou juro que dou ele de comida para os peixes.
- Quem está ameaçando agora, meu amor?
Depois de segurar a respiração, mergulhei até o fundo e estiquei meu braço para pegar o aparelho. Já com ele na minha mão, voltei para a superfície.
No entanto, assim que passei a mão no meu rosto para tirar o excesso de água, percebi que o Bruno não estava mais agachado perto da piscina.
Mas...
Ficando ainda mais desconfiada, me aproximei da borda e antes que eu pudesse deixar o celular fora da água, senti um puxão no meu pé que me fez voltar para o meio da piscina.
- O que... - exclamei, e então o Bruno surgiu para a superfície me fazendo bater a mão na água. - Se você pretendia pular aqui dentro por que me forçou a entrar?
Ele passou a mão em seus cabelos jogando os fios para trás. Aquele gesto acabou me distraindo.
- Porque... - se aproximou um pouco mais me forçando a erguer a cabeça para encarar seu rosto. - Se você não tivesse entrado eu não ia fazer isso.
Bruno segurou meu rosto e me beijou. Sua boca estava gelada e o contato me abalou o suficiente para me fazer largar o celular de novo na água. Quando sua língua tocou a minha, me apoiei em seus ombros para pular em seu colo. Ele passou um braço em volta da minha cintura enquanto eu cruzava minhas pernas em volta dele.
- Pensando bem, eu ia fazer isso do mesmo jeito. - ele completou, e desceu seus beijos para o meu pescoço.
Ainda no colo dele, Bruno andou um pouco só parando quando minhas costas bateram na parede da piscina. Ele segurou com mais força minha cintura e em um único movimento, me impulsionou para cima me fazendo sentar na borda.
Antes que eu pudesse processar o que tinha acontecido, Bruno, ainda de dentro da piscina, abriu minhas pernas e enfiou o rosto entre elas. Quando sua boca tocou o meio das minhas pernas eu deitei no chão enquanto tentava controlar minha respiração.
É, talvez o celular dele cair na água não tenha sido tão ruim.
Voltei, e acalmem o coração, não quero colocar hot em todos os capítulos. A história não é só sobre isso, e tem mais capítulos sobre a lua de mel.
Até.
ESTÁ A LER
Para Sempre Te Amarei
Romance"História Em Andamento" Livro Dois Intrigas, confusões, dramas, mentiras... Helena Ferraz estava acostumada com aquilo, no entanto, ela não podia encarar ou resolver as coisas como uma adolescente, não mais. Porque agora, ela é adulta, e tinha que a...
Capítulo 63: Sem Querer
Começar do início