Capítulo 63: Sem Querer

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Deixando a bandeja na cômoda, meu marido me olhou.

- Achei que seria bom você tomar o café aqui no quarto mesmo.

- É uma boa ideia... - falei, e olhei rapidamente em direção a piscina.

Notando minha tensão, ele franziu o cenho.

- O que foi? - perguntou.

Dei de ombros.

- Nada demais. - exclamei, e tentei sorrir. - Não é tão ruim, se você pensar pelo lado positivo.

- E qual é esse lado positivo do que vai me contar? - perguntou, curioso.

- Bom, se voltar a pegar o preço valeu a pena. - respondi.

- O que você fez, Helena?

- É só que eu meio que... - comecei, e só completei quando ele parou na minha frente. - Deixei seu celular cair dentro da piscina.

Bruno ficou me olhando por um tempo e depois olhou em direção a varanda.

- Você pegou? - perguntou, voltando a me encarar.

Ele não parecia bravo, na verdade, estava calmo.

Estranho, eu diria.

- Não...

- Quer dizer que ele ainda está lá no fundo?

- É...

- Sabe o que seria justo? - disse. - Você ir lá e pegar.

Sim, é justo, no entanto, o jeito que seus olhos brilharam me indicaram que ele ia fazer alguma coisa. Mesmo desconfiada, me afastei dele e fui até a varanda.

- Sabe, eu chamo de karma isso que aconteceu. - falei. - Ninguém mandou você me proibir de mexer no meu celular.

- Não proibi você.

- Tem razão, você só ameaçou. Nada demais.

Sentei na borda da piscina e coloquei meus pés na água sentindo como estava gelada. Mesmo com essa temperatura, contei até três e entrei de uma vez.

- Achei que o sol pelo menos tivesse esquentado a água. - reclamei, e olhei em volta vendo o celular no fundo.

Bruno andou até a beira e se agachou para ficar me olhando.

- O que está esperando? - ele perguntou.

- Não me apresse, ou juro que dou ele de comida para os peixes.

- Quem está ameaçando agora, meu amor? 

Depois de segurar a respiração, mergulhei até o fundo e estiquei meu braço para pegar o aparelho. Já com ele na minha mão, voltei para a superfície.

No entanto, assim que passei a mão no meu rosto para tirar o excesso de água, percebi que o Bruno não estava mais agachado perto da piscina.

Mas...

Ficando ainda mais desconfiada, me aproximei da borda e antes que eu pudesse deixar o celular fora da água, senti um puxão no meu pé que me fez voltar para o meio da piscina.

- O que... - exclamei, e então o Bruno surgiu para a superfície me fazendo bater a mão na água. - Se você pretendia pular aqui dentro por que me forçou a entrar?

Ele passou a mão em seus cabelos jogando os fios para trás. Aquele gesto acabou me distraindo.

- Porque... - se aproximou um pouco mais me forçando a erguer a cabeça para encarar seu rosto. - Se você não tivesse entrado eu não ia fazer isso.

Bruno segurou meu rosto e me beijou. Sua boca estava gelada e o contato me abalou o suficiente para me fazer largar o celular de novo na água. Quando sua língua tocou a minha, me apoiei em seus ombros para pular em seu colo. Ele passou um braço em volta da minha cintura enquanto eu cruzava minhas pernas em volta dele.

- Pensando bem, eu ia fazer isso do mesmo jeito. - ele completou, e desceu seus beijos para o meu pescoço.

Ainda no colo dele, Bruno andou um pouco só parando quando minhas costas bateram na parede da piscina. Ele segurou com mais força minha cintura e em um único movimento, me impulsionou para cima me fazendo sentar na borda.

Antes que eu pudesse processar o que tinha acontecido, Bruno, ainda de dentro da piscina, abriu minhas pernas e enfiou o rosto entre elas. Quando sua boca tocou o meio das minhas pernas eu deitei no chão enquanto tentava controlar minha respiração.

É, talvez o celular dele cair na água não tenha sido tão ruim.

Voltei, e acalmem o coração, não quero colocar hot em todos os capítulos

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Voltei, e acalmem o coração, não quero colocar hot em todos os capítulos. A história não é só sobre isso, e tem mais capítulos sobre a lua de mel.

Até.

Para Sempre Te AmareiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora