Slash - Guns N' Roses

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Sabe quando duas pessoas de extremos opostos se apaixonam em um filme de romance?
Bom, isso é exatamente o que eu estou vivendo agora, só que não é nada igual a um filme de romance. Meu nome é Antonella, tenho 22 anos e acabei de me mudar para L.A para enfim poder trabalhar como escritora, estava correndo tudo bem até eu conhecer alguém. O nome dele é Slash (sim bem diferente, mas com o tempo você se acostuma), ele tem 23 anos e toca numa banda um pouco conhecida por aqui. Nos conhecemos por um amigo nosso em comum, Izzy, de inicio foi como um conto de fadas, mas depois que eu descobri sobre seu consumo de drogas nosso relacionamento se resume em brigas, brigas e mais brigas. Agora estamos tendo mais uma dessas.

- OK ENTÃO SLASH VAI ENCHER SEU CU DE DROGAS, MAS ME FAZ O FAVOR DE NUNCA MAIS APARECER AQUI!

- QUER SABER? ISSO SERÁ MELHOR MESMO, EU TO CANSADO DESSA MERDA. - Ele falou saindo do meu apartamento batendo a porta com força. Eu odeio brigas, eu pavor de pessoas gritando comigo só que não estava dando mais, eu me preocupo com ele, mas parece que ele não percebe isso.

Por que isso é tão difícil? Por quê?

Okay, Slash realmente levou o "nunca mais aparecer aqui" a serio, quer dizer eu não me arrependo do que eu falei, mas eu apenas imaginei que ele voltaria para, sei la, pegar as suas coisas não sei. Saio dos meus devaneios com o celular tocando e vou rapidamente atender com uma leve esperança de que seja ele, maldita hora que fui me apaixonar.

- Sim?

- Oiii amigaa!!

- Amanda? Oi, quanto tempo. - Amanda é a minha melhor amiga, nos conhecemos na faculdade quando eu estava correndo pelo pátio da universidade com meu café em mãos, em busca de tentar chegar menos atrasada na aula. Eu acabei por não vê-la, fazendo com que eu trombasse com tudo nela, derrubando meu café e ela também.

- Sim, nem me fale, esse novo emprego está sugando toda minha energia e ainda por cima minha chefe é um pé no saco. Mas enfim, eu estou indo para Los Angeles amanhã e nos vamos sair okay?

- Olha, eu adoraria mas-

- Ah não, sem mas. Estamos a muito tempo sem se ver e essa é a oportunidade perfeita para enchermos a cara enquanto conversamos.

- Adianta eu falar que não? - Pergunto num tom engraçado e provavelmente já sabendo a resposta.

- Não. - Acabamos por rir no telefone e logo ela teve que desligar me deixando sozinha com meus pensamentos mais uma vez.

Okay, eu realmente preciso de uma bebida.

Penso comigo logo indo pegar uma garrafa de vinho e pegando o telefone para ligar pra minha pizzaria favorita. No dia seguinte acordo com infernais batidas na porta, arghh por que bater tão forte? Penso comigo mesma me espreguiçando, acabei por dormir no sofá ontem a noite e sério, essa não foi uma das melhores ideias que eu tive.

- Amanda? - Pergunto pasma quando dou de cara com a minha amiga na frente da minha porta.

- Sim, meu deus que cara é essa? Está com cara de quem bebeu até passar mal.

- Sim, sim..- Falo meio por fora do que ela está falando. - Quer dizer, por que você está aqui tão cedo? Não que esteja reclamando, mas imaginei que viria mais tarde.

- Querida? São quatro da tarde.

- COMO?

- Sim doida. -Ela começou a rir.

- Meu santo Deus. Chega de bebida essa semana.

- Ahhh, justo hoje que nós vamos sair para comemorar a noite de solteiras?

- Ué, mas pelo que eu me lembro você tinha um namorado.

- Exatamente honey, tinha, homens são uma merda e não prestam para nada, por isso nós vamos curtir nós duas, o mais importante sem homens na nossa noite.

- Sem homens na nossa noite. - Concordei com ela enquanto ia em direção ao meu quarto, eu precisava de um banho urgente. Ah, e antes que vocês falem que eu sou uma péssima amiga por não perguntar o por que dela ter terminado com seu namorado e blah blah blah, eu deveria lembrá-los que estamos falando da Amanda, da fodona Amanda, se ela quiser e se sentir confortável ela irá falar. Depois de algumas horas, já prontas e gostosas peguei a chave do meu carro, mais conhecido como meu xodó, um Cadillac Eldorado 1959 sério eu dou minha casa, mas não vendo esse bebê.

Já no bar vejo Amanda dançando enquanto paquerava outras mulheres, sim ela é bi, enquanto eu estava sentada no balcão com meu copo de Jack Daniel's até ouvir uma voz que eu conhecia muito bem vinda atrás de mim.

- S/n? Okay isso é uma coisa que não se vê todo dia. - Slash disse bem humorado enquanto se sentava no banquinho ao meu lado, aparentemente sóbrio, o que é muito estranho. Enquanto eu dava um aceno com a cabeça com um sorriso sem mostrar os dentes.

- Pois é..

Dali já da para imaginar o que aconteceu, nos conversamos mais um pouco e por muito tempo nos finalmente tivemos uma conversa sem gritos e coisas quebrando.

- Slash eu te amo, eu te amo tanto porra,mas eu quero montar uma família, eu quero poder ter uma casa no campo onde possa levar meus filhos num final de semana, eu quero acordar ao lado da pessoa que eu amo todos os dias da minha vida, mas eu não posso fazer isso se a pessoa que eu amo está 90% bêbada a maioria do tempo e nos outros 10% está drogada. Me desculpe, mas estamos em vibes diferentes, e eu não te culpo por isso, você tem uma banda que finalmente tá tendo o reconhecimento que merece, você finalmente vai ter o reconhecimento que merece e eu não quero estragar isso , é essa sonho Slash. Você sempre me apoiou nos meus sonhos e tá na hora de eu apoiar você nos seus. - Por mais que a música estivesse ensurdecedoramente alta, pelo menos para meus ouvidos relativamente sensíveis, eu sentia como se só estivéssemos nos dois naquele bar.

- Eu prometo que vou tentar mudar, ainda-

- Não, não, não mude Slash, não por mim. Eu não sou sua mãe, você já consegue diferenciar o que é certo e o que é errado, então o que você escolher daí pra frente é sua escolha, apenas me prometa que você vai ser feliz.- Ficamos um tempo em silêncio, estávamos com nossas mãos juntas enquanto ele olhava para meus olhos, parecendo refletir no que eu acabei de falar.

- Eu prometo. - Slash falou baixo, mas nem tando, logo me puxando para um abraço desajeitando. - Se cuida princesa, eu te amo.

- Eu também Slash. - Ficamos naquele abraço até algum tempo quando Amanda chegou até mim tropeçando nos próprios pés pedindo para ir pra casa. - Bom, então acho que isso é um adeus.

- Não, adeus é uma palavra muito forte. Te vejo em breve S/n. - Ele falou tirando a cartola me fazendo ficar com um sorrisinho bobo enquanto revirava os olhos e saia com Amanda para fora daquele cubículo.

É, talvez nem tudo tenha sido tão mal quanto eu planejava.

Imagines multifandonsWhere stories live. Discover now