Préludio

271 21 26
                                    


Um grande cataclisma dividiu em vários o que era para ser apenas um continente, agora dividido em dois: luz e escuridão, trazendo consigo divisões étnicas e sociais.
Após milhares de anos, o mundo deixou de ser o mesmo...

Novas civilizações foram criadas e com elas tecnologias mais avançadas, pois onde houver curiosidade haverá também, evolução. Onde o sol brilha com bastante vislumbre é possível observar a constante evolução racial, tanto em tecnologia quanto em anatomia. É notável também como suas plantas e construções são magníficas e exuberantes. Povos com aspectos diferentes, hoje quase iguais, onde visão no escuro era comum entre os povos, hoje em dia é comum apenas do "outro lado", ou com auxílios de magias específicas.

Por outro lado, o continente Lunnar foi totalmente mudado devido ao cataclisma, toda sua vegetação sofreu mudanças e os habitantes que ali viviam foram mudando com o tempo. Alguns adquiriram protuberâncias pontiagudas saindo da sua cabeça, outros a cor da pele foi totalmente mudada para cinza. Os anos foram terríveis para eles...A maior fonte de alimentos foi extinguida e não apenas isso, monstros da escuridão começaram a surgir e devastar toda aquela terra, após anos de guerra e sofrimento um ser surge para guiar todos os habitantes do lado Lunnar, os lunnaris.

--------------------------------------------------------------------------------------

3 anos atrás: Uma criança misteriosa surge rodeada de sombras em um lugar completamente estranho, ainda dormindo, o garoto aparece no meio de um salão, com detalhes bordados em ouros e quadros que já haviam sido dados como desaparecidos, tapetes feitos de animais raros que, cujo os mesmos jazem em extinção, este lugar tinha de ser de alguém muito rico. sua localidade, ele não sabia, olhou pela janela e não reconheceu a área, aparentemente estava a centenas de quilômetros de distância da sua casa. O som de um objeto de madeira ecoou pela sala chegando em seus ouvidos, o garoto virou-se rapidamente para o local de onde viera. Ali um homem beirando seus setenta e cinco anos, o observava, o garoto ficou surpreso e por impulso ou por instinto saltou para trás, o velho gargalhou baixo.
-

– Ora, ora se não temos um intruso aqui. O que faz aqui garoto? Qual é o seu nome? -Perguntou o senhor apoiando-se na bengala, e passando a mão no cabelo grisalho jogando-o para trás.

– ...
– Ora, não tenha medo, o que veio fazer aqui? me roubar? Você está tremendo igual um rato encurralado.
– E... Eu não sei, eu só apareci aqui. -falou o garoto segurando as mãos

– Vamos, não minta para mim, você faz parte da família MontClair, não é!?
– Eu juro senhor não sei como eu vim parar aqui, me desculpa, eu irei sair. -disse o garoto fechando os olhos e se concentrando.
– O que é isto? Está com dor de barriga? -Esboçou um sorriso de canto- Não tem pra onde fugir! Prendam-no! -Homens saíram de todos os cantos encurralando o garoto.
– Bianca, eles não vão acreditar em mim! - disse o garoto olhando fixamente para o velho, e todos o olharam enquanto chegavam mais perto
Os homens se aproximaram dele e o agarraram pelo braço – ME SOLTA! - gritou o garoto.
– Eu falei, pra, me, SOLTAR! - o garoto se dissipou invadindo a sombra de um dos capangas que estava atrás dele. em um piscar de olhos ele apareceu atrás do velho com a faca de um dos homens, apoiado em seu pescoço.
– Eu sabia! -Disse o velho friamente.- Você é da família MontClair!

– Eu já falei, eu não sou! Por quê ninguém acredita em mim? - o garoto começa a ter transtornos e fica mexendo a cabeça, balançando para um lado e pro outro.
– Então me solte, se você não é! Não! Bianca, eles não vão me deixar ir, eles são iguais! eles ficam ZOMBANDO DE MIM! -Gritou nervoso pressionando mais a faca no pescoço do velho, tirando um fio de sangue.- CALA A BOCA BIANCA! Você não vê? Olha a cara deles, todos estão rindo e me olhando como se eu fosse maluco, eu não sou maluco.- o garoto começou a tremer.
Em um piscar de olhos o garoto estava no chão, com os braços imobilizados atrás de suas costas.

– Eu não sou tão fraco assim garoto, não pense que pode me matar.
– Eu não quero matar ninguém, por favor! Me deixa ir. -Disse chorando. - Só não machuca a minha irmã, por favor!
– Que irm... Certo, eu não irei machucar a sua irmã, agora se acalme, e eu deixarei você levantar.
O garoto não parava de tremer e ficar olhando para o lado assustado, como se estivesse sendo perseguido, o velho fez um gesto com uma das mãos bem a frente de seus olhos e com o estalar dos dedos, o garoto se acalmou.
– Agora conta devagar, o que você veio fazer aqui e quem é você?
– O mestre o colocou em hipnose! - sussurrou um dos capangas e os outros confirmaram com a cabeça.

O garoto ficou olhando reto para uma parede que estava pintada de vermelho rubro, nela havia um quadro com borda de madeira de carvalho, sua pintura era um vale, com várias casas e pessoas andando em sua principal rua.

– Eu não sei o que eu estou fazendo aqui - ficou olhando fixamente o quadro sem piscar.- Eu sou Nico  Angelo, eu vim de lá! - Ele aponta para o quadro.- Dali foi de onde eu vim. Eu estava lá e agora estou aqui, eu e minha irmã.- ele virou para um lado vazio da cômoda, onde só havia livros e estantes, estendendo a mão para o nada.- Está é a minha irmãzinha, Bianca.
– Ele é um maluco mestre! vamos dar cabo dele! - Disse um guarda que vestia uma cota de malha por baixo de um capuz vermelho como o sangue mais puro.
– Afaste-se. -O homem recuou - Ele não está mentindo, independente de sua sanidade mental, quando se está na minha hipnose, é impossível mentir.
– E o que faremos?
– Você não viu o que ele fez? - o velho os encarou- Ele entrou nas sombras! Este garoto não sabe o potencial que tem, mas eu sei até onde ele pode ir!
– Mas e se ele der a louca e tentar matar o senhor?
O velho levantou e ajeitou seu colete, e foi andando batendo a bengala no chão.
– O que faremos com ele?
- Cuide dele, dê banho, comida, e eu lhe farei uma sessão de terapia!

Os capangas o seguraram e o levaram para o quarto que ficava na ala sul da mansão. A mansão era dividida como uma bússola, onde o líder da casa fica no quarto norte, novos recrutas na ala sul, Assassinos profissionais na ala oeste, e guerreiros na ala leste. conforme o respeito vai aumentando dentro da casa Blackthorn, eles vão avançando rumo ao norte! E o garoto foi colocado no último quarto.A partir daí, o homem que jamais havia visto coisa igual, reconheceu no menino um talento para o mundo do assassinato.

Ano 234, Dias atuais:
Após chegar de uma longa reunião do conselho da casa Blackthorn, Nico se dirigiu ao quarto de Constantine para informar todas as medidas que serão tomadas, uma batida na porta do quarto chama a atenção do garoto de 13 anos e seu Patrono, Constantine.


– Entre.-diz Constantine
Uma mulher com seus 35 anos, cabelos escuros e com um olhar afiado entra nos aposentos, ela está segurando uma bandeja de prata reluzente com uma carta em cima.
– Que carta é esta? - O velho pergunta.
– Esta endereçada ao senhor  Ângelo. - Diz a mulher

Nico rapidamente pega a carta e dispensa a mulher com alguns pequenos gestos de mãos despreocupados
– Constantine, aqui diz que é da faculdade. -informa Nico.
 – Leia! - O velho fala enquanto se inclina na janela acendendo um grande charuto

– '''Prezado, 
Nico Angelo
      Temos o prazer de informar que você foi aceito na Escola de Magia e Bruxaria de ILLIS.                   Estaremos enviando uma lista de livros e equipamentos necessários.


 O ano letivo começa no dia 05 do calendário do lobo, aguardamos a reposta do seu patrono no mais tardar.

Atenciosamente,
Enila Fortune.
Diretora Substituta ''


– Estava esperando esta carta a alguns meses - falou Constantine enquanto mexia a barba grisalha e soltava fumaça do seu charuto, dissipando o odor de canela do seu charuto
– Eu não vou! tenho coisas melhores a fazer, tipo cuidar dos casos da família. -respondeu amassando a carta
O velho pegou a carta desamassou e assinou pressionando o charuto contra a carta, era a assinatura da família Blackthorn
– Bom, vamos começar os preparativos pequeno Nico - Completa o velho.
– Você não deveria ter feito isso pai! - Ficou nervoso.
– É o melhor pra você e para nós, além do mais, temos pessoas lá dentro, é necessário você para expandirmos nossos negócios.
- o velho o segurou no rosto beijando sua bochecha dos dois lados.
Nico entendeu o recado e assentiu com a cabeça.

Dinastia: Entre a Luz e a EscuridãoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz