O Melhor Dos Noivos (DEGUSTAÇÃO)

Crizo

"Acorde"

"Por favor, acorde".

O suor escorria por toda extremidade do corpo de Pietro, o ar frio que entrava pela janela, aparentava ter cessado por um calor extremo e desconfortável. Algo em sua mente o clamava por acordar, enquanto o jovem Monte rogava apenas para deleitar-se de sua cama.

"Seu pai... Acorde".

Isso fora o suficiente para Pietro abrir seus olhos, ainda desorientado com tudo ao redor. Ligou seu celular com algumas batidas sobre a tela e percebera ser quatro da manhã. Pietro pressionou suas mãos contra os olhos e decidiu levantar-se, antes do processo, pegara o anel de prata puro que seu namorado lhe dera e colocara no dedo.

O jovem caminhou lentamente até a porta, tentando recuperar a consciência totalmente de seu sonho estranho. Ajeitou seu short de dormir e continuara sem blusa. Fora então que antes de abrir sua porta e seguir até o quarto de seu pai, escutara um barulho.

Pietro arqueou sua sobrancelha e agachou-se, fitando a pequena linha que separava seu chão da porta. Tentando escutar algum barulho ou sentir presenças. Ele sentira muitas presenças, mas aparentava existir uma física em sua casa. Monte cessou sua respiração, tentando escutar algum ruído.

De repente, alguém girou a maçaneta da sua porta.

Não era seu pai.

Sua casa estava sendo invadida.

A porta abriu-se lentamente, a pessoa fazia um barulho mínimo a cada passo. Pietro percebera que se tratava de um homem encapuzado de pele branca, definitivamente não se tratava de Antero e isso fez sua espinha congelar-se. Pietro continuava agachado e em silêncio, enquanto o ser adentrava seu quarto e seguia até sua cama.

Cada passo dado por aquele homem era um que Pietro dará atrás dele, continuava agachado e silenciosamente. Porém, não demorara muito para o outro perceber e quando isso acontecera, o jovem agarrou a perna do outro e as puxou com força para trás, fazendo-o cair sobre o armário de Pietro e causar um enorme barulho de objetos sendo estraçalhados sobre o chão.

Pietro assoviou alto e agudamente. Enquanto pressionava suas mãos sobre os bolsos do estranho, tirando uma faca afiada da cintura do encapuzado. As aulas de autodefesa de seu velho pai, aparentemente surtiram um grande efeito.

Entretanto, não demorou muito para o homem agarrar o braço do garoto e desestabiliza-lo sobre o chão, começando uma luta silenciosa de ambos rolando sobre o chão, tentando imobilizar um ao outro. Pietro tentava retirar a faca que o encapuzado segurava, enquanto ele fazia o mesmo contra o jovem.

— Que porra! — Resmungou Pietro, ao receber um forte golpe contra sua barriga. — O que você quer?!

— Fique longe... — e o encapuzado calou-se, no momento que Pietro empurrara seu corpo para baixo, chocando-se fortemente contra o chão, causando outro barulho. — Moleque!