18 - I need help

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Decano demorou um pouco para chamar todos os alunos que estavam ali e então Angel voltou para que todos pudéssemos jantar. Mesmo evitando olhá-la eu podia sentir o seu queimar em mim, me mandando várias energias negativas. A garota era tão pesada.

Eu mal podia ver a hora de que tudo acabasse e não quero soar ingrata. Era legal, mas ao mesmo tempo exaustivo emocional e fisicamente também. Tenho certeza que a Addison de anos atrás, com exatos quatorze anos, nunca imaginaria que seria tão difícil, que teria tantas barreiras para enfim ir para a universidade dos sonhos. Por mais que no fim de tudo a vaga desse ano seja de Dylan ou de qualquer outro aluno. Seria frustrante e triste, mas eu sabia que tinha feito o que podia, até mesmo o que não. E de cerca forma isso me enchia de orgulho de mim mesma.

Dylan ficou o tempo todo ao meu lado e eu o agradeceria para sempre, por ter me apoiado no meu momento de um pequeno surto. Ele poderia ter fingido que eu não estava ali, mas ao contrário disso, ele segurou minha mão e me acalmou. E sinceramente, isso contava muito para mim.

— Espero que essa vaga esteja aqui. — disse sincera, para Dylan, assim que o jantar acabou.

Ele sorriu e ajeitou o óculos, com o indicador enquanto falava.

— Eu também.

Amanhã Decano ligaria para o aluno que tivesse conseguido a vaga e posso dizer que facilmente que viraria a noite acordada, de tanta ansiedade, por mais que amanhã tivesse aula e logo depois jogo de basquete na escola. E eu como uma líder, era obrigada a estar lá. O que faria de bom tamanho. Por Deus, quem não quer ver o gostoso do Justin Bieber jogando basquete? O garoto é atraente fazendo qualquer coisa e eu não perderia a oportunidade de arrancar um pedacinho, nem fosse de longe.

— Você veio como? — perguntei assim que atravessamos a porta da mansão.

— De carro, você precisa de uma carona? — apontou para o carro, alguns bons metros de distância da gente.

— Não, eu também vim de carro. — ele assentiu e eu mordi os lábios, olhando para o salto alto em meus pés.

— Hm, eu vou indo então, você quer que eu te acompanhe até o carro? — perguntou fofo.

— Você é um fofo, mas não precisa. — ele me olhou com dúvidas — Sério, vai lá. Hm, e obrigado de novo por hoje.

— Tudo bem, eu só quero que você fique bem.

Eu sorri e assenti, me despedindo dele e o vi seguir seu caminho, indo do lado aposto de onde estava meu carro. Peguei minhas chaves na bolsa e comecei a andar, quando cheguei perto do carro vi Angel lá.

— Sério, você não nem os nerds livres dessa suas garras. — me olhou com cinismo — Você é tão vadia, Addison.

— Primeiro: eu não tenho nada com Dylan. Segundo: isso não é da sua conta e não me chame assim.

Fui até meu carro e destranquei a porta para entrar dentro do mesmo, mas Angel me puxou pelo braço e me virou. Agora ela não tinha mais a expressão debochada e sim de raiva.

— Espera ai, ainda não fiz o que vim aqui fazer. — ela falou segurando meu braço.

— O que... — fui interrompida por um tapa no rosto, levei a mão até o local e arfei desacreditada, virando meu rosto de volta.

— Isso é pela minha vaga. — me deu outro tapa — Por ter mudado os papéis e ter colocado aquela Ruth para mim — mais um — E isso é pelo meu namorado que você quer...

Não deixei que ela terminasse, porque foi a minha fez de empurra-lá em cima do carro que estava atrás. Eu era uma trouxa e bastante idiota, havia deixado Angel fazer várias coisas comigo, mas me bater, coisa que nem meu pai nunca ao menos havia feito, eu não deixaria.

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