Capitulo 2 - Recebendo o Karma.

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Nota da autora:
Xenti, não revisei ainda. Deixem seus comentários ai.
Sobre o tamanho desta novel, bem, ela será bem curtinha. Aproveitem.

CAPÍTULO 2 - RECEBENDO O KARMA

Olav estava revigorado quando despertou. Apesar de estar completamente no escuro, seus olhos enxergavam as formas dos moveis em tons de vermelho. Se ele se olhasse num espelho agora, ele veria suas pupilas em fendas girando freneticamente pelo lugar.

Não havia sinal da mulher e seus olhos já não estavam inchados. Olav não sabia por quanto tempo havia dormido, mas sentia como um instinto natural que nos céus haviam estrelas.

Sentando-se na cama atordoado, mais rapido do que ele podia controlar, ele constatou que tudo aquilo realmente não havia sido um sonho, mas uma realidade alucinante. Ele estava em outro mundo na pele de um vampiro grávido e discriminado.

Se alguém contasse a ele que ele um dia receberia seu Karma desta forma por ter desejado o que não era seu, ele jamais acreditaria. Levantando-se da cama descalço, Olav cambaleou ao sentir aquelas sensações aumentadas da superfície da madeira sob seus pés. Ele podia sentir tudo e até distinguir cada fenda e as diferenças de temperatura de cada pedaço de chão. De repente, ele estava maravilhado e ao mesmo tempo assustado com toda essa experiência tão distinta.

Caminhando até a porta desajeitadamente, ele a abriu surpreendendo-se com a força de suas mãos. Ele só quis abrir a porta singela de madeira, mas acabou por estragar as dobradiças da porta, por pouco, Olav não a arrancou do batente.

Pisando descalço na terra fria, ouvindo os grilos cantarem ao longe, Olav suspirou. O frio da noite não o agredia, mas o acariciava confortavelmente. Era ainda mais confortável que o calor extenuante da tarde. Era bom e agradável.

Seguindo alguns passos em volta da arvore, seu olfato pareceu rastrear algo que parecia se mover a quilômetros de distância. Ele conseguia sentir e ver ao longe como se sua visão desnudasse a floresta a sua frente. Então o desejo animal de correr até aquela presa fez com que seus dentes coçassem e seus dedos do pé cavassem o chão. Quando ele deu por si, já estava correndo livremente pela floresta.

Ouvindo os sons cada vez mais próximos, ele se lançou sobre uma arvore, esgueirando-se para ver a caravana que passava. Como esperado, dois cultivadores da luz galopavam um a frente da caravana e outro atrás. Não foi dificil para ele reconhecer seus mantos dourados ou sua postura nobre com suas memorias herdadas.

Somente de olhar para eles, Olav pôde sentir sua intensidade. Eles eram fortes demais para ele e sua sede de sangue se acalmou quando a sensatez se aproximou. Aqueles homens mostravam sua força descaradamente com o propósito de afastar qualquer ameaça desavisada.

Ele não poderia enfrentar essas pessoas  no melhor estado deste corpo tampouco esperando um bebê. Se como ele supunha ele fosse o lado perdedor, a morte estaria não só com ele, mas, como, também, com a criança.

Saltando da arvore e dando ré para trás no bosque em meio a escuridão, Olav sentiu os olhos de alguém sobre si e procurando por esse olhar, ele notou que alguém na janela da carruagem luxuosa o encarava com fervor. Aqueles olhos...

Ali estava os olhos mais profundos e límpidos que ele já vira em sua vida. Não havia maldade, mas aquele olhar severo que o fez sentir o peso da morte. Entretanto, havia uma familiaridade ali, algo que fez sua alma gritar.

Sentindo um arrepio percorrer seu corpo, Olav se desprendeu confusamente do olhar curioso e, virando para trás, ele correu de volta para a cabana assustado como um filhote.

Sangue RealWhere stories live. Discover now