≽ depois vem a obra prima

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𝙝𝙚𝙡𝙚𝙣𝙖 𝙥𝙪𝙨𝙝𝙠𝙞𝙣

Depois que o querido Bryce hall adicionou minha mãe no grupo, minha única reação foi dar uma fugidinha pra fora da cidade, não por medo, e sim porque ela descobriu que eu não tinha mais dignidade.

Pretendo voltar pra casa quando ela estiver dormindo, senão vou sofrer com as dicas de como transar sem engravidar. Essas dicas foram herdadas de família e não funcionou com ninguém.

Já são quase sete horas da tarde e eu estou sentada no banquinho da sorveteria, enquanto tomo um sorvete de menta com chocolate. Observei o movimento da rua pelo vidro transparente, estava procurando por um homem pra sofrer e fazer declarações de amor. Enfim, a vida de solteira é boa, mas na primeira oportunidade vou continuar solteira, antes encalhada do que chifruda.

Batucava meus pés na cadeira após dar uma última colherada no meu sorvete e me levantei do banquinho. Ajeitei meus cabelos e vou caminhando para fora do estabelecimento, a preguiça reinava o meu corpo.

Infelizmente tinha que voltar pra casa. Nem tudo é do jeito que a gente quer. Fui para o lado esquerdo da rua em direção ao ponto de táxi, vou ter que pagar uma corrida com o meu único dinheiro que me resta.

Ainda bem que eu sou linda, porque se eu sofresse o que eu sofro sendo feia e pobre, eu iria ficar muito revoltada.

Encolhi um pouco meu corpo quando senti um vento em minha pele e me arrepiei dos pés a cabeça. Pensei que só por eu ser uma piranha, não sentiria frio, mas pelo visto estou enganada.

Antes que eu atravessasse a rua, vejo um pessoal conhecido, inclusive Chase e Charli estavam juntos. Andei até o povo e D'amelio já percebeu que eu estava se aproximando e acenou.

— Oi, gatinha. Tá fazendo o que aqui? — Perguntei, sorrindo maliciosa para ela e dou um rápido abraço na garota.

— Nem eu sei, o Chase só me arrastou. — Ela respondeu, sorrindo.

— Vocês estão ficando? — Pergunto com a voz baixa, apenas para que a garota escutasse e ela concordou disfarçadamente.

Finjo que fico chocada, sendo que na verdade eu já sabia.

— Oi, povo! — Falei com o resto do pessoal que estava no grupinho e dei um abraço em cada um. Mordo meu lábio inferior quando fui abraçar o Noen e aproveitei para que o abraço fosse demorado, em seguida abracei um outro cara barbudo que estava junto.

— Você está fugindo de quem? Estava vendo os comentários da sua foto como eu sou curioso. — Chase perguntou interessado, eu apenas revirei os olhos e soltei uma risada nasal.

— A Charli não gosta de homem fofoqueiro e curioso não, viu? — Arqueio a sobrancelha.

— Cala boca, mulher! Pelo amor de Deus. — Charli me deu uma cotovelada e tentou se esconder atrás de mim.

O pessoal que estava junto deu risada da reação dela, prestei atenção que o homem barbudo pegou uma mochila e acenou para mim enquanto se afastava.

— Oh, você é muito humilde! Parabéns! — Um branquelo do cabelo loiro disse para mim. — Eu sou o Nick.

— Obrigada, mas eu não entendi.

— Você não vê diferença em ninguém, falou até com aquele desconhecido barbudo que estava aqui. — Ele continuou.

— Vocês não conhecem ele? — Perguntei e eles negaram. — Nossa, pensei que era algum conhecido de vocês, estavam todos vestindo iguais.

— Helena! — Charli tentou me reprender.

— Noen, é ela! — Escutei o Nick cochichar para o Eubanks e eu finjo que nem percebi, tenho que manter a pose.

Olhei para Noen e sorriu de canto, enquanto o mesmo conversava com Chase e Nick.

Se um dos três me emprestasse os ombros pra eu apoiar as pernas, eu não reclamaria.

Uma garota de cabelos coloridos e uma maquiagem impecável estava se aproximando, quando Noen percebeu a presença dela, sorriu e abraçou a mesma.

Deus fez primeiro o homem e depois a mulher, porque primeiro vem o rascunho e depois a obra prima. — Disse olhando para a garota, mas acabo falando alto demais porque todo mundo ficou quieto.

𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒, noen eubanksWhere stories live. Discover now