Jasmim

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BOM FERIADO LINDAS E LINDOS !!!

E BOA LEITURA

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Alex 

há 8 anos

A porta do chuveiro se abriu e o vapor subiu. Eu sorri, encontrando uma Jasmim nua pronta para se juntar a mim.

— Ei. Você está se sentindo melhor?

Jasmim entrou na cabine e fechou a porta atrás dela. Ela colocou as duas mãos nos meus seios. — Sim. Deve ter sido gripe ou algo assim.

Gripe. Era assim que ela sempre chamava. Jasmim parecia pegar gripe cada vez mais no último ano. No entanto, os dias que ela passava enrolada na cama nunca vinham com tosse ou febre. Jasmim estava deprimida. Claro, ela tinha todo o direito de estar. Ela abandonou a faculdade porque odiava as aulas de arte, sua mãe desapareceu no vento um ano atrás, levando seu irmão de três anos, Leo, com ela, e nós duas levamos a morte da mamãe, alguns meses atrás muito difícil.

Mas os constantes episódios de depressão de Jasmim pareciam mais do que apenas depressão regular. Ela ficava fechada por dias toda vez que a gripe chegava. Ela não comia, não falava, não funcionava como pessoa. E mesmo que passasse quase vinte e quatro horas por dia na cama, ela raramente dormia. Ela apenas olhava, sem foco, perdida em sua própria cabeça.

Isso me assustava. Eu não disse isso, mas, cada vez mais, seus altos e baixos lembravam os de sua mãe, tanto que eu a estava pressionando para procurar um terapeuta. Essa discussão sempre transformava sua depressão em raiva. Porque para ela, precisar de ajuda significava que ela era como sua mãe.

Jasmim se inclinou e pressionou seu corpo contra o meu. Ela fechou os olhos e observou o fluxo da água do chuveiro. Um sorriso enorme se espalhou por seu rosto, e eu não poderia parar aquele que se rompeu no meu se tivesse tentado. Era o que acontecia com Jasmim, seu sorriso era contagioso. Quando ela não tinha gripe, era tão cheia de vida e felicidade, mais do que uma pessoa comum. Os momentos felizes sempre me faziam esquecer os tristes... até que tudo acontecia novamente alguns meses depois.

Ela ficou na ponta dos pés e pressionou os lábios nos meus. A água do alto escorreu pelos nossos lábios unidos. Isso fez cócegas, e nós duas começamos a rir.

— Eu estive pensando em uma coisa, — disse ela.

Afastei o cabelo molhado do rosto dela e sorri. — Espero que você esteja pensando em se curvar e se apoiar na parede atrás de você.

Jasmim riu. — Estou falando sério.

Peguei a mão dela e deslizei entre nós, até a minha ereção. — Eu também. Você pode dizer?

Ela riu mais. — Eu estive pensando sobre o quanto eu te amo.

— Bem, eu gosto do som disso. Continue.

— E o quanto eu amo morar aqui com você.

Meu avô havia me dado um barco há alguns meses no meu vigésimo primeiro aniversário, o primeiro barco que ele construiu. Quando mamãe morreu, Jasmim e eu decidimos nos mudar para morar na marina. Não era exatamente um lar tradicional, mas minha garota também não era exatamente tradicional, e isso a fez feliz. Além disso, passávamos todo fim de semana navegando e explorando novos lugares juntas. Desde que comecei a trabalhar para a empresa da minha família depois de me formar na faculdade, há alguns meses, poderíamos nos dar ao luxo de viver onde quiséssemos. Mas este barco parecia certo para nós. E isso fazia Jasmim feliz, na maioria das vezes.

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