- Luma Panazzolo nem tente!- disse a nonna séria.

- Não sei o que fazer, não sei que mentira inventar. Ai nonna, eu odeio ter nascido no meio disso tudo.

- É questão de tempo para você se acostumar com o capo. Ele não deve ser pior que o seu avô.

- Deus te ouça. Vamos tomar um banho e voltar para o ateliê?- minha vó assentiu e coloquei uma cadeira no banheiro e a ajudei a tomar banho.

Minha avó teve algumas convulsões, e nisso desenvolveu uma depressão enquanto estive fora estudando, mas com a ajuda dos remédios ela obteve uma grande melhora isso era ótimo. Se algo acontecesse com ela eu morreria.

- Em que tanto pensa mia nipote?
(Minha neta?)

- Hã em algumas coisas. Vamos para o ateliê?- disse e oferecendo meu braço para ela assim que terminei de pentear seus cabelos.- Tenho mais algumas horinhas livre ainda.

- Quer ir para o clube nesse frio?- perguntou fazendo careta.

- Sim estava com saudade de jogar tênis a noite.

- É minha nipote mesmo!- disse ela rindo e fomos para o ateliê, onde passei o resto da tarde com minha vó.

~


Quando mal entrei em casa minha mãe já apareceu próximo a porta fazendo perguntas.

- Como foi lá com seu avô e o capo?

- Foi horrível! Eu sei que tinha sido prometida, mas o vô conseguiu fazer com que Martina fosse uma das escolhas do capo, e ele não quis. Eu desejei tanto que ela fosse a escolhida mas nada ocorreu como eu pensava, em pouco tempo estarei me tornando uma Collalto e a maior chifruda dessa vila e de toda a Itália!- disse frustrada.

- Se serve como prêmio de consolação eu também fui corna, a nonna também foi. Tá no sangue e uma hora você se acostuma, só ignore isso e você vai ficar mais relaxada.- disse me abraçando.- Venha comer antes de sair para o clube.

- Vou ser rápida antes que o doido mande ter outro toque de recolher, e meu avô me azucrinar.

Subi para me trocar e por a roupa que uso para jogar tênis.
Sempre jogava eu e a nonna, mas depois de um tempo ela começou a se sentir cansada e parou mas eu já tinha pegado o gosto, então virou um hobby para mim.
Desci para comer e em seguida fui para o clube com um absurdo de pessoas fazendo minha segurança, palhaçada viu, nem quando eu estudei fora da Itália eu tive tanto seguranças assim me cercando desse jeito, isso é sufocante demais.

Estava a caminho do clube e percebi que novamente as ruas estavam desertas, em pouco tempo o celular de um segurança tocou e percebi que o mesmo fez o caminho voltando para minha casa, não tinha idéia do que estava acontecendo ou talvez aquele doido deu o toque de recolher de novo e eu não sabia.

- Por que estamos voltando?- perguntei sendo ignorada.- Quero ir para o clube agora mesmo!

- Ordem do capo senhorita!

Sem uma resposta sequer que fosse um pouco mais agradável, aquilo havia me deixado muito nervosa.
Cheguei em casa batendo em tudo que havia em minha frente. Quem aquele doido pensa que é? Só pode estar louco. Nem casou comigo e já quer mandar em mim? Não mesmo!
Eu vou ir para a merda daquele clube custe o que custar.

Voltei para o meu quarto e coloquei uma calça e um casaco maior do que eu estava, e fui ver o movimento da segurança na casa. Minha mãe não estava aqui, tinha ido fazer companhia a nonna o que seria um problema a menos.

Olhei os fundos da casa e havia seguranças por lá. Vou dar o meu jeito custe o que custar, ou eu não me chamo Luma!
Deixei a bolsa na dispensa e voltei para o meu quarto pegando um estilingue que meu pai me deu quando era criança, eu tive uma infância normal de gente descente graças a minha mãe e meu pai.

Peguei algumas pedras e fui atirando para longe assim atrairia a atenção deles, e deu certo corri para pegar minha bolsa e passei o mais rápido possível e fui para o carro saindo na mais alta velocidade, para quem nunca teve interesse em dirigir algum automóvel na vida, hoje está pagando com a língua e vendo o quanto isso é útil! Os portões da vila estava aberto enquanto um carro entrava, pisei mais fundo no acelerador e sai e disparada de lá. Quando percebi que não havia ninguém me seguindo parei em uma esquina próxima do clube e fui de táxi.
Eu sabia que isso ia custar a minha vida, mas não ia deixar o doido controlar a minha vida sem ao menos ter acontecido a merda do matrimônio entre nós dois.

Cheguei atrasada no clube, tinha apenas 25 para jogar. Se não fosse aquele desgraçado eu teria mais tempo.

- Pensei que não viria.- disse Andréa quando me viu.

- Certamente serei castigada por ter quebrado uma regra, mas nada muito grave eu acho...

- Se refere ao seu avô?

- Não, ao capo! Estamos noivos!- disse debochando da minha situação.

- Como assim? Me explica tudo!

Enquanto ajeitamos a quadra do nosso jeito, fui contando tudo a Andréa, ela estudou comigo no colégio e é uma das poucas pessoas em que eu confio.

- Sua vida da uma boa novela.- disse zombando de mim.

- Andiamo temos pouco tempo até o doido me achar.- disse tentando não pensar no pior.

- Doido sooa engraçado, ele deve ser um lunático mesmo.- falou Andréa rindo e logo sacando a bola.

Paramos de jogar quando percebemos que estava quase na hora do clube fechar, e fomos trocar de roupa.

- Sai você primeiro, não quero que o doido me veja com você caso ele tenha me achado, se não você estaria na mira dele.- disse a Andréa e a mesma logo sumiu do meu campo de vista, ela sabe como esse negócio é e como a máfia aqui é temida. Por isso evito ao máximo ser vista junto com ela com alguém da máfia, ela é uma pessoa muito boa para acabar sendo envolvida de maneira incorreta na máfia por minha culpa.

Era 20h da noite quando sai do clube vagando meu olhar pela rua, estava muito mais que deserta e eu já sentia meu coração apertado com medo de algo acontecer.

Finalmente avistei o carro e apressei o passo para chegar mais rápido e suspiro aliviada quando entro nele, e me assusto quando vejo meu celular tocar e ver que é minha mãe, atendo a ligação quase ficando surda com os seus gestos histéricos.

- Luma Panazzolo, onde caralhos você se meteu?- ela realmente estava brava.

- Nossa, Antonella boca suja.- disse rindo de nervoso.

- Nem ouse fazer brincadeiras, o capo está louco atrás de você e pode ter certeza que ninguém vai conseguir livrar sua pele dele, você passou por cima de uma ordem dele Luma. Tome muito cuidado quando chegar na vila!

- Ok, tudo bem mãe.- disse desligando sem esperar ela falar, sei que minha pele vai ser arrancada quando chegar lá e já faço minha aposta que meu vô deve está na minha casa junto daquela cobra, deve está o envenenando.

É hoje que eu morro!



















Gente desculpa caso haja alguns erros, hoje não estava com cabeça para revisar esse capítulo, só postei hoje por que já havia dito. Mas prometo arrumar ele depois.

Beijinhos 🤭❤️.

A Prometida do Capo (EM ANDAMENTO)Where stories live. Discover now