𝟷𝟻

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— Todos os alunos devem voltar à sala comunal de suas casas até as seis horas da tarde. Nenhum aluno deve sair dos dormitórios depois dessa hora. Um professor acompanhará a cada aula. Nenhum aluno deve usar o banheiro a não ser escoltado por um professor. Todos os treinos e jogos de quadribol estão adiados. Não haverá mais atividades noturna.

Os alunos da Lufa-Lufa aglomerados na sala comunal ouviram a professora em silêncio. Ela enrolou o pergaminho que acabara de ler e saiu um tanto desajeitada, os alunos começaram a falar imediatamente:

— São dois alunos da Grifinória atacados, sem contar o fantasma e dois da Lufa-Lufa — disse Ernesto Mcmillan, o segundanista, contando nos dedos — Será que 𝑛𝑒𝑛ℎ𝑢𝑚 professor reparou que os alunos da Sonserina e Corvinal não foram atacados? O herdeiro de Slytherin, o monstro da Sonserina, por que é que eles não mandam embora todo o pessoal da Sonserina? — vociferou ele, em meio a acenos de concordância e aplausos.

— O que? — gemeu Winnie desacreditada.

— Eu não consigo nem pensar — disse Scarlett sentada na poltrona em frente a lareira. — E se fecharem a escola?

— Você não acha que vão, não é? — perguntou Winnie aflita

— Se não encontrarem quem está fazendo tudo isso, é bem provável, e se levar a morte de alguém? — disse Archie.

— Não diga isso Archie — disse Scarlett assustada.

— Tinha de ser justo Amélie? — disse Winnie.

— Eu não entendo, deixamos passar algo — disse Cedric pensativo.

— Como está Amélie? — perguntou uma colega da Lufa-Lufa preocupada.

— Ela foi outra vítima, mas de acordo com Madame Pomfrey e professora Sprout logo as mandrágoras ficarão prontas para serem usadas. — disse Scarlett.

— Vão me dando notícias, gosto dela — disse a garota e Scarlett sorriu em concordância.

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O verão espalhou-se lentamente pelos jardins que cercavam o castelo; o céu e o lago, os dois, ficaram azul-clarinhos, e flores do tamanho de repolhos se abriram repentinamente nas estufas. Mas sem a visão de Hagrid caminhando pelos jardins com Canino nos calcanhares, a paisagem vista das janelas do castelo não parecia normal para Scarlett, aliás, era pouco melhor do que o interior do castelo, onde as coisas pareciam terrivelmente erradas.

Scarlett, Winnie, Archie e Cedric tentaram visitar Mélie, mas as visitas à ala hospitalar agora não eram permitidas.

— Não queremos mais nos arriscar. — disse Madame Pomfrey, com severidade, por uma fresta na porta da enfermaria. — Não, sinto muito, há grande possibilidade de o atacante voltar para liquidar os pacientes...

Com a saída de Dumbledore, o medo se espalhou como nunca antes, de modo que o sol que aquecia as paredes do castelo por fora parecia se deter nas janelas de caixilhos. Quase não se via na escola um rosto que não parecesse preocupado e tenso, e qualquer risada que ecoasse pelos corredores soava aguda e artificial e era rapidamente abafada.

Havia porém uma pessoa que parecia estar se divertindo muito com a atmosfera de terror e suspeita. Draco Malfoy andava se pavoneando pela escola com se tivesse acabado de ser nomeado monitor-chefe.

— Quanta aranha! — disse Archie apontando as aranhas que andavam em conjunto saindo das janelas.

— Que nojo — disse Scarlett.

— Vamos, tenho de acompanhá-los a aula de Transfiguração— disse o professor Flitwick assim que a aula de Feitiços acabou.

— Odeio isso de professores nos acompanhar, quer dizer, dependendo do monstro, não é alguém experiente que vai acabar com ele, não? — disse Scarlett a Cedric e Archie enquanto passavam por uma turma de corvinos.

THE GIRL WHO LOVED -. CEDRIC DIGGORYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora