Capítulo 38

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Aurora Ambrosius

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Aurora Ambrosius

Meus amigos foram mandados ao salão para o almoço. Relutaram um pouco, me surpreendendo pois nunca tive tantas pessoas se preocupando realmente comigo, mas consegui convece-los de que estava bem e que poderiam ir. 

Tive uma longa conversa particular com Dumbledore. Chegamos a única conclusão de que eu deixaria de usar meus poderes, usaria apenas para o "bem maior". Confesso ter ficado mal, sempre gostei das pequenas artes que fazia com meus poderes, eram a minha herança de meu pai e aquilo me magoou. Mas, apesar de tudo isso, meu dever como guardiã deveria ficar a cima e gosto de pensar que meu pai se orgulharia de mim. Tenho que dizer que só agora estou sentindo o verdadeiro peso dessa responsabilidade, de não ter opção ou escolha sobre algumas coisa e apenas pensar no que é melhor para Hogwarts. 

No fim ele me convenceu a ir diante de todos no almoço para me explicar e falar da minha nova regra. Talvez responder algumas perguntas e ficar ciente do que os outros estão achando. Com auxílio de minha varinha, algo que eu achei que só usaria para segurar meus coques desleixados, invoquei roupas específicas do meu armário. Um vestido preto justo na altura do meio de minhas cochas, uma jaqueta branca para cobrir meus pulsos machucados e tênis. Os cabelos soltos mesmo. Não me preocupei muito com aparência, quis apenas ficar apresentável e prática, não sabia o que poderia acontecer.

- Aurora você vai entrar pela passagem dos professores. Não é seguro você passar por corredores cheios de alunos irritados e armados com varinhas. - O diretor explicou. - A propósito, acho que está na hora de discutirmos sobre o perigo da sua morte.

Eu sabia do que ele estava falando. Não, minha maldição não se limitava a poderes por um preço alto. Tinha algo bem mais sombrio e perigoso por trás da minha morte, e foi por esse motivo que me dediquei tantos anos a ficar forte e mais que capaz de me defender. Foi por esse motivo que me tornei a rainha do tabuleiro de xadrez, a com mais movimentos disponíveis e que com a morte decretaria, praticamente, a vitória do time oposto. Hogwarts era a peça rei que eu deveria proteger e o time oposto, o das peças negras, eram as trevas que ameaçavam tudo aquilo que eu amava.

Apenas afirmo com a cabeça e o sigo para uma passagem do fundo de seu escritório. Um passagem escondida atrás de uma cortina, uma porta de madeira. Seguimos por um corredor fechado e paramos em frente a outra porta, igual a anterior.

- Vou até lá e você espera aqui. Vou te chamar quando puder vir. - Ele avisou.

Acenei concordando e ele foi, deixando a porta entreaberta, talvez de propósito para que eu ouvisse bem tudo que fosse dito e a hora que me chamasse. Espiei pela fresta na porta e vi todos os alunos sentados com os diretores em frente a mesa de suas casas com as varinhas em mãos. Sírius e Lupin estavam cada um em uma ponta da sala com a varinha em punhos e olhos atentos. Os outros professores estavam sentados em seus devidos lugares na grande mesa da frente. Pude ver pedaços de folhas de jornal, amassados ou picotados, pelo chão. Alguns ainda tinham o exemplar em mãos. Procurei entre os rostos e reconheci meus amigos, alguns preocupados, outros confusos e mais outros como Cedric pareciam irritados com comentários e feições de outros.

A filha de MerlinWhere stories live. Discover now