Capítulo 22

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Reunindo toda a coragem que ainda lhe restava, virou a maçaneta e adentrou o cômodo. Ao entrar viu Minerva, Snape, Lupin e Dumbledore em pé agitados pela sala. Entre eles um homem de cabelos escuros na altura dos ombros que também discutia.

Minerva foi a primeira a vê-la entrar lentamente pela pesada porta de madeira.

- A-Aurora, o que faz aqui querida? - Ela sinalizou a presença da jovem para os demais.

- Precisava falar com Dumbledore sobre algo. Mas aparentemente já começaram essa conversa sem mim. - A loira de aproximou encarando os presentes.

Todos ficaram em silêncio até Harry passar pela porta atrás dela.

- Harry! - O homem, até então desconhecido, exclamou.

- Sirius! - Harry correu e o abraçou.

- Por que o Potter está aqui? - Snape desdenhou.

- Precisava de alguém comigo. - Respondeu calma. - Harry é meu melhor amigo e a pessoa que eu mais confio. Então eu o trouxe.

- Creio que a essa altura já saiba do que se passou ontem, estou certo? - Dumbledore.

Quieta por alguns segundos encarou todos na sala. 

- Sim.

O mais velho estendeu a mão indicando um lugar para que se sentasse. E assim fez. Harry ficou ao lado do tal Sirius e Minerva e os outros dois professores estavam espalhados pela sala.

- Sei que tem consciência de que algumas coisas precisam mudar. - Começou. - Ontem, quando perdeu o controle, quase atacou um grupo de alunos e se Hermione não tivesse interrompido nossa reunião... Algo bem ruim poderia ter acontecido.

Não podia dizer nada. Ele tinha razão. Tudo que fez foi olhar para Harry que estava completamente confuso.

Poucos segundos depois uma batida na porta foi ouvida.

- Entre! - O senhor mandou.

A morena de cabelos cheios passou pela porta, claramente nervosa. Ela foi uma das pessoas que viu "o outro lado" de Aurora e não era de menos que não confiasse nela agora.

- Senhorita Granger, sente-se por favor. - Indicou a cadeira ao lado da outra aluna para que ela se acomodasse.

- Estou bem aqui diretor. - Olhou a garota, nervosa, e deu alguns passos ao ver Harry.

A loira continuava indiferente desde que chegou. Não queria demostrar nada. Estava apenas séria e atenta, ouvindo com atenção o que todos diziam. Mas a conversa simplesmente parou. No rosto deles dava pra ver que mil coisas passavam por suas mentes e frases estavam montadas na ponta de suas línguas mas não diziam nada. As vezes deixavam escapar um olhar de desconforto para a menina, que entedeu o motivo de terem ficados tão quietos de repente.

- Tudo bem, parem de tentar disfarçar. Todos aqui parecem querer dizer algo mas estão  segurando! - Estava ficando impaciente. - Vamos lá! Já sou bem grandinha e sei exatamente o que está acontecendo. Podem falar, afinal estamos aqui para discutir, não é mesmo?

Todos ficaram surpresos com o volume de voz dela mas não disseram nada. Tinha razão.

- Sei bem do que falavam. - Ela encarou os adultos. - E eu concordo.

A filha de MerlinDove le storie prendono vita. Scoprilo ora