𝐈. Hora do Golfinho.

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Eu era boa com armas sim, mas não tão boa quanto era com o bastão
O professor tinha me dito que não era pra levar nenhum item que não fosse necessário para o banco mas eu estava pouco me fudendo para as regras dele, vantagens de ser filha dele

── Veneza, estão precisando de você lá embaixo na fundição ─ Tokyo berrou entrando com sua arma nos braços ─ problemas com o governador

Eu passei por ela sem dizer nada, eu e Tokyo não tínhamos uma relação tão boa assim
Éramos sim colegas, mas sempre que ela me olhava feio eu retribuía
Eu descobri que Denver tinha uma queda por ela quando eles assaltaram a Casa da Moeda e isso fez meu ranço por ela crescer mais

── Veneza ─ Palermo gritou assim que eu cheguei na fundição passando pelos caldeirões de ouro ferventes

── Como sabia que era eu? ─ eu brinquei com ele por estar com uma venda nos olhos e ele riu

── Consigo sentir seu perfume de longe Veneza ─ ele disse sorrindo mas logo voltou a sua expressão de fúria ─ mostra pro governador o que ele tem que fazer Ven

Eu cheguei mais perto e vi que Denver estava discutindo com o governador do banco da Espanha
Oh céus ele era tão lindo nessa roupa de mergulho que me fazia suspirar

── Alguma dúvida governador? ─ Palermo perguntou

── Eu não vou entrar ─ Dom Mario disse tirando as luvas e isso fez meu sangue fever

Apontei a arma pra ele e dei um sorrisinho quando percebi que Denver me encarava

── Ah você vai sim ─ Palermo sorri

── Estamos sem tempo, vamos caralho, vamos ─ Denver gritou e empurrou o governador para dentro

── Não vou entrar — o velho jogou a máscara de oxigênio no chão e eu consegui sentir a raiva de Denver

── Se eu mesmo tiver que colocar eu vou colar ela na sua fuça pro resto da sua vida ─ Denver disse calmamente tentando não se estressar ─ coloca! coloca Governador, coloca!

Dom Mário se recusou e Denver já estava perdendo a paciência

── Quer mesmo complicar? ─ Denver empurrou o velho novamente mas me surpreendi com a audácia do Governador

Ele tinha acabado de dar um tapa no rosto de Denver e jogou todo o equipamento no chão

Meu pai tinha avisado...tinha dito que ele nunca iria entrar mesmo que apontássemos uma arma pra cabeça dele
Mas Palermo insistia que ele iria entrar...idiota!
E agora estávamos aqui, tensos e com o sangue fervendo

A minha vontade era de sair atirando e meter uma bala na cabeça daquele velho mas precisávamos dele para o plano então eu simplesmente não podia deixar tudo der errado

── Já era seu merda, Matías, o cortador ─ Denver berrou e Matias deu a ele um alicate ─ Vai ser um corte seco, ou me dá a merda da chave agora mesmo, ou vai contar moedas com a porra dos cotocos

Para a supresa de todos, o velho estendeu a mão

── Heróizinho de merda ─ Denver murmurou antes de dar uma cabeçada no governador fazendo ele bater a cabeça e ficar inconsciente

── AH CARAMBA! ─ foi a única coisa que eu consegui berrar vendo o velho desmaiado no chão

── Denver? Denver o que foi que você fez? ─ Palermo questionava confuso por estar vendado ─ Pelo amor de Deus alguém me fala o que está acontecendo

𝐕𝐄𝐍𝐄𝐙𝐀 | La Casa De PapelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora