🪓Cap 1

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Uma menina caminha com os pés descalços sobre uma rua escura no meio da noite.

Seus olhos estão raivosos e sua boca se contorce de ódio.

A lua empalidecida reflete sua luz no seu vestido todo branco e ia até o joelho.

O machado cintila sobre a luz de um farol que brilha logo a frente.

È um caro preto.

Ele se aproxima devagar e o homem lá dentro fala com ela.

--- Ei garota quer ajuda? ---

O homem aparenta ter meia idade e está usando uma boina cinza.

A menina não responde.

Ele para o carro, e sai pra fora revelando sua pança gorda e sua estatura média.

--- O que aconteceu? Onde estão seus pais? ---

--- Não estão com você? --- Ele pergunta e se oferece a dar uma carona novamente.

A menina sem dizer uma palavra caminha e entra dentro do carro.

Na hora o homem consegue ver o machado na mão dela mas não liga pra isso.

O homem olha ao redor apreensivo e ao não ver ninguém entra no carro.

--- Ah!, muito bem --- Qual é o seu nome mocinha? ---

Ela não responde.

--- Não vai falar né? Tudo bem, isso não importa --- Ele diz depois coloca novamente o cinto que avia tirado ao sair.

Ele liga novamente o carro e começa a dirigir na estrada escura.

A lua brilhava sobre o céu e os grilos pigarreavam tristemente.

Uma coisa estranha era que não havia nenhum veículo na estrada, mesmo sendo a hora em que mais pessoas viajavam por aquelas bandas.

--- Você deve estar com fome, mas pode ficar tranquila. Vamos passar em uma lojinha que tem por aqui. Não deve estar nem a dez quilômetros de distância de nós --- Ele dizia, as vezes olhando
para ela e as vezes olhando a estrada.

--- Mas antes nos vamos parar pra brincar pouco tá? --- Ele disse tentando esboçar um ar de gentil.

O homem dirigiu por mais alguns minutos.

Entorno desse tempo ele as vezes olhava no retrovisor meio embaçado e conseguia vê-la olhando para a janela calmamente, com a mão apoiada na bochecha e olhos despreocupados.

Até estranhou que ela parecia bem despreocupada bem calma para uma garota perdia. Mas não ligou muito pra isso.

Sua alegria vencia o seu medo.

Foi então que pela primeira vez a menina disse alguma coisa.

--- Pode parar? ---

Ao ouvi-la ele olhou para ela na hora ainda dirigindo.

--- Ah! Você fala! ---

--- O que foi? Quer fazer xixi? Perguntou
esboçando um sorrisinho que tentou, mas não conseguiu conter.

Ela não disse nada. Só acenou com a cabeça.

O homem entendeu e parou o veículo.

--- Ah! Parece que você leu minha mente, bem que eu tava com vontade de mijar também --- Disse enquanto abria a porta do carro.

A menina também saiu.

O desconhecido foi rápido.
Caminhou até o matagal no cantinho da pista e depois de olhar ao redor para ver se nenhum carro vinha, abriu o siper da calça e colocou o seu amiguinho para fora.

Começou a se esvaziar.

Enquanto isso a menina estava parada. Perto do porta-malas do veículo.

Sua expressão começava a se tornar um mistério.

Mas dava pra ver que ela ia fazer alguma coisa proibida, Seu olhar era o de quem escondia algum segredo.

Uma mão agarrou o machado que estava no banco traseiro. Que agora estava vazio.

A menina começou a se aproximar calma e lentamente até o homem, Que já terminava de mijar.

Ao ver uma sombra se projetar no chão a sua frente ele se vira. E na mesma hora sente algo duro e ponteagudo encravar fortemente no seu fígado fazendo ele sentir uma dor agoniante e extremamente intensa.

Com um puxão a menina desenfinca o objeto de ferro da sua pele perfurada, fazendo jorrar sangue no chão.

Isso lhe causa uma dor violentamente horrível, o fazendo babar muito.

Era uma mistura de baba e sangue.

Ele põe a mão sobre o corte e depois a traz a sua vista. Ele ve um líquido viscoso e vermelho banhando toda a sua mão.

O homem cai de joelhos.

Ele olha pra ela. que o encara de volta com o mesmo olhar frio de antes mas agora com raiva no meio.

Ela tremia e contorcia o lábio de ódio e o olhava com olhos ameaçadores.
Para ele parecia o próprio demonio.

--- Você se acha o caçador? --- Ela pergunta levantando novamente o machado.

--- Agora é a sua vez de sentir como é ser a presa ---

Ela diz, depois o finaliza com um golpe estilhaçador no crânio.

O sangue respinga livremente no asfalto.

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Episódio 1 parte 1

- Dia seguinte -

Onze horas da manhã.

*

Em uma delegacia de polícia que ficava no meio da estrada, o delegado Will bies conversava com um homem.

Também era policial.

--- Então, ficou sabendo do corpo encontrado perto da pista hoje de manhã? --

--- Corpo? --- O delegado Will pergunta fazendo uma cara de surpresa --

--- È, o corpo que uns outros policiais encontraram não muito longe daqui ---

--- Pelo que dizem quando foi encontrado ele já estava todo coberto por moscas e orubus já o sobrevoavam ---

--- Serio? Eu não fiquei sabendo --- Will diz

--- Ele fazia uma careta orenda e tinha um enorme buraco na testa ---

--- Serio? ---

--- Sua boca tava aberta e cheia de bichos! --- Uhhg! Eca! --- Tenente tomps faz uma cara de nojo.

--- Desconfiam de que foi assassinato porque no asfalto tinha marcas de pés.

--- Pés de criança --- Tomps diz depois olha para Will com o rosto sério.

Os dois se encaram por um tempo com uma expressão de assombro e desconfiança e depois:

--- Hahaha! ---

Começam a rir.




Continua....

Pequena PiscopataWhere stories live. Discover now