VII. Azul é a cor mais quente - JeongSana

4K 226 182
                                    


Minatozaki Sana era bartender. Sana cresceu numa tradicional família japonesa, eles não tinham muita grana, mas Sana sempre levou uma vida confortável. Era esperado que Sana fosse ser uma moça comportada para sempre. Então imagine o choque quando Sana, no auge dos dezessete anos, colocou seu primeiro piercing, uma coisa muito pequena na orelha, mas que fez Sana receber três semanas de castigo. Foi ali que Sana percebeu que não importava se ela tirava notas boas e deixava de ir para qualquer lugar para ficar em casa estudando, nada disso seria o suficiente para seus pais. Aos dezenove, quebrou qualquer laço com a família quando descobriram que era lésbica. Hoje, ela sorri só de pensar o que seus pais diriam se descobrissem as coisas que ela se envolve.

Sana era insuportável.

Nayeon tentou. Mina tentou. Até Dahyun tentou, mas ninguém ali conseguia ter paciência o suficiente para lidar com Minatozaki Sana de submissa. Ela não obedecia de primeira e não era pessoa mais respeitosa, mesmo completamente imobilizada por cordas, algemas e qualquer outra coisa.

A primeira pessoa que Sana teve algum tipo de relação foi com Mina, mas não passou de um sexo nos fundos do bar onde trabalhava. Depois fez um menáge com Dahyun e Momo, que hoje são suas melhores amigas. Mas o maior feito da vida sexual de Sana com certeza foi ver Park Jihyo, uma CEO conhecida por ser difícil de agradar e personalidade forte, ajoelhada com os olhos marejados para ela. Foi assim que Sana quis descobrir qual a graça em ser dominado por alguém, mas sua natureza teimosa era muito irritante. A única garota que tinha paciência para lidar com Sana era Jeongyeon que, apesar de preferir que as relações sejam flexíveis ou até ficar apenas na posição de submissão, achava divertido ver Sana sendo chata só para ganhar uns tapas a mais:

- Olha se não é a minha puta preferida!

- Boa tarde pra você também, Sana.- Jeongyeon respondeu abrindo a porta de sua casa.

Era por isso que ninguém aguentava Sana, ela não tinha nenhum senso de obediência com a pessoa que a dominava, mas ela ainda queria. Queria sentir as cordas apertando sua pele clara, o couro deixando marcas pelo seu corpo. Ela gostava da dor. Um pouco demais, na verdade. Jeongyeon, por outro lado, não era a pessoa mais dominadora do mundo, mas era muito boa em entender as necessidades dos outros. Com um pouco de ajuda de Nayeon e Jihyo, ela aprendeu como dominar alguém e, quanto mais tempo lidava com a Sana, mas entendia como ela... funcionava. Mesmo que na visão externa Jeongyeon estivesse numa posição superior a Sana naquela relação, a coreana não fazia questão de ser chamada de "senhora", e Sana se recusava a chamar alguém assim:

- Cadê sua futura esposa, afinal?

- Tá no ateliê ajeitando os últimos detalhes do desfile. Você tá bem pra hoje? Sua bunda ficou muito marcada daquele dia.

- Eu tô melhor já, nada que óleo de bebê e creme pra hematomas não resolva.

- Então vai pro quarto. Me espera sem roupa e sentada na cama. Vou já pra lá.

O quarto em que Sana se encontrava não tinha nada demais, apenas uma cama com dossel, as paredes e os lençóis brancos além um armário que era onde Jeongyeon guardava as coisas que usava nela. Assim que Sana terminou de se despir, Jeongyeon apareceu com um balde de gelo com champanhe dentro, usando apenas uma camisa social de botões branca e uma calcinha preta. A Yoo colocou o balde em cima de uma mesinha de madeira escura no canto, pegando o controle que tinha em cima dela e alterando as luzes do quarto para um tom neon de azul:

- Bem que dizem que azul é a cor mais quente...

- Comprei uma coisa pra você, Sannie.

Minatozaki nada disse, apenas esperou com os olhinhos animados a coisa que Jeongyeon havia comprado para ela. Sana havia ganhado uma coleira lilás grossa com detalhes em brilhante, aceitando de bom grado que Jeongyeon colocasse em seu pescoço. Em seguida, a garota de cabelos roxos pegou uma corda vermelha, ordenando que Sana ficasse encostada na montanha de travesseiros que havia na cabeceira da cama. Os braços da garota foram amarrados, um de cada lado, as pernas abertas com a intimidade exposta para o prazer de Jeongyeon. O champanhe foi aberto por Yoo, que foi boazinha em oferecer para Minatozaki um gole ali mesmo da boca da garrafa:

- Como tá o gosto?

- Hum... doce.

- Quero provar também.

E assim Jeongyeon iniciou um beijo lento em Sana, como se estivesse saboreando o gosto de champanhe na boca da garota. Yoo não demorou muito naqueles beijos, derramando um pouco daquela bebida no pescoço da garota, que estremeceu tanto pelo contato do líquido na sua pele, quanto pela língua de Jeongyeon que logo tratou de lamber por onde aquele líquido escorria:

- Porra, Yeon, o que tá fazendo?

- Eu falei que queria provar também, mas não disse como. Agora quero você quietinha. Cada gemido, palavrão ou movimento brusco é um tapa.

Antes que Sana pudesse contestar as palavras de Yoo, mais champanhe foi derramado em seu corpo, dessa vez em seus seios. A garota de cabelos rosa não segurou um gemido quando a língua de Jeongyeon a tocou ali, o que ocasionou um sorriso de vitória na mais velha. A medida que a bebida ia sendo derramada em seu corpo, Sana gemia, tanto pela sensação da língua de Jeongyeon que a mordia e lambia com certa brutalidade quanto por suas mãos, que apertavam seu corpo sem uma gota de delicadeza, a pele de Sana ganhando tons vermelhos e até roxos:

- Contei treze gemidos e movimentações bruscas, Sana. O que custa me obedecer uma vez?- Jeongyeon comentou desamarrando as cordas libertando Sana.

- Me recuso a obedecer a cachorrinha domada da Park.

Sana sentiu um tapa em sua bochecha direito, Jeongyeon lhe olhando como se quisesse arrancar sua alma. A garota sabia o quanto a amiga odiava aquele apelido, por isso falou de propósito. Aquele primeiro tapa fez a intimidade da japonesa pulsar, mas não tanto quanto as ações de Jeongyeon em seguida. Num movimento brusco demais, Yoo colocou Minatozaki de quatro, dando três tapas na bunda de Sana, que sentia excitação escorrer:

- E você tá dando pra mim, Sannie.- Mais dois tapas.- Eu sou uma cachorrinha domada, mas olha pra você agora.- Outro tapa.- Sua boceta tá pingando implorando pra mim te foder. Quer gozar assim, Sana? Com meus tapas na porra da sua bunda?

- Sim, Yeon, por favor.- Sana falou desesperada.

- Sannie, você é uma putinha masoquista mesmo.

Nove tapas seguidos foram dados na bunda de Sana, a garota sem tempo para respirar, sabendo apenas gemer o nome de Jeongyeon, o último acertando em cheio sua intimidade e causando seu clímax. Sana sentia ainda os efeitos daquele orgasmo estirada de bruços na cama e sentindo sua pele latejar de dor quando sentiu três dedos de Jeongyeon a penetrarem. Yoo havia tirado sua calcinha (arruinada, por acaso) e se esfregava nas coxas de Sana enquanto a penetrava com a mão e puxava os cabelos da garota com outra, gemendo enquanto ela mesma buscava seu orgasmo. Sana já sentia seu clímax se construindo novamente:

- Vem comigo, Sannie!

Não durou muito, Sana gozou ao sentir o orgasmo de Jeongyeon em sua pele, a garota em cima dele se jogando em cima dela pelo cansaço, como se os dois corpos ali fossem de gelatina, adormecendo naquela posição ali. Sana acordou vinte minutos depois e se levantou, seu gemido de dor acordando a outra garota na cama:

- Sana, meus dedos estão em alto relevo na sua pele. Se eu colocar na luz normal deve mostrar o quão feio tá.

- Eu vou ficar bem, só vem tomar banho mais eu que tá resolvido.

Secret Society (HIATUS)Where stories live. Discover now