Capítulo 7

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Suspiro derrotado quando Any abre a porta e sai do carro

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Suspiro derrotado quando Any abre a porta e sai do carro. Ela não me deixou mamar e disse que iríamos nos atrasar. O jeito é fumar

Nunca sinto vontade de fumar quando tenho meu leite. A primeira aula já começou, mas ignoro o alarme e vou para a parte de trás da escola e vejo Noah e Sina do grupinho da Sabina se beijando. Okay, é melhor ir pra outro lugar antes que me vejam

Vou para as arquibancadas e trago o cigarro jogando a fumaça no ar

Será que eu mereço a Any? Ela é boa demais pra estar comigo. Na ligação com seu amigo dava pra perceber o carinho e preucupação que um tem com o outro, mesmo que eu não pudesse entender o que estavam falando

Será que ela gosta dele? E ele gosta dela?

Suspiro me sentindo sufocado com esses pensamentos. Fumar não está me acalmando. Merda!

Seguro as lágrimas e foco na minha respiração. Agora não, agora não! Por que isso tá acontecendo?!

Abro minha boca e puxo o ar com dificuldade, tento puxar o ar novamente começando a me desesperar com a sensação de ter minha garganta fechando

Levo minhas mãos até o meu pescoço e passo meus dedos por ele como se aquilo de alguma forma pudesse me ajudar, meus olhos lacrimejam, minha visão fica turva e tudo ao meu redor já não é mais nítido

Noah surge em minha frente e quase não o reconheço por conta da visão embasada. Ele se preucupa logo de início e se senta ao meu lado pegando em minhas mãos que estavam tremendo

- Ei, eu tô aqui, foca somente na minha voz! - assinto e ele me vira pra ele. Minha respiração quase parando completamente e minha visão embasada estão dificultando muito que eu faça qualquer coisa - lembra daquela vez em que eu te pedi ajuda pra arrumar um encontro com a garota que eu gostava? Eu tive meu primeiro beijo com ela, foi horrível, a gente tava travadasso e o irmão dela ainda apareceu e contou pro pai dela que brigou comigo e me proibiu de ver ela e eu ainda acabei com um olho roxo, não pensei que o irmão dela batesse tão forte - ele ri, e percebo minha respiração voltando aos poucos. Ele estava conseguindo me distrair da sensação de sufoco - e aquela vez que sua mãe pegou a gente no quarto enquanto tínhamos uma briguinha? Eu estava em cima de você e ela abriu a porta nessa hora - dou uma risada baixa - ela pensou que fossemos gays - dessa vez rimos juntos - ela até disse que sempre soube que isso ia acontecer e que nos apoiaria em tudo

- Mas você é gay

- Pensei que tivesse visto a cena com a Sina - me olha arqueando a sobrancelha e eu assinto

- Obrigado - digo, ao perceber que não sentia mais nada. Ele não tem noção so quanto me ajudou

- 50 por cada consulta - estende a mão e jogo o cigarro apagado nele - Ei!

- Esse cigarro é caro

- Mas já foi usado

- Então, você deixou a garota lá e me seguiu?

- Não, ela voltou, disse que tinha que ir pra aula. E eu não te segui, eu só te vi aqui enquanto andava

- Noah?... - ele me olha atentamente - você acha que Any me aceitaria na vida dela, como namorado, ou que ela conseguiria me amar?

- Claro - ele sorri e bate no meu ombro - olha, você é maravilhoso, não tô falando só do físico não - diz e aperta meu braço - tá, você é um pouco ranzinza, e birrento e mimado e boca suja as vezes e impulsivo e...

- Tá, já entendi - enterrompo sua fala, sinto que se não fizesse isso ele nunca ia parar

- Claro que ela vai te amar, você é uma pessoa incrível, só que se esconde por trás dessa capa de bad boy dono do foda-se. Você nunca vai ficar sozinho - diz passando o braço ao meu redor - eu vou sempre estar aqui. Se quiser eu até me caso com você, só que dessa vez permanente

- Ok, acho que não vamos chegar a esse ponto - rimos - Você que é incrível, eu sou um péssimo amigo

- Claro que não, eu te amo assim seu tapado - ri

- Também te amo

- Falando sério, que casalzão nós seríamos né? - nego e ele dá um tapa na minha cabeça

- Noah, porra! Para de me bater

- Vamos andar - fala me puxando e bufo o seguindo

Na nossa caminhada acabamos quase sendo vistos pela diretora e tivemos que fugir

Se ela nos visse rodopiando pela escola mais uma vez acho que ia fazer muito mais do que falar com nossos pais ou nos dar ocorrência

- Pro outro lado - falo e assim que ela se vira corremos, ela ouve o barulho que fizemos e olha ao redor desconfiada, me espreito atrás da parede e fico imóvel

Noah coloca a cabeça para fora e o puxo na hora

- O que tá fazendo seu maluco?

- Eu quero ver

- Não, ela vai nos pegar - escuto passos vindo em nossa direção - Corre! - começamos a correr como dois malucos e paramos novamente nas arquibancadas, coloco as mãos nos joelhos e puxo o ar com força - foi por pouco - falo e vejo ela de longe - se esconde porra!

- O que? Pra que? - pergunta o lerdo

O puxo comigo e ficamos atrás de alguns assentos, ficamos lá por alguns minutos até que ela saísse

- Foi por pouco - fala e suspiro aliviado. Noah se joga em cima de mim e o olho questionativo

- Tá fazendo o que moleque?

- Tô cansado ué - me levanto e ele tomba pra frente quase caindo - Ei!

Me sento em uma das cadeiras e ele se senta ao meu lado, lembramos da nossa pequena fuga e no final rimos muito da situação. Tipo de coisa que só acontece quando se está com Noah Urrea

Eu amo tanto esse idiota

Um capítulo nosh pra vocês

Bᴇ ᴍɪɴᴇ sᴡᴇᴇᴛ ɢɪʀʟᵇᵉᵃᵘᵃⁿʸOnde as histórias ganham vida. Descobre agora