𝓼𝓮𝓲𝓼

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capítulo seis
dois jovens e uma profecia.

os olhos da garota carregam uma mistura de ódio, remorso e tranquilidade.

não que ela fosse equilibrada para não reagir perante as palavras dele, mas, qual seria o real sentido de rebater alguém que já é considerado fruto podre.

— se é forçado a se encaixar em seu ciclo social, não acredite que todos dentro desta escola também o fazem — as palavras impiedosas escondiam os olhos cheios de medo.

A jovem Black levava uma frase lida em algum daqueles livros empurrados de Remus que “as pessoas obviamente irão gostar mais de você desde que não tenham que gastar energia emocional. ”

S/n colocava em prática aquelas palavras, quais seriam suas reais decisões se ela não tentasse tanto agradar as pessoas?

— essa bolha que você vive, é perfeita pois foi inventada por você Riddle — isto causava repugnância. Ele não admitia aquele sobrenome e ela o cuspia diretamente de sua mente.

Foi questão de milésimos de segundos para que ela tivesse uma real razão para sentir a respiração dele contra ela.

— minha bolha ou sua? — talvez fosse o fator deles estarem novamente nessa posição, talvez fosse a forma como ele acaba de a indagar

Mas o queixo dela se ergue a ponto de que fazem seus lábios parecerem estar se direcionando aos dele. A altura nem de longe seria a mesma, pois não importava o quanto ela erguesse o queixo ou ajustasse a postura, ele ainda parecia estar alguns centímetros acima.

Um passo e ela ficou pressionada contra uma parede que nem dera conta da existência.

— Completamente sua. — então no meio da noite, aquelas palavras poderiam ser vistas de uma maneira diferente

Acabou por sair em um sussurro provocador, quase que como uma aposta perdida.

— Quantas pessoas já se afundaram nessas suas mentirinhas patéticas? — ele estava próximo, era proposital.

Grandiosas reputações. Legados não terminados que teriam naquelas dias próximos seu fim.

— Quantas pessoas te fazem conjurar a merda de um patrono? — isto era um jogo sujo, imundo para sermos realistas. Mas pessoas com grandes poderes e influências fazem isto.

— Acho que temos uma resposta. — a ironia podia se tornar sólida e então ser segurada por ele

Era como sentir o fogo na pele ainda viva. Incendiados por um ódio mútuo que foi instalado muito antes de seus nascimentos.

Ela tem um dos punhos cercados pela mão esquerda dele, então a boca dele se aproxima de suas bochechas e se aprofundam no rosto dela chegando a uma proximidade de fato intimidadora de sua orelha

— tudo que você menos deseja é entender quantas pessoas foram levadas mortas após feitiços muito mais poderosos que a merda de um patrono — a mão dele se fechava com força em seu punho. Talvez até nas famílias mais poderosas existam fraquezas.

Ele a solta de maneira brusca. Ele era insano o tempo inteiro, cada segundo era como descobrir que ainda havia uma parte dele que ele tentava esconder. Todo esse sarcasmo, sistema de ataque pronto mesmo sem que exista um ataque, essa pose de garoto com notas esplêndidas e cabelos bem alinhados. Tom Marvolo Riddle ll não passa de um garotinho que quer a aprovação do pai.

Até onde ele iria para conseguir isto é o que leremos aqui.

A garota passa por baixo da mão que ele segurava a altura de seu pescoço e com o antebraço joga o peso do próprio corpo contra ele, fazendo assim com que o sonserino seja impulsionado a quase tropeçar

𝐌𝐄 𝐃𝐄𝐈𝐗𝐀 𝐒𝐄𝐑 𝐒𝐔𝐀 :: ᵗᵒᵐ ʳⁱᵈᵈˡᵉʳOnde as histórias ganham vida. Descobre agora