De volta as origens: Parte II

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~ Como prometido, a segunda parte 🍃

Paremos na entrada de uma gruta, e embora lutasse contra a insistência do gato, acabei entrando mesmo relutante

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Paremos na entrada de uma gruta, e embora lutasse contra a insistência do gato, acabei entrando mesmo relutante. Uma parte das estalactites e estalagmites me encantou, assim como o pequeno lago com águas claras bem no centro, porém foi o pequeno circulo de mulheres que tirou meu folego.

Contei umas 8 delas, todas com olhos multicoloridos e aparência selvagem, destemida e forte que intimidava qualquer um. Abri um sorriso pequeno e acenei para algumas, embora grande maioria não se deu o trabalho de nos encarar. Um caldeirão enferrujado enfiado na terra e circulado por pedras brancas borbulhava com um estranho liquido prata.

– Sabíamos que viriam, estávamos finalizando sua poção, mas ainda falta um item. – A mulher começou lançando um olhar para o gato e não esperando resposta, agachou diante dele para arrancar um punhado de pelos pretos. O gato chiou raivoso, cravando as unhas no chão de terra, enquanto a mulher jogava o pelo dentro do caldeirão.

Observei ao redor. Embora estivéssemos em uma gruta iluminada por algumas velas, havia mulheres com notebooks, algumas caixas e muitas mochilas de viagem.

── Não somos da mata como esta imaginando, menina. – A mulher disse seguindo meu olhar. – Tem uma comitiva maior indo em direção ao norte, elas transportam nossos equipamentos de pesquisa, ficamos para trás para receber vocês. – Podemos agir como nômades, mas não somos bichos do mato. Muitas de minhas irmãs possuem casas fixas, assim como temos irmãs com diplomas universitários e em posições extremamente altas no seu governo.

Corei com um pouquinho de vergonha e sorri. O gato parecia achar graça do meu constrangimento, mesmo com um pouco do pelo das costas faltando.

── Que coisa feia Nicole, julgando as pessoas pela aparência. – Ele provocou.

Rolei os olhos e o chutei para o lado, o que com que ele me tentasse me arranhar, porém fui mais rápida, pegando uma caixa vazia para prender o gato dentro.

Aproveitei que o gato estava tentando se livrar da caixa para me aproximar da mulher com olhos violetas novamente. Ao lado dela parecia incrivelmente pequena, tanto em altura quanto em autoestima. Engoli em seco.

── E-eu tenho uma pergunta pra você.

Ela não se deu o trabalho de me olhar, porém assentiu me dando permissão para continuar.

── Eu tenho uma irmã de seis anos, ela se chama Júlia e esta muito doente. Eu e minha mãe já levamos ela para diversos médicos, clinicas, hospitais e até alguns curandeiros da cidade, mas ninguém sabe o que ela tem direito ou como ajudar e eu posso não ter dinheiro como o gato ou ser influente, ter um diploma, nem tenho como fechar algum acordo interessante, mas eu posso trabalhar para pagar e vender algumas coisas, faço o que você quiser, desde que ela fique curada e volte a ter uma vida normal, e....

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⏰ Last updated: Apr 03, 2021 ⏰

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ALICANTINA (Pausada)Where stories live. Discover now