De volta as origens

37 6 12
                                    

As 7h me encontrava na entrada do elevador

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


As 7h me encontrava na entrada do elevador.

Não estava ansiosa para a pequena viagem com o gato, mas a falta de sono da noite anterior ajudou muito. Havia tomado um banho rápido, preparado uma mochila com alguns itens que achei que fosse precisar após uma rápida pesquisa no Google sobre o lugar, preparei uma café da manhã - sem as panquecas, para total decepção do gato - escrevi um recado avisando minha mãe que iria sair com algumas amigas para uma despedida de solteiro, deixando pregado em cima da geladeira e acabei deixando que ela lidasse com Daniel sozinha.

A ida até o aeroporto foi tranquila, embora o taxista não parecia muito feliz levando um gato no seu carro, não disse nada. O que melhorou o dia foi ver a cara de desgosto do gato ao ser enfiado na caixa de transportes de animais para poder embarcar. Quando sentei na minha poltrona, coloquei a caixa no chão e pude ouvir um ou dois xingamentos seguidos de que a caixa fedia a naftalina.

── ATENÇÃO, SENHORES E SENHORAS PASSAGEIROS, APERTEM OS CINTOS, EM ALGUNS MINUTOS ESTAREMOS ENTRANDO EM DECOLAGEM. - A voz do comissário avisou.

Coloquei os fones e dei cliquei na minha playlist dedicada apenas ao One Direction, relaxando os ombros na poltrona. Seriam 1450 km, então aproveitaria para tirar um cochilo e ler um pouco, no entanto acabei presa demais no livro que a parte do cochilo não aconteceu.

── Se eu tiver um gato, vou me lembrar de nunca deixar que ele entre em uma dessas caixas. - O gato resmungava enquanto desembarcávamos.

── Não exagere, não deve ser tão ruim assim. - Disse abrindo a caixa, já na entrada de desembarque, permitindo que o gato esticasse as patas.

── É uma caixa. É pequena, prende, sufoca. Odeio ficar preso em lugares pequenos demais.- Respondeu me dando um olhar severo.

Dei os ombros, pois não tinha culpa, como também não tinha como resolver. Brigamos para pegar um táxi, como também brigamos na entrada do hotel cabana que o maldito gato fez as reservas.

── Você reclama de tudo. – Ele acusou enquanto enfiava a chave na maçaneta de madeira. Estávamos já dentro do hotel em formato de cabana, que embora parecesse até aconchegante, com seus moveis de madeira e tapetes vermelhos felpudos, o que mais me preocupava era a enorme floresta que se erguia na parte de trás do hotel.

── Quando você falou que teríamos que procurar por um bando de mulheres em um floresta, não achei que queria entrar floresta a dentro, só...sei lá, andar ao redor? – Expliquei jogando a mochila na cama branca no meio do quarto.

O gato foi até a única janela do quarto, onde subiu e ficou espionando pelo parapeito.

── Não tenho culpa se você não entende as coisas.

Bufei irritada com a resposta dele e decidi fuçar o quarto. Não tinha nada de muito interessante ou caro e a mobilha consistia em uma cama de casal com lençóis azuis, um tapete vermelho enorme, uma TV e um armário de madeira pequeno. Convenci o gato a esperar um pouco para poder descansar e mais tarde iniciar a "expedição de busca" e agradeci mentalmente quando ele aceitou a ideia.

ALICANTINA (Pausada)Where stories live. Discover now