☕︎ 𝐀𝐊𝐀𝐀𝐒𝐇𝐈 𝐊𝐄𝐈𝐉𝐈

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Se apresse, Bokuto desapareceu

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Se apresse, Bokuto desapareceu.
A.K

[Nome] estava um tanto surpresa.

Akaashi não era do tipo que mandava mensagens, principalmente mensagens contínuas e desesperadas.

Seus dedos gritavam sobre o teclada, digitando inúmeras palavras como: "Me ajude!", "Está aí?", "Estou desesperado".

Logo a tela se acendeu. Ele estava ligando.

- Para que diabos você tem um telefone celular se não o usa.

- Que diabos! Você me afoga de mensagens e quer que eu responda rapidamente?

- Eu estou apenas preocupado! Bokuto desapareceu.

- Uh? Como assim desapareceu?

- Desapareceu, sumiu, evaporou, entre outros sinônimos para essa palavra. Ele não foi a escola hoje, não está em casa e não atende ligações.

- Tentou ligar para a mãe dele?

- Ela disse que ele saiu cedo da manhã e até agora não voltou.

- São 15:00, o que será que aconteceu?

- Por isso eu estou ligando para você! Precisa me ajudar.

- Não seria mais indicado ligar para a polícia?

- Eles só iniciam procuras 24 horas após o sumiço e não faz nem 12 horas que ele sumiu.

- Humph! Tudo bem, me diga onde você está. - Prendeu o telefone celular entre a orelha e o ombro enquanto tentava enfiar aquele caderno capa dura mochila adentro.

- Estou do lado de fora da cafetaria. - [Nome] rapidamente se virou, dando de cara com o namorado do outro lado da vitrine.

- Porque simplesmente não entrou?

- Estava curioso para saber se você me ignoraria ou não. - A menina murmurou um "Idiota" logo indo ao encontro de Keiji.

- Por onde começamos?

- Se eu pedi a sua ajuda é porque eu não sei.

- Merda! Você me chama para procurar por alguém e nem sabe por onde começar?

Logo o telefone do garoto tocou.

Era Bokuto.

- Bokuto! Onde você se meteu?

- Eu fugi. - Seu tom era tristemente manhoso.

"Modo emo agora não." Pensaram.

- Fugir? Por que?

- Você não me ama mais. Agora que tem uma namorada, não liga mais pra mim.

"Isso é sério?" [Nome] pensou.

- Bokuto, volte para casa. - A menina se permitiu dizer ao amigo.

- Venham me pegar, então.

[Nome] fez menção de socar o telefone, levando as mãos aos fios de cabelo, os puxando para trás.

- Koutarou, não temos tempo para brincadeiras.

- Não estou brincando, tente me pegar!

"Hoje não é meu dia!" Pensaram.

O olhar de ambos se voltou para a loja de conveniência que ficava mais à frente, na esquina, sua porta foi aberta revelando um Bokuto tristemente caótico. Seus fios acinzentados estavam jogados sobre a testa, ele ainda trajava seu pijama do Anpanman e seus tênis surrados usuais, em uma mão estava seu telefone e na outra uma lata de refrigerante.

Os três mantiveram seus olhares uns nos outros por breves segundos, até Bokuto iniciar sua corrida para longe.

Aquele rali só estava começando. Kotarou é um atleta, não cederia tão fácil. O que ele não sabia, é que Akaashi também não.

Keiji acelerou seus passos largos quando notou o acinzentado entrando em um parque.

Rente a grande entrada do parque, os dois se sentiram perdidos. Era enorme e não havia nem sinal do ace.

- Merda, olhe só! Estou todo sujo e ele nem se desculpou por esbarrar em mim. - O homem praguejou. A sua frente, estava a lata de refrigerante que Koutarou estava carregando, seguido de pegadas.

Eles resolveram segui-las, mas não poderiam contar com elas para se tornarem uma guia, já que marcou nada mais que uns 5 passos.

- O que faremos? - Akaashi levou suas mãos a cintura, olhando para cada canto do parque.

- Já sei! - [Nome] rapidamente tirou a mochila de suas costas, abrindo-a e retirando dali um pequeno borrifador.

- O que é isso?

- Solução de Antocianina.

- E porque carrega isso?

- Usamos na aula de ciências hoje, veja! A solução de antocianina muda de cor dependendo do vapor de pH. Se colocarmos num lugar onde Bokuto-san deveria passar logo estarão visíveis a olho nu. - Akaashi rapidamente se aproximou quando pegadas começaram a aparecer. - O refrigerante que Bokuto derramou quando esbarrou naquele homem é um ácido forte, que reagiu com a solução de antocianina, tornando suas pegadas visíveis.

- Uau! Estou impressionado que saiba isso. - Continuou seu caminho, seguindo as pegadas.

- O que quer dizer com isso?

- Se apresse, as pegadas não vão aparecer sozinhas.

- Tsc!

Ele realmente correu para muito longe. A solução estava chegando ao fim, por sorte, eles chegaram ao local antes. As pegadas apontavam para um pequeno iglu de cimento no meio da área infantil.

- Bokuto, sabemos que está aí.

- Não há Bokuto aqui, apenas uma coruja triste.

- Essa coruja gosta de bolo? - O acinzentado colocou timidamente a cabeça para fora.

- Talvez. - Sussurrou.

- Ela ficará feliz se eu lhe comprar um? - Foi a vez de Akaashi dar sua investida.

- De chocolate?

- De chocolate.

- Sim, ela vai ficar muito feliz.

- Ela pode sair? - Bokuto era grande demais, [Nome] se admirou por ele ter conseguido entrar lá.

- Desculpa por isso.

- Não diga nada! Venha, Akaashi vai nos pagar um bolo. - A menina agarrou o amigo pelo braço, logo o guiando em direção a saída.

- Eu nunca disse que pagaria para todos. - Gritou, sendo completamente ignorado. - Tsc! Me espere!

No final, ele pagou para todos.

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