04 |• a baby's on the way.

Začít od začátku
                                    

Encontrou Harry ainda sentado no chão, suando frio.

— Você não deveria ter vindo — disse, com a voz levemente rouca e piscando devagar.

— Claro que deveria, eu não ia te deixar sozinho em um situação dessa — Louis segurou o rosto de Harry entre as mãos e deixou um beijo em sua testa — O que foi que aconteceu?

— Eu preciso de contar um coisa, só não sei se é um bom momento.

— Pode contar, amor.

— Promete que não vai ficar bravo?

— Por que eu ficaria bravo?

— Só promete.

— Tá, eu prometo.

Harry respirou fundo antes de olhar nos olhos do marido.

— Olha em cima da pia.

Louis se levantou, se virando. Franziu o cenho ao ver os dois testes marcando positivo em cima da pia.

— Isso são...?

— Testes de gravidez, sim.

— Harry...

— Você prometeu que não ia ficar bravo — Louis sentou no chão, em frente ao marido — Eu sei que você é ocupado e que não vai ter tempo para cuidar de uma criança. Eu posso tirar se você quiser e...

Louis colou seus lábios nos de Harry. Era um beijo sem língua nem nada, só para que Harry parasse de falar.

— Você não vai tirar nada — sussurrou quando se separaram — E eu não estou bravo, muito pelo contrário.

Louis colocou a mão na barriga de Harry, acariciando o local.

— Você sabe que eu sempre quis ter um filho.

— Achei que não quisesse agora, você está tão ocupado ultimamente...

— Vai ficar tudo bem, não se preocupe — Harry soluçou, e Louis franziu o cenho ao ver as lágrimas grossas correndo pelo rosto dele — Por que você está chorando?

— Me desculpa... A culpa foi minha, e agora a sua vida inteira vai mudar.

— Eu sei que isso é um choque para você, para mim também é, mas está tudo bem. Você mesmo não disse há algumas semanas que eu ainda não tinha cumprido a minha promessa formar uma família com você?

— É, mas essa foi uma hora ruim para eu engravidar.

— A gente transa sem preservativo há anos e nunca tinha acontecido algo, e se aconteceu agora, então era para ser.

— Você está triste?

— Não, é claro que não. Essa foi a melhor notícia que eu recebi nos últimos dias.

Harry sorriu quando Louis secou suas lágrimas e o abraçou.

Tudo ia mudar agora, evidentemente, mas ia mudar para melhor.

[...]

Louis tomou banho com Harry, parando toda hora para beijar a sua barriga.

O bebê nem tinha dado sinal de que estava lá e Louis já havia ficado totalmente perdido de amores.

Harry genuinamente achava que ele não gostaria da notícia, até porque, a gravidez não havia sido nem um pouco planejada. Por sorte, ele estava errado.

Ficou deitado com Harry até que o menor relaxasse, passando a mão em suas costas, como Louis sabia que o relaxava.

— Desculpa por eu ter agido daquele jeito nas últimas semanas — disse mais alto que um sussurro porém mais baixo do que uma fala normal — As pessoas daquela escola me estressam tanto, principalmente aquele idiota do diretor. Eu não deveria descontar minha frustração em você...

— Tudo bem, eu entendo. Trabalhar em um lugar como aquele deve ser estressante para caralho.

— É, realmente é. Mas me desculpa? De verdade, eu prometo que nunca mais vou te tratar assim.

— Está tudo bem, sério — Harry colou seus lábios nos de Louis, dando início a um beijo lento e com desejo.

Subiu em cima de Louis, deixando uma perna em cada lado do corpo do mesmo. Começou a rebolar em cima do membro ainda coberto do marido, sem romper o beijo, sentindo Louis gemer em sua boca.

Os dois tiveram que se separar por causa do toque alto do celular de Louis.

— Merda — Louis xingou, atendendo a ligação — Alô?

— Onde foi que você se meteu?! — era o diretor, o Sr. Jones.

— Em casa? — disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. E realmente era, afinal.

— Você não deveria estar aí, deveria?

— Deveria. Meu expediente acabou há quase duas horas.

— Você tem provas para corrigir, certo?

— Eu ia corrigir na escola, mas tive que vir para casa por causa de um imprevisto.

— Quero que chegue aqui às sete amanhã. Tenho alguns comunicados, principalmente para você, Sr. Tomlinson — e desligou.

— Quem era? — Harry perguntou sentado nas coxas do marido.

— O diretor — suspirou deixando o aparelho na mesa de cabeceira novamente — Ele quer que eu vá para a escola mais cedo amanhã.

— Por que?

— Alguma coisa sobre comunicados, não prestei muita atenção — parecia estressado e sobrecarregado demais.

Harry se curvou e deixou um beijo de conforto na testa de Louis.

— Eu ia falar para continuarmos de onde a gente parou, mas eu vi que você broxou — disse com um sorriso divertido no rosto.

— Ri mesmo, não é você que tem que aguentar um monte de adolescentes imaturos e um diretor filho da puta.

— Lou, não fica bravo — Harry se deitou na cama e inverteu as posições, fazendo Louis se deitar em cima dele — Eu te amo, sabia?

— Uhum — Louis levantou um pouco a blusa larga de Harry para poder ver a barriga tatuada ainda plana e deixou um beijinho acima do umbigo — Eu amo vocês.

Os dois se calaram. O único som no quarto sendo o de seus corações.

— Tenho que corrigir umas provas.

— Ah, não, fica aqui — pediu manhoso, fazendo bico.

— Harry, não me olha assim.

— Lou...

— Juro que vou tentar ser o mais rápido possível.

Harry fez a fatídica carinha de cachorrinho abandonado, e Louis depositou um selinho demorado em seus lábios.

— Você precisa descansar — disse antes de fechar a porta e seguir para o seu escritório.

Pelo menos algumas respostas eram tão absurdas que o faziam rir, então não seria tão ruim.

Mas, mesmo assim, ainda preferia ficar deitado com Harry.

the stars in your eyes | l.s. mpregKde žijí příběhy. Začni objevovat