Capítulo 4

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── Deixa que eu te ajudo ── Finn chegou na cozinha e viu que S/n demonstrava dificuldade ao jogar o macarrão cozido no escorredor. ── Você pode se queimar! Por que não me chamou antes?

── Por que eu não quis.

Os dois sabem cozinhar, visto que a mãe passa o dia trabalhando. Finn a ajudou picando alguns ingredientes para incrementar a comida. Estavam quase acabando de fazer a janta, quando ouviram a porta da frente se abrir.

── Cheguei! ── ouviram Mary gritar da sala.

── Oi, mãe! ── cumprimentou S/n.

── Estamos aqui na cozinha! ── berrou o menino de cabelos cacheados.

── Isso! Grita mais e me deixa surda de uma vez! ── Finn revirou os olhos ao ouvir o que S/n disse.

── O que estão fazendo? O cheiro está bom! ── elogiou a mãe, começando a abrir a tampa fechada da panela. Mary sempre chegava com fome em casa, após longas horas de trabalho.

── Já está quase pronto, mãe ── avisou S/n.

── Ok. Vou apenas me trocar de roupa e já desço para nós jantarmos. Me esperem!

Os dois irmãos ouviram os pequenos saltos da mãe baterem contra os degraus da escada. Enquanto Mary não vinha, colocavam os pratos sobre a mesa, acompanhados de talheres e copos. S/n abriu o armário e jogou um pacote de suco em pó na direção de Finn, mandando ele fazer um suco para beberem junto com o macarrão.

── Então, como foi o dia de vocês? ── Mary puxou assunto, enquanto comia o bom macarrão feito pelos filhos. Em todos os jantares, gostavam de comentar uns com os outros sobre como foi o dia, entre outros assuntos. ── Foi tudo bem na escola, S/n?

── É... ── manuseou a cabeça, nem que sim, nem que não. ── Em uma categoria de um a cinqüenta de ruim, foi quarenta e nove vírgula nove.

── A S/a fez um novo amigo, né? ── Finn esboçou um sorriso provocante nos lábios. S/n largou o garfo no prato, indignada.

── O quê?!

── É, você sabe que é verdade. Não se faça de sonsa. Eu vi ele se despedindo de você na saída!

── Falso! ── exclamou. ── Mãe!

── Eu posso até ser falso, mas você é uma mentirosa! ── Mary não falava nada. Tentava entender a situação para depois falar algo. ── Te perguntei se fez algum novo amigo e você respondeu que não. A cara nem tremeu!

── Ah, então vai ser assim?! ── ele levantou os ombros, como se dissesse que dependendo dele seria assim. ── Mãe, o Finn está namorando! ── o garoto abriu sua boca. Já S/n, lançou-o um sorriso de provocação.

── S/n! Eu que iria contar, não você!

── Espera, gente! Parem de discutir! ── pararam de falar quando ouviram a mãe bater as duas mãos na mesa. ── S/n, o garoto de quem Finn falou é seu amigo?

── Não. Ele é só um aluno novo daquela escola sem graça e que, com certeza, ficou com dó de mim e veio conversar comigo! ── se encostou na cadeira e cruzou os braços, olhando para sua mãe. Na cabeça de S/n, sempre que alguém vai conversar com ela - se, de fato, ir - , é apenas por dó.

── Finn, está namorando mesmo? ── a mãe demonstrava extrema curiosidade. Ele afirmou com a cabeça, ainda com raiva de S/n por ter contado o que ele gostaria de ter contado. ── Sério? Que legal! Quando vou conhecer minha nora?

── Não sei. A S/n deu a ideia de chamar ela para jantar aqui um dia desses...

── Ótima ideia, filha! ── trocaram sorrisos. ── Acho que essa terça-feira, amanhã, dá certo.

── Depois eu converso com ela e vemos direito.

── Já que estamos falando de novidades, eu também tenho uma! ── a mulher se ajeitou na cadeira. Finn e S/n focou seus olhos na mãe, aguardando ela dizer sua novidade. ── Estou namorando! ── no mesmo instante, os dois filhos da mais velha se engasgaram com a comida que mastigavam.

── O QUE?! ── indagaram em um uníssono.

── Brincadeira! Estou muito bem sozinha ── levantou os ombros, como se esbanjasse algo. ── Fui promovida. Agora passo menos horas no escritório, e ganho mais!

Para Finn e S/n, isso era sim uma boa notícia. Sentiam falta da mãe em casa, com eles. Haviam vezes que Mary tinha que fazer algumas horas extras, então chegava em casa depois das onze horas e na maioria das vezes, os adolescentes já haviam ido dormir. Agora estava na hora dela passar menos tempo no trabalho, e mais tempo com a família.

── Que bom, mãe! Assim, você consegue passar mais tempo com a gente! ── a felicidade se fez presente em S/n. ── Que horas vai chegar em casa?

── Às quatro e meia eu já estou em casa! ── respondeu.

── Muito melhor do que você chegando depois das oito da noite ── as duas concordaram com que Finn disse.

A conversa prolongou até ficarem satisfeitos com a comida. Não demorou muito para S/n se despedir e ir para seu quarto. Lá, organizou seus livros e cadernos, guardando-os na mochila os que seria necessário no dia seguinte. Vestiu uma roupa leve e escovou seus dentes. Se deitou e seus olhos pesaram cada vez mais. Estava cansada. Não fazia tantas coisas durante os dias, mas sempre que deitava sua cabeça no travesseiro, sentia um grande cansaço.

Todos os dias, dormia com a mentalidade de que "amanhã será um novo dia".

The New Boy // Louis Partridge [Reescrevendo]Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin