20 - Por que rimos?

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Olá vocês!

Espero que estejam bem, não vou me demorar muito, então boa leitura!

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Elas realmente gostavam do clima delicioso que tinha se instalado na casa onde moravam. Mais do que isso, gostavam de observar a felicidade estampada nos rostos uma da outra, como se fossem um filme ou uma pintura muito bonita.

Há quem duvide que é possível viver tão feliz assim, mas tinha que dar um desconto, porque o clima de mais que apaixonada que não apenas pairava sobre as duas, mas preenchia todo o ambiente em que estavam era doce demais para não se sentir feliz.

Não é que a dor da perda tenha passado para Lauren. Ela a sentia quando acordava e a cada vez que se olhava no espelho e encontrava as marcas, mas quando se dava conta do mar de coisas boas ao qual estava mergulhada, não tinha escolha alguma senão sorrir.

Estava feliz.

Muito feliz.

Isso era assustador porque não estava acostumada a tanta felicidade depois de viver anos rodeada de medo e angústia.

Sempre quis ir embora e dar uma vida melhor para o filho, mas simplesmente nunca teve muita escolha, já que nem as medidas restritivas ou denúncias de violência a mantiveram segura.

Assustador.

E ainda assim ela se sentia de certa forma culpada por estar tão bem depois de tudo o que aconteceu, embora estivesse trabalhando nisso porque obviamente não podia se sentir infeliz por toda a vida, como se não tivesse direito de melhorar.

Não entendia bem isso, para falar a verdade, mas quando estava em casa e via Camila se divertindo com Joselino, fosse jogando brinquedos para que buscasse, fosse fazendo carinho em sua bundinha preta e branca, era inevitável que risse, e isso a levou a um novo questionamento.

— Camila — a chamou, visto que a mulher estava muito concentrada irritando o cachorro e rindo.

Ainda assim, voltou-se imediatamente para Lauren quando ouviu o chamado.

— Olá! — disse, um sorriso travesso brincando em seus lábios.

— Eu tenho uma nova pergunta — falou, devorando com os olhos sua expressão alegre e o curvar de seus lábios para a direita, tão típico de Camila, que se aproximou.

— Então pergunte — disse, completamente ao seu dispor, visto que Joselino tinha se cansado das brincadeiras e subido no sofá para mastigar uma bolinha de borracha.

— Por que rimos? — questionou enquanto Camila observava o belo gesticular com o rosto que fazia conforme perguntava.

Era um menear de cabeça tão suave e delicado, como se pertencesse a realeza, os lábios se curvando e soltando palavras, letra por letra, de alguma maneira sendo tão atraente que jamais pensou que poderia existir algo assim.

Sorriu para a pergunta, tomando o celular abandonado no sofá ao lado de Lauren, visto que estava no chão, e fazendo sua habitual busca por conhecimento.

Lauren a observava como sempre fazia, analisando os traços de concentração e surpresa que sempre surgiam no rosto da mulher que tanto gostava.

Gostava a ponto de sorrir a toa e sentir o riso frouxo.

Camila sabia, como sempre, que estava sendo observada, mas apenas se manteve em busca. Quando encontrou respostas e fez seu rascunho mental, voltou-se para Lauren, colocando um braço sobre o sofá e deitando a cabeça ali.

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